Deus já correu com as próprias pernas!



DEUS JÁ CORREU COM AS PRÓPRIAS PERNAS!

 

Embora pareça um pleonasmo dizer que Deus correu com as próprias pernas, não se trata de pleonasmo algum. Trata-se apenas de uma informação diferentemente maravilhosa, uma vez que temos visto, pelas Escrituras Sagradas, Deus andando (Lv.26:12,28,41; 1Cr.17:6; Jó 9:8; Mq.1:3; Ha.3:6; 2Co.6:16); montado nos seus cavalos e carros de vitória (Ha.3:8,15); cavalgando sobre o céu (Dt.33:26); caminhando (Jz.5:4); marchando na plenitude da sua Força (Is.63:1; Ha.3:12,15); voando (2Sm.22:11; Sl.18:10); passeando no Jardim do Éden (Gn.3:8)...

Mas Deus também já correu, consoante vamos aqui mostrar.

O Senhor Jesus Cristo contou-nos a Parábola do Filho Pródigo: “Disse-lhes mais: Certo homem tinha dois filhos. O mais moço deles disse ao pai: Pai, dá-me a parte dos bens que me toca. Repartiu-lhes, pois, os seus haveres. Poucos dias depois, o filho mais moço, ajuntando tudo, partiu para um país distante, e ali desperdiçou os seus bens, vivendo dissolutamente. E, havendo ele dissipado tudo, houve naquela terra uma grande fome, e começou a passar necessidades. Então foi encostar-se a um dos cidadãos daquele país, o qual o mandou para os seus campos a apascentar porcos. E desejava encher o estômago com as alfarrobas que os porcos comiam; e ninguém lhe dava nada. Caindo, porém, em si, disse: Quantos empregados de meu pai têm abundância de pão, e eu aqui pereço de fome! Levantar-me-ei, irei ter com meu pai e dir-lhe-ei: Pai, pequei contra o céu e diante de ti; já não sou digno de ser chamado teu filho; trata-me como um dos teus empregados. Levantou-se, pois, e foi para seu pai. Estando ele ainda longe, seu pai o viu, encheu-se de compaixão e, correndo, lançou-se-lhe ao pescoço e o beijou.” (Lc.15:11-20)

O v.32 finaliza esta belíssima Parábola, mas eu a transcrevi somente até o v. 20, por estar nele o ponto áureo do nosso estudo.

O capítulo 15 do Evangelho de Lucas é assinalado por três parábolas sobre a Misericórdia de Deus: A da Ovelha Perdida (vv.1-6); a da Dracma Perdida (vv.8-10); e a do Filho Pródigo (vv.11-32).

E o v.7 liga as três parábolas num mesmo ponto: A eficiência da Graça de Deus em fazer voltar o crente desviado ao lar cristão e em preservá-lo até o fim. A ovelha perdida voltou ao aprisco; a dracma perdida foi encontrada; e o filho pródigo voltou ao lar; todos eles pela indefectível providência Divina, culminando em inocultável alegria no céu: “Digo-vos que assim haverá mais alegria no céu por um pecador que se arrepende, do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento”.

As diversas denominações religiosas apresentam em seus dogmas e “declarações de fé” a amissibilidade do crente evangélico, do lídimo crente que crê verdadeiramente no Evangelho.

No entanto, a amissibilidade do crente genuíno é tão antibíblica como falsas são as denominações religiosas que a ensinam.

As Escrituras Sagradas discorrem abundantemente sobre a eternidade da salvação, e afirmam que, uma vez salvo pela Graça do Senhor Jesus Cristo, o crente perseverará até o fim (Fl.1:6), pois ele é ovelha do Bom Pastor, e sempre ouve a sua voz; o Bom Pastor a conhece e a chama pelo nome, e ela lhe segue: “As minhas ovelhas ouvem a minha voz, e eu as conheço, e elas me seguem” (Jo.10:27)

Se porventura a ovelha do Bom Pastor, por Ele apascentada nos pastos verdejantes, com outras noventa e nove ovelhas, tresmalhar-se nas veredas tortuosas da vida, o Bom Pastor deixa no deserto as noventa e nove e sai em busca dela, e só retorna depois que a encontra.

Já li praticamente todas as declarações de fé das denominações religiosas, e constatei que a esmagadora maioria expõe a amissibilidade do crente; e, mesmo quando não a expõe, certamente por motivo de engodo, ela é ensinada noutros alfarrábios, mormente nos seus programas semanais, aos quais cognominam de “culto”.

Na força da minha fé e no esconso da minha convicção eu afirmo: O crente em Jesus Cristo JAMAIS PERECERÁ, porque o Senhor já lhe deu a VIDA ETERNA. Vida Eterna eternamente inamissível.

O crente em Jesus Cristo JAMAIS PERECERÁ, porque ele está guardado e seguro na Onipotente Mão do Senhor Jesus Cristo.

O crente em Jesus Cristo JAMAIS PERECERÁ, porque ele está guardado e seguro na Onipotente Mão do Pai. E NINGUÉM (no Grego, o vocábulo ninguém significa ninguém mesmo); E NINGUÉM pode arrebatar o crente da Onipotente Mão de Jesus Cristo e da Onipotente Mão do Pai, porquanto Jesus Cristo e o Pai são UM: “Eu lhes dou a Vida Eterna, e JAMAIS PERECERÃO; e NINGUÉM as arrebatará da minha Mão. Meu Pai, que mas deu, é maior do que todos; e NINGUÉM pode arrebatá-las da Mão de meu Pai. EU E O PAI SOMOS UM.” (id.10:28-30)

Quando Jesus disse NINGUÉM, Ele quis dizer NINGUÉM, e isto me inclui, ou seja, nem eu mesmo posso me arrebatar da Mão do Senhor, pois Ele é Poderoso para me guardar, e tem perfeito Domínio e Poder sobre mim, para todo o sempre: “Ora, aquele que é PODEROSO PARA VOS GUARDAR de tropeçar, e apresentar-vos ante a sua glória imaculados e jubilosos, ao Único Deus, nosso Salvador, por Jesus Cristo nosso Senhor, glória, majestade, DOMÍNIO E PODER, antes de todos os séculos, e agora, E PARA TODO O SEMPRE. Amém.” (Jd.25)

Jesus Cristo tem absoluto Domínio e Poder sobre mim, eternamente, porque Ele é o SENHOR (At.10:36; Rm.10:9; Fl.2:11); e Senhor, segundo o Dicionário, significa: Amo, dono, proprietário; dominador.

Isto mesmo! O Senhor Jesus Cristo é o meu Dono, e eu sou propriedade exclusiva dEle. Ele disse: “MINHAS ovelhas” (Jo.10:14,26,27). MINHAS é um pronome possessivo feminino plural assaz marcante, sobretudo quando pronunciado pelo Senhor dos senhores; portanto, eu sou mesmo dEle, e Ele é meu: “Eu sou do meu Amado, e o meu Amado é meu; Ele apascenta o rebanho entre os lírios” (Ct.6:3). Ora, se eu sou dEle e Ele é meu, ai de quem pelo menos tentar me usurpar, me arrebatar da sua Onipotente Mão!

Na hipótese absurda de alguém ou algo poder me arrebatar da Onipotente Mão do Senhor Jesus Cristo, significa que existe alguém ou algo mais poderoso que o Senhor Jesus Cristo. Na hipótese absurda de eu mesmo poder me arrebatar da Onipotente Mão do Senhor Jesus Cristo, significa que eu sou mais poderoso que o Senhor Jesus Cristo. E essa hipótese é absurdamente absurda, mesmo que se trata apenas de uma hipótese!

Ah, igualmente, na hipótese de alguém vir me anunciar outro “evangelho” além do Santo Evangelho que já me foi anunciado, no qual eu creio com toda a minha Fé; ainda que esse alguém seja um anjo, dir-lhe-ei: SEJA ANÁTEMA! (Gl.1:8)

Este texto rechaça quaisquer possibilidades de algum abestalhado intentar me arrebatar da Onipotente Mão do Senhor Jesus Cristo: “Que diremos, pois, a estas coisas? SE DEUS É POR NÓS, QUEM SERÁ CONTRA NÓS? Aquele que nem mesmo a seu próprio Filho poupou, antes o entregou por todos nós, como não nos dará também com Ele todas as coisas? QUEM INTENTARÁ ACUSAÇÃO CONTRA OS ESCOLHIDOS DE DEUS? É Deus quem os justifica; QUEM OS CONDENARÁ? Cristo Jesus é quem morreu, ou antes quem ressurgiu dentre os mortos, o qual está à direita de Deus, e também intercede por nós; QUEM NOS SEPARARÁ DO AMOR DE CRISTO? a tribulação, ou a angústia, ou a perseguição, ou a fome, ou a nudez, ou o perigo, ou a espada? Como está escrito: Por amor de ti somos entregues à morte o dia todo; fomos considerados como ovelhas para o matadouro. Mas em todas estas coisas SOMOS MAIS QUE VENCEDORES, por aquele que nos amou. Porque estou certo de que, nem a morte, nem a vida, nem anjos, nem principados, nem coisas presentes, nem futuras, nem potestades, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor.” (Rm.8:31-39)

Somente os lídimos crentes, os salvos eternamente pelo Poder Eterno do Deus Eterno, crêem na Infalibilidade, na Todo-Suficiência e na Onipotência da Mão do Senhor Jesus Cristo!

De resto, sobre os incrédulos, TODOS OS INCRÉDULOS (e isto incluem os religiosos da religião da incredulidade, os religiosos protestantes, os religiosos supostamente dotados de carismas especiais, os crentes superficiais, os crentes nominais, os crentes-gangorras, os crentes salvos hoje e perdidos amanhã, os crentes do rastilho de fogo-de-palha, os crentes infláveis, os crentes que nunca foram crentes, os crentes e descrentes ao mesmo tempo, os crentes que não sabem que são descrentes, os crentes que sabem que são descrentes, os descrentes que pensam que são crentes, os descrentes crentes na descrença, os quase crentes); SOBRE OS INCRÉDULOS, diz Jesus: “Mas vós não credes, porque não sois das minhas ovelhas.” (Jo.10:26)

O filho pródigo voltou!

E quem o trouxe de volta? Ele mesmo, com suas pernas outrora arredias?

Não!

Como não? Ele não se arrependeu do seu estado miserável, quando disse: “Levantar-me-ei, irei ter com meu pai e dir-lhe-ei: Pai, pequei contra o céu e diante de ti” (Lc.15:18)?

Sim, ele se arrependeu, levantou-se e foi ter com o pai, mas por Obra de Deus, “porque Deus é o que opera em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a sua boa vontade” (Fl.2:13). O homem, de tão miserável que é, por si mesmo é incapaz de arrepender-se dos seus pecados; É A BENIGNIDADE DE DEUS QUE CONDUZ O HOMEM AO ARREPENDIMENTO (Rm.2:4).

O pai do filho pródigo é o Pai por antonomásia. Ele revela o Coração de Deus.

Destarte, pela vontade do Pai, o filho afastado se arrependeu e voltou. Deus tanto sabia da sua volta (pois Ele é quem o estava trazendo), que o esperava incessantemente; e o viu, estando o filho ainda longe.

E o v.20 mostra o Pai CORRENDO ao encontro do filho arrependido, de tão infinita é a sua Compaixão e de tão imenso é o seu desejo de resgatar o que se tinha perdido: “Levantou-se, pois, e foi para seu pai. Estando ele ainda longe, seu pai o viu, encheu-se de compaixão e, CORRENDO, lançou-se-lhe ao pescoço e o beijou”.

Esta Parábola do Filho Pródigo é a prova incontestável da Salvação Eterna do Crente. O Amor do nosso Pai Eterno é tão infinito que Ele não permite sequer um filho seu perdido nas urzes desta vida, chafurdado na pocilga dos porcos; por isso Ele coloca no coração do crente desviado o arrependimento e a saudade do santo lar, e espera pelo seu infalível regresso; e, quando o mesmo ocorre, Ele corre na direção do filho perdido para recebê-lo com abraço e beijo.

Só mesmo o nosso Pai de Amor!

A perda da Salvação do Crente em Jesus Cristo é tão absurda e tão impossível, que o único texto das Escrituras Sagradas que mostra Deus correndo, mostra-o correndo exatamente na direção de um filho seu, fraco na fé, na doce pressa de recebê-lo e firmá-lo, com seu Inexplicável Amor, nas sendas benditas da Eternidade!

E aqui vai um inadiável conselho deste articulista evangélico: Quem ainda não crê na Segurança Eterna do Salvo pela Graça do Senhor Jesus Cristo, quem ainda não crê na Eternidade da Salvação, quem ainda não crê na inamissibilidade da Salvação Eterna, quem ainda não crê que o crente é salvo para todo o sempre e eternamente, dobre os joelhos diante de Deus e roga-lhe as suas Infinitas Misericórdias, como aquele genitor desesperado, que disse a Jesus: “Ajuda a minha incredulidade.” (Mc.9:24)

Hoje mesmo, caro (a) leitor (a), religioso (a) ou não, “Entrega o teu caminho ao Senhor; confia nEle, e Ele tudo fará.” (Sl.37:5)

Eu já entreguei o meu caminho ao Senhor Jesus Cristo, pois Ele é o meu Único Caminho (Jo.14:6); agora, confio, descanso, repouso tão-somente nEle, e nunca em mim mesmo (Rm.7:24). Não confio nem em meu coração, pois “Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e perverso; quem o poderá conhecer?” (Jr.17:9); tampouco confio no homem, porque “Assim diz o Senhor: Maldito o varão que confia no homem, e faz da carne o seu braço, e aparta o seu coração do Senhor!” (id.v.5)

Sim! Eu só confio mesmo no Senhor, porque “Bendito o varão que confia no Senhor, e cuja esperança é o Senhor” (id.v.7); e nesta minha plena, inarredável, imarcescível e insopitável confiança eu sei que Ele TUDO, mas TUDO mesmo, faz e fará por mim (Sl.23:6). Aleluia!

Caro (a) leitor (a), se você entendeu estas minhas palavras, e anela verdadeiramente crer, faça agora esta oração: “Senhor Deus, eu sou incrédulo (a); às vezes penso que creio, mas no fundo sou mesmo incrédulo (a); e, como aquele pai desesperado, eu te peço: Ajuda a minha incredulidade! Ajuda-me, ó Senhor, porque eu quero crer. A Fé é um Dom de Deus, ela é uma Dádiva que vem tão-somente de ti, ó Deus; então, dá-me a Fé preciosa na Justiça do Senhor Deus e Salvador Jesus Cristo. Coloca bem no íntimo do meu coração esta Fé Viva, para que eu seja crente de verdade, e não só de palavra, de fachada. E, uma vez que o Senhor me der esta Santíssima Fé, dissipa do meu coração toda incredulidade, toda dúvida, toda superficialidade, todo medo. Esta bênção inaudita eu te peço agora em Nome do Senhor Jesus Cristo. Amém”.

 

Lázaro Justo Jacinto


Autor: Lázaro Justo Jacinto


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