Autopunição - na visão do autogerenciamento vivencial



AUTOPUNIÇÃO -  NA VISÃO DO AUTOGERENCIAMENTO VIVENCIAL

 Autopunição é a punição que um indivíduo inflige a si mesmo, movido por um sentimento de culpa ou com a finalidade de um ganho maior, sem dúvida, espiritual.

Pasmem todos, além de nos punirmos pelos erros cometidos; ainda nos punimos por não termos feito no passado o que pensamos hoje.  E nos punimos, repetindo em todo momento a frase que se inicia assim: “eu deveria...”

Para o autogerenciamento vivencial, a autopunição é uma ferramenta aprendida e desenvolvida através da nossa educação social e religiosa. É-nos ensinado que através da punição nos tornaremos seres melhores. Viva a punição!!! Venha a punição!!! Punamo-nos para ficarmos melhores!!!

Veja a nossa história , ela é constituída de punições. Adão e Eva foram punidos por terem pecado e lhes foi lhe retirado o direito à vida eterna. Jesus Cristo sacrificou-se para nos salvar de uma punição divina. E assim vai. Logo autopunir-se é sinal de sabedoria, de mente evoluída , de redenção.

Eis a questão - a autopunição nos faz evoluir ou nos aprisiona ainda mais à culpa?

Se a punição realmente melhorasse a alma de alguém, estaríamos todos, sem dúvida, num estágio bem mais evoluído. 

Será que não é hora de mudarmos essa fórmula de evolução e buscarmos outra, já que a punição e a autopunição até agora nada conseguiram em termos de evolução existencial? Não estará na hora de mudarmos o enfoque evolutivo vivencial?

Para o autogerenciamento vivencial, a autopunição está ligada à irresponsabilidade na maneira de viver. É a própria pessoa que deve encontrar o perdão de si mesma. É de sua inteira responsabilidade buscar dentro de si mesma os meios para a sua evolução. Não são terceiros, como intermediários, que irão garantir-lhe a redenção.  Para o autogerenciamento vivencial, o importante não é punir-se pelo erro cometido, mas usá-lo como um veículo de crescimento vivencial. A meta é conscientizar cada pessoa de que ela é responsável por cada ato de vida. E isso só é possível com o auxílio da autorreflexão. Não é com punição e autopunição que se vai evoluir espiritualmente. Infelizmente existem pessoas que preferem a punição e a autopunição como formas de inibir ou mitigar as transgressões sociais e vivenciais. Só que mal sabem elas que tanto uma como a outra podem, em muitos casos, não só produzir desequilíbrios vivenciais mas também gerar doenças psicossomáticas.

Nunca se esqueçam que as mudanças vêm através da autorreflexão e não do remorso e da autopunição. Pare de acreditar que  castigo auto-imposto a redimirá dos seus erros. Seja responsável.

 Olha que interessante!!!Algumas pessoas para evitarem uma punição social ou divina procuram justificar as suas transgressões sociais ou divinas através de justificativas pessoais.Muito curioso!!!!!!

 Drº Cláudio de Oliveira Lima – psicólogo

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Autor: Cláudio De Oliveira Lima


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