RUMOS PARA UMA EDUCAÇÃO NO CAMPO



UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ – UVA

 

CURSO DE PEDAGOGIA

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

RESENHA 

 

RUMOS PARA UMA EDUCAÇÃO NO CAMPO

 

 

 

 

 

 

Resenha apresentada na disciplina Educação no Campo sob a orientação do Professor Ivaldo Marciano, pela aluna GEISA LOPES BEZERRA do curso de Pedagogia, 4º Período, turma G no núcleo Guararapes, sala 403 da Universidade Estadual Vale do Acaraú, para obtenção de nota.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

RECIFE, 2009

RESENHA

 

RUMOS PARA UMA EDUCAÇÃO NO CAMPO

 

 

É difícil deixar de refletir e comparar, na distância que se acentua, a educação pública dos tempos pós-modernos com aquela que esperávamos conduzir os povos ao progresso, à felicidade universal, à autonomia individual e coletiva.

A educação do campo defendidas pelos movimentos sociais  é uma educação que está voltada e construída com os trabalhadores. A educação do campo para nós não está separada de uma educação geral de compreender a sociedade. Ela está analisada a partir dos princípios que tratam da humanização, que tratam não desse campo do agronegócio, e sim, de um campo onde as famílias tenham a possibilidade de produzir para a sociedade brasileira. Essa educação do campo não está voltada somente para escolas, pois para nós a escola é apenas uma parte desse processo.

O enorme desafio que enfrentamos é o modelo de educação existente no campo. Quando pensamos ou falamos sobre educação do campo deparamos com uma série de problemas levantados pelos governantes: falta de estrutura, de docentes qualificados, transporte escolar adequado, e material didático-pedagógico.

A estrutura da escola no campo, infelizmente está adaptada através da escola urbana trazendo expectativa à população rural. E, as crianças do campo não são preparadas para encarar um mundo na cidade. Estas crianças se adéquam às necessidades de uma sociedade exploradora, sendo preparadas para servir a um sistema capitalista.

Alguns movimentos lutam para uma Reforma Agrária e organização de outra maneira de viver no campo com uma política voltada à realidade da população rural, as diferentes realidades culturais.

Quando se pensa a educação do campo torna-se imprescindível dizer que ela é chamada a construir matrizes humanistas tendo em vista a emancipação humana. Neste sentido, a educação do campo se diferencia da educação formal. Na educação do campo todos são sujeitos e construtores da memória e da história. Eles são sujeitos sociais e culturais. Já na educação formal o visível é o reducionismo dos alunos/as a aprovados/reprovados, novatos/repetentes, defasados especiais/anormais, além de criar um grande dualismo entre educador/a e educando/a.

Há uma grande possibilidade de se abrir um leque de temas transversais na educação do campo que podem e devem ser recuperados em todas as unidades escolares e em suas respectivas comunidades, como por exemplo: a esperança, cidadania, justiça, liberdade, igualdade, sexualidade, cooperação, diversidade, terra, trabalho, identidade... Por isso, fica evidenciado o caráter específico, diferenciado e alternativo da educação do campo. Pois tal concepção de educação se dá como processo de formação humana, uma educação de qualidade que venha valorizar a realidade do campo.

A escola do campo defende os interesses, a política, a cultura e a economia da agricultura camponesa. Segundo Fernandes (1999, p. 65) “a política de educação que está sendo implantada no Brasil, por meio dos Parâmetros Curriculares Nacionais, ignora a  necessidade da existência de um projeto para a escola rural”. Mas, o que vem sendo um ponto agravante é o fator regulador da qualidade de educação vista a partir de uma ótica determinista... um determinismo geográfico que legitima a existência de uma concepção de que a escola urbana é melhor, superior do que a escola rural.

A política que sustenta o agronegócio não tem nenhum sentimento pelo ser humano. Ela é movida a dinheiro, mentiras, mitos, etc. Na realidade a educação no campo não pode esquecer-se do acúmulo de experiências do povo as quais é repassada a partir das lendas dos povos. Infelizmente o Brasil tem mostrado um grande descaso em relação ao conhecimento popular camponês, os quais têm sua origem nas matrizes sócio-culturais: afro, indígena e europeu, não se preocupando em uma linha pedagógica que respeite estes saberes e aproximem de outros.

É necessário que a política pedagógica contribua na garantia de que foi acumulado os saberes imaginários onde os saberes afirmam como identidade e como legado histórico.

           

 

REFERENCIAS:

 

O Texto de Darli Casali

 

www.google.com.br 


Autor: Geisa Lopes Bezerra


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