TVGD: Uma proposta para conscientização ambiental na TV Digital a partir da Geração Y



TVGD: Uma proposta para conscientização ambiental na TV Digital a partir da Geração Y[1]

Helena Schiavoni Sylvestre[2]

 

Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Bauru - SP

 

Resumo

Tendo em vista o contexto das inovações tecnológicas, percebe-se que a hibridização decorrente da convergência midiática faz com que os meios de comunicação passem por modificações e originem novas mídias, com formatos e linguagens ainda em desenvolvimento. A TV Digital é resultado dessas transformações e, por ser uma mídia em emergência essencialmente caracterizada pela possibilidade de conteúdos específicos para públicos específicos, admite-se que os estudos da Cauda Longa representem uma contribuição para a compreensão deste novo meio de comunicação. Em paralelo a esses fatores, pode-se perceber o destaque que a denominada Geração Y (ou Geração Internet) vem ganhando nos últimos anos por ser a parcela da população caracterizada essencialmente pela imersão no universo on-line, adaptável a quebra de paradigmas e com forte consciência crítica sócio-ambiental. Dessa forma, o objetivo da presente pesquisa é analisar de que maneira é possível realizar uma interligação entre TV Digital e Cauda Longa com a Geração Y para que se torne viável o estímulo de uma conscientização sócio-ambiental da sociedade a partir de uma geração de jovens dispostos a realizar transformações e influenciar outras parcelas da população. Tendo o jornalismo como o principal intermediário desse processo, é possível perceber que a interligação de todas essas transformações em emergência tendem a originar uma realidade de conscientização sócio-ambiental com a utilização de uma mídia em ascensão. A partir disso, a pesquisa realiza uma proposta de programa jornalístico de gênero interpretativo que aborde a temática ambiental para a TVGD, emissora de conteúdo audiovisual voltado ao público de10 a30 anos, faixa etária pertencente à Geração Internet. Para a execução desta proposta, foram realizadas leituras de autores das respectivas áreas, além de levantamento prévio de programas televisivos anteriores oriundos de propostas semelhantes. Embora esteja ainda em seus passos iniciais, o novo modelo televisivo, que se propõe a transmitir um conteúdo de maior qualidade audiovisual e dotado de interatividade, mostra-se promissor quanto à intenção de realizar a inclusão social a partir da busca por um novo modelo televisivo, potencialmente mais democrático e abundante.

 

Palavras-chave: TV Digital. Cauda Longa. Geração Y. Novas Mídias. Meio Ambiente

Introdução

A televisão tornou-se uma extensão humana muito abrangente, que tem a capacidade de envolver e despertar sentimentos e sensações dos mais variados tipos no telespectador. O meio técnico proporcionou uma extensão das capacidades sensoriais do homem. Dessa forma, o telespectador passa a se sentir parte do conteúdo ao qual assiste e, como conseqüência direta, ocorre uma maior integração da massa social (MCLUHAN, M., 1964).

Na concepção do estudioso, “[...] ela nos envolve numa profundidade móvel e comovente, mas que não nos excita, agita ou revoluciona” (MCLUHAN, M., 1964). Com o progresso da tecnologia, os meios de comunicação tem se valido do processo de digitalização da informação e crescente facilidade na disseminação desses conteúdos. Aliado a esse contexto, soma-se o processo de convergência midiática que vem ocorrendo há pouco mais de uma década. Nesse sentido, a relação social entre mídia e indivíduo passou a sofrer modificações

A convergência não ocorre por meio de aparelhos, por mais sofisticados que venham a ser. A convergência ocorre dentro dos cérebros de consumidores individuais e em suas interações sociais com outros. Cada um de nós constrói a própria mitologia pessoal, a partir de pedaços e fragmentos de informações extraídos do fluxo midiático e transformados em recursos através dos quais compreendemos nossa vida cotidiana (JENKINS, H., 2008, p. 28).

O recurso mais promissor que o ciberespaço oferece é a interatividade. É este o responsável pela quebra do fluxo linear de informação e tira o internauta da posição de mero usuário passivo e o recoloca na situação de um personagem que influencia no fluxo de conteúdo da web. O termo “interatividade”, de modo geral se refere a uma efetiva participação dos usuários de informação, buscando romper com a cristalização das posições de emissor e receptor.

Pode-se dizer que uma tecnologia é considerada interativa de fato conforme reflete as conseqüências de nossos atos, desenvolvendo-as para nós. Além de refletir, o meio também refrata aquilo que recebe, transformando e processando aquilo que o usuário emite e recebe de volta. Conforme esse processo ocorre, ele nos proporciona um sentido de relação entre o ser e a realidade em que se encontra. (ROKEBY, 1997)

Entretanto, a interatividade pode também ser encarada como um problema devido ao fato de exigir uma reformulação no trabalho de observação, concepção e avaliação dos métodos de comunicação. É possível, então, confirmar a ideia defendida por Lévy de que, mais do que uma extensão das mídias tradicionais, as novas mídias estão em processo de transformação e readaptação. Devido às tecnologias digitais, pode-se ampliar imensamente o número de recursos disponíveis aos internautas. As conexões interativas entre usuários e provedores se tornam cada vez mais intensas, resultando assim em um formato reestruturado do atual padrão da mídia massificada e possibilitando “[...] ao usuário deixar de lado o papel de mero consumidor e passar a ser, ele também, um agente ativo na produção e disseminação de informações e conhecimento, transmutando os usuários-consumidores em usuários cidadão” (MOTA; TOME apud ADORYAN). É com base principalmente nesses aspectos que se pode colocar em foco o potencial transformador de mídias como a TV Digital.

A compreensão obtida por meio de diversas mídias sustenta uma profundidade de experiência que motiva mais consumo. A redundância acaba com o interesse do fã e provoca o fracasso da franquia. Oferecer novos níveis de revelação e experiência renova a franquia e sustenta a fidelidade do consumidor (JENKINS, H., 2008, p. 135).

A convergência entre o meio televisivo e o meio digital é responsável por incorporar padrões interativos à TV Digital, possibilitando dessa forma ao receptor também produzir e emitir conteúdo. Assim, constrói-se um meio de comunicação digital eficiente e capaz de gerar mudanças sociais benéficas aos cidadãos.

Montez e Becker (Adoryan, A. apud Montez e Becker) classificam o grau de interatividade em sete níveis, sendo possível a interatividade plena apenas no último nível. A interatividade é tão grande nesse nível, que já não se distingue claramente o telespectador e o transmissor (suas funções passam a ser confundidas) na geração e na produção de conteúdo. O único meio ao qual se pode atribuir o nível sete de interatividade atualmente é a internet, pois qualquer indivíduo tem autonomia para publicar um website, se utilizar as ferramentas adequadas. “O telespectador pode fazer programas e enviá-los à emissora, rompendo o monopólio de produção e veiculação das tradicionais redes de televisão como conhecemos hoje” (MONTEZ; BECKER apud ADORYAN, 2005).       

Como conseqüência desse processo de convergência em construção, as mídias em desenvolvimento e as tradicionais se relacionam entre si, e o emissor e receptor passam a não ter mais seus papeis definidos. Aquele que antes era classificado como mero receptor, hoje é nomeado de usuário, devido a sua possibilidade de se tornar também produtor e veiculador de conteúdo.

Embora o desenvolvimento da TV Digital ainda esteja em seus primeiros passos, especialmente no Brasil, este é um meio bastante promissor no que se refere a um diálogo horizontal entre emissor e usuário.

TV Digital e perspectivas

Segundo um estudo da Ibope Nielsen Online, o número de brasileiros que usa ativamente a internet em casa cresceu 46% em apenas dois anos, somando um total de 55,5 milhões de pessoas com acesso à internet no país. Mas apesar do avanço, ainda menos de um quinto das casas brasileiras são contempladas com a internet (NIC.br., 2009). Portanto, no caso da TV Digital, esta também executará a inclusão digital da população a longo prazo, uma vez que a proposta é que este novo veículo alcance um grau de popularização praticamente equivalente ao que o meio televisivo tradicional tem hoje no país. O modelo tem como objetivo articular uma tecnologia de ponta a uma realidade com muitas barreiras para a inclusão digital, através de uma “instrução para a interatividade”. No Brasil, além de obter melhora significativa em termos de tecnologia, o meio televisivo adquire um grau tecnológico que possibilidade a completa integração com o ciberespaço, podendo assim alcançar uma parcela da população que o computador, por si só, não consegue.

Em 2006 o Brasil adotou o ISDB-T como padrão de transmissão de TV Digital Terrestre para o Sistema Brasileiro de Televisão Digital (SBTVD). Optou-se pelo padrão de sistema japonês, após a avaliação de uma série de pesquisas realizadas ao longo de 2005, nas quais foram feitas diversas propostas de inovações, pelos diferentes consórcios, em todas as camadas do sistema. No país, a inovação de maior destaque foi o middleware Ginga, desenvolvido pela PUC-RJ e pela UFPB. Superior a todos os outros middlewares do globo (inclusive o MHP europeu). O programa de computador que faz e mediação entre software e demais aplicações, será o responsável por possibilitar a interatividade na TV Digital nacional.


Art. 6º O SBTVD-T possibilitará:

I - transmissão digital em alta definição (HDTV) e em definição padrão

(SDTV);

II - transmissão digital simultânea para recepção fixa, móvel e portátil; e

III - interatividade. (DECRETO Nº 5.820, DE 29 DE JUNHO DE 2006.)

Para garantir sua influência, através do artigo 13, o governo assegura para si quatro canais de transmissão, e uma parcela destes canais poderão estar a disposição de serviços públicos interativos.

 

Art. 13º. A União poderá explorar o serviço de radiodifusão de sons e imagens em tecnologia digital, observadas as normas de operação compartilhada a serem fixadas pelo Ministério das Comunicações, dentre

outros, para transmissão de:

I - Canal do Poder Executivo: para transmissão de atos, trabalhos, projetos, sessões e eventos do Poder Executivo;

II - Canal de Educação: para transmissão destinada ao desenvolvimento

e aprimoramento, entre outros, do ensino à distância de alunos e capacitação de professores;

III - Canal de Cultura: para transmissão destinada a produções culturais e

programas regionais; e

IV - Canal de Cidadania: para transmissão de programações das comunidades locais, bem como para divulgação de atos, trabalhos, projetos, sessões e eventos dos poderes públicos federal, estadual e municipal.

§ 1º O Ministério das Comunicações estimulará a celebração de convênios necessários à viabilização das programações do Canal de Cidadania previsto no inciso IV.

§ 2º O Canal de Cidadania poderá oferecer aplicações de serviços públicos de governo eletrônico no âmbito federal, estadual e municipal..

(DECRETO Nº 5.820, DE 29 DE JUNHO DE 2006.)


            A empresa Microsoft (GOULARTE, 2003) classifica ainda a TVi (TV interativa) da seguinte forma:   
TV expandida: com aplicativos voltados à interação dos usuários com o programa de televisão.
Internet na televisão: serviços que permitem aos usuários ver e utilizar conteúdo disponível na internet.
TV pessoal: permite gravar e pausar programas de televisão.
TV conectada: serviço que possibilita ao usuário compartilhar conteúdo com outros dispositivos (como tablets, ou organizadores pessoais).

 

O serviço de internet na televisão (WebTV), trata-se de set-top boxes com conexão à internet discada ou em banda larga. O intuito é fazer com que os usuários possam acessar todo conteúdo disponível na internet a um baixo custo. Embora a demanda ao redor do mundo não tenha sido suficiente, se for suficiente no Brasil, talvez uma das possíveis soluções seja os desenvolvedores web criarem versões dos sites específicas para serem vistos na TV ou projetarem interfaces líquidas, adaptáveis ao monitor que exibe as imagens. Já a TV Expandida é a grande expectativa em relação ao mercado de TV interativa no Brasil. A vantagem, é que esta é aplicada a produtos populares, que é a programação televisiva já disponível à população brasileira.

 

Pelo VOD (vídeo sob demanda) é possível que o usuário solicite programas através do controle remoto, exceto os programas ao vivo, para serem assistidos conforme lhe convier. Através de conexão banda-larga, os provedores oferecem conteúdos individualizados para que os usuários assistam e armazenem os programas se assim o quiserem. Essa programação exclusiva para os telespectadores é pioneira quando se trata de acesso a conteúdo audiovisual que nunca encontraria espaço na televisão tradicional, como vídeos alternativos e amadores. Sendo assim, a TV Digital é considerada “uma nova mídia, tendo em vista que associa dispositivos tecnológicos da televisão e da internet criando lógicas expressivas próprias num processo de hibridização de formatos” (MÉDOLA & TEIXEIRA, 2007, p. 3).

Para Valdecir Becker (2006), “assistir a televisão é uma experiência coletiva; interagir com a televisão é uma experiência individual”. Logo, o autor despreza o caráter social da interação mediada e foca sua análise de “interatividade” na relação indivíduo/meio.

As pessoas estão se conectando e se comunicando de maneira participativa, interagindo cada vez mais, o que consequentemente acaba acarretando um maior discernimento sobre o que lhes é conveniente e desejado. Cada vez mais, a televisão vem oferecendo narrativas múltiplas e complexas, e de caráter mais sofisticado para um público mais bem capacitado em sua média. Público esse que já não se posiciona mais como mero receptor de informação, e busca experiências televisivas relevantes, de acordo com a imprevisibilidade de sua época.

Telejornalismo na TV Digital

Em termos jornalísticos, a interatividade proveniente da TV Digital desencadeará novas abordagens para a produção noticiosa. Por outro lado, a apuração de informações, atropelada pela necessidade da instantaneidade pode interferir na credibilidade dos fatos veiculados. Sendo assim, haverá uma necessidade de alterar o gênero de jornalismo predominante no meio televisivo emergente. Os discursos já não poderão ser apenas informativos, passando a adquirir caráter interpretativo, que contenha a opinião do comunicador que esteja prestando serviço ao usuário.

Devido à possibilidade de troca de informação possibilitada entre o usuário e o veículo de comunicação pela convergência midiática na TV Digital, as empresas jornalísticas se virão obrigadas a explorar aspectos mais atraentes das notícias, em um processo de alimentação e retroalimentação que origina a chamada sociedade do espetáculo. Sendo assim, o processo de edição ganha mais importância em relação à matéria, e o resgate da humanização das notícias jornalísticas será um ponto de embate ao surgimento das novas tecnologias. Para Maciel (1995), os avanços tecnológicos acabam proporcionando mais do que apenas mudanças técnicas na televisão. Os efeitos se estendem à prática do telejornalismo, ocasionando “melhoria na qualidade da informação produzida e uma maior rapidez na divulgação das notícias”. Porém, é preciso atentar para a necessidade de adaptação do jornalista, que deve buscar o aperfeiçoamento e a prática constantes, embora as corporações midiáticas estejam se adaptando à convivência com uma audiência possibilitada de veicular de maneira autônoma informações que a longo prato indica que trará benefícios às redações.

Pode-se pensar ainda que manipulações, erros e abordagens equivocadas de fatos pelos meios de comunicação serão desestimulados, uma vez que o telespectador tem acesso a um bombardeio de informações através de outros meios que o coloca na posição de “avaliador” do conteúdo que recebe dos telejornais. Não mais na condição de receptor passivo, os telejornais em TV interativa não terão mais formato de palestra de profissionais, mas sim de seminário, no qual possivelmente haverá um intercâmbio de informações entre os jornalistas e o público. (Gillmor, 2005)



A Cauda Longa na programação da TV Digital

Ao levarmos em conta o modelo de televisão tradicional, presenciamos características de uma mídia majoritariamente massiva, dentro da qual se pode encontrar um público muito mais heterogêneo do que os outros meios digitais. Nos projetos de TV Digital interativa, a segmentação de conteúdo conduzirá trabalhos mais direcionados a públicos específicos (homogêneos).

A televisão que outrora reservava seu espaço apenas para conteúdo de disseminação indiscriminada, agora encontra viabilidade técnica (e comercial) para permitir que todas as diversidades comportamentais se articulem em suas estruturas. (TEIXEIRA, 2009)

Ano após ano, a televisão aberta vem perdendo público para os variados canais a cabo, que têm como foco os nichos de mercado. Seguem o fluxo inverso da mídia massiva, uma vez que focam a fragmentação do mercado em vários nichos, em vez de direcionar em uma única direção. A principal vantagem do broadcast é a eficiência com que o sistema consegue levar um programa a milhões de pessoas. Entretanto, não consegue executar a operação contrária, o que a internet é capaz de fazer muito bem.

Cada vez mais o mercado de massa se converte em massa de nichos, e essa tendência é aplicável tanto ao consumo de mercadorias quanto ao consumo de mídia. Esse processo de desmembramento de mercado é denominado por Chris Anderson de Cauda Longa (2006), definição que faz referência à curva estatística das vendas dos produtos no mercado. O topo do gráfico contabiliza os hits (os itens mais vendidos de determinado produto) e a “cauda” contabiliza os nichos – itens variados de pouca vendagem, mas que somados praticamente se equivalem à vendagem dos hits – originando o seguinte gráfico:

 

 

(1)a cauda das variedades disponíveis é muito mais longa do que supomos; (2) ela agora é economicamente viável; (3) todos esses nichos, quando agregados, podem formar um mercado significativo (ANDERSON)

 

Na quase totalidade dos mercados, há muito mais nichos do que hits. Dessa forma, à medida que os custos de produção e distribuição caem, esses nichos podem ser oferecidos amplamente, originando um mercado de abundâncias. A distribuição digital, em conjunto com poderosas tecnologias de busca e massa crítica na difusão da banda larga, está sendo responsável por fazer os mercados on-line reconfigurarem a economia de varejo, ou seja, agora a variedade de produtos disponíveis para venda é muito maior.

 

Entretanto, apenas uma maior variedade de ofertas não é capaz de deslocar a demanda cauda abaixo. É preciso disponibilizar maneiras de fazer com que os consumidores encontrem os nichos que se enquadram em seu perfil, e para isso é necessário o uso de ferramentas e técnicas como recomendações e classificações – os chamados “filtros”. Resumidamente, “a Cauda Longa nada mais é do que cultura sem os filtros da escassez econômica” (ANDERSON, 2006). Ou seja, não é preciso restringir a oferta a poucas escolhas, uma vez que não se tem quase gasto para oferecer uma variedade muito maior (os nichos).

 

A tendência dos próximos anos, é que a fé na propaganda e no marketing empresarial diminua, e recaia sobre os indivíduos comuns. As mensagens de cima para baixo estão perdendo força, e o movimento inverso está em ascensão.

 

As pessoas que fazem parte dessa multidão talvez não se considerem fornecedores de recomendações ou de orientações. Mas todos os dias surgem cada vez mais softwares que observam suas atitudes, delas extraindo conclusões . A ascensão do software de busca como a força econômica do Vale do Silício é simplesmente reflexo do valor que agora reconhecemos na mensuração e análise das ações de milhões de indivíduos. (ANDERSON)

 

Paralelamente ao aumento exponencial da oferta de opções, à medida que a Cauda se alonga, o índice sinal/ruído piora na mesma proporção. Dessa forma, os consumidores conseguirão encontrar o que desejam objetivamente se os filtros forem cada vez mais eficientes. Como tal, os filtros não desempenharão o clássico papel de gatekeeper, mas sim de assessores.

 

Pré-filtros

Editores

Caçadores de talentos de gravadoras

Executivos de estúdios

Profissionais de marketing

Anunciantes
Compradores de lojas de departamentos

Pós-Filtros

Blogs

Listas de músicas

Resenhas

Recomendações

Consumidores
Clientes


           Ao contrário do mercado massivo, que prioriza a novidade em detrimento da relevância, o mercado de nicho procede de maneira justamente contrária. O Google, por exemplo, não chega a ignorar a questão do tempo, mas ele mede essencialmente a relevância com base nos links remetentes, que remetem a determinado site. Ou seja, prioriza-se o número de ligações com outros sites ao invés do tempo.         

Entre todas as mídias tradicionais, a televisão é hoje a que mostra maior poder de transformação pela Cauda Longa, pelos seguintes motivos:

 

• A TV gera mais conteúdo do que qualquer outra mídia ou setor de entretenimento.

• Apenas uma fração muito pequena desse total está disponível para o público. Primeiro,

a média das famílias americanas dispõe hoje de uma centena de canais de TV. Embora isso pareça muito — são 876 mil horas por ano de transmissões de vídeo para a maioria dos domicílios — isso ainda é menos que 10% dos vídeos comerciais produzidos para broadcast nos Estados Unidos (quando se consideram os mais de 400 canais nacionais disponíveis cm redes de alta capacidade, por satélite e digitais, e toda a programação.

• Assim, o conteúdo disponível como porcentagem do conteúdo produzido e mais baixo do que cm qualquer outro setor, alguns dos quais talvez produzam mais conteúdo, como a imprensa escrita e a indústria editorial, mas, nesses casos, a disponibilidade é muito maior (ver Google). Apenas a televisão trata seu melhor conteúdo como descartável. (ANDERSON, 2006)

 

A tendência é que conteúdos mais curtos sejam desenvolvidos com o intuito de entreter, sem que a demanda por atenção do telespectador seja demasiadamente grande. Por outro lado, conteúdos mais extensos serão destinados àqueles que buscam se aprofundar em determinado assunto específico pelo qual há interesse. Conteúdos de tamanho intermediário não serão tão convenientes de ser produzido.           

E uma vez encontrado aquilo que o usuário procura, e quanto melhores forem os resultados encontrados, as chances de que este mesmo usuário se interesse pelo conteúdo interligado àquele procurado anteriormente é bastante grande, e, portanto, consequentemente a Cauda Longa acaba ganhando maior comprimento.

 

Atualmente, os meios de comunicação não competem primordialmente entre si, mas também com os usuários comuns, que juntos acabam estruturando uma inteligência coletiva e disseminando informações por todo o universo on-line. (ANDERSON, 2006) De acordo ainda com Anderson, as duas principais Caudas Longas que estão transformando o meio jornalístico são a Cauda Longa da temporalidade (mudança dos critérios de noticiabilidade ao longo do tempo) e a Cauda Longa da abundância de conteúdo (o maior exemplo disso é a blogosfera, na qual publicações em grande volume são veiculadas na web, as quais entram em disputa pela atenção do público-alvo). Por tanto, a importância das notícias passa a recair sobre aquelas que têm relevância a longo prazo, e as que têm alto nível de confiabilidade, uma vez que o volume de informações disponíveis é extremamente grande.

 

A Geração Y

Os jovens nascidos entre 1978 e 1990 são uma geração chamada de Y ou Geração Internet. São jovens que têm afinidade com a tecnologia, que estão aptos a explorar os recursos interativos, e, além de tudo, são capazes de influenciar amigos e parentes. “A Geração Internet é a geração mais inteligente de todas, como evidenciado por resultados de testes de QI e outras taxas extraordinárias de graduação das universidades” (TAPSCOTT, 2010). Especialmente por essas características, é possível dizer que se existe um grupo de pessoas que de fato possam trazer mudanças efetivas à tona, esse grupo é a Geração Y.


            Ávidos por novidades, e mais aptos a se adaptarem à interatividade da TV Digital, os jovens da Geração Internet são os mais indicados a serem usados como “cobaia” para os testes iniciais, uma vez que “a implantação de serviços interativos deve oferecer uma certa dificuldade para a maior parte da população, especialmente se os serviços não apresentarem elevado grau de usabilidade, o que pode vir a exigir um tempo para a adaptação da população a essa nova linguagem”.[3] (CPqD, 2004b, p. 16). Esse novo modo de assistir televisão exige uma predisposição e o mínimo de conhecimento operacional por parte do usuário, uma vez que deva existir alguma intimidade com a tecnologia para haver personalização da recepção.

 

Como uma geração que nasceu já imersa no mundo virtual, os jovens da Geração Y adquiriram o papel de absorver, processar e compartilhar conhecimento de maneira democrática, para que se construa efetivamente uma inteligência coletiva amplamente difundida nos próximos anos. De acordo com Rupert Murdoch[4], chairman da NewsCorp., “os jovens se recusam a confiar em figuras divinas que lhes dizem do alto o que é importante. Querem controlar a própria mídia, em vez de serem controlados por ela”.

 

A Geração Y é a que mais teve acesso a informação ao longo de sua trajetória de vida, e é, portanto, um consumidor de mídia diferenciado e um formador de opinião inato, ágil e crítico. Para Sidnei Oliveira, as principais características desses jovens a quebra de paradigmas, a busca por satisfação imediata e o anseio por acesso irrestrito a todo e qualquer tipo de informação, o mais rapidamente possível. Portanto, se analisadas todas as características dessa jovem geração, instintivamente ela deveria virar o principal alvo dos profissionais da TV interativa (ou TV Digital). Uma vez inteiradas com as tecnologias, e com grande poder de influência sobre aqueles ao seu redor, a Geração Y poderia se transformar na “mola propulsora” para disseminar, popularizar e incentivar a adaptação à interatividade da TV Digital pelo resto da população. Depara-se hoje com o ineditismo de uma proximidade de valores entre a Geração Y e seus pais (da geração chamada de “baby boomers”, nascidos entre 1946 e 1964, de acordo com o referencial norte-americano), havendo uma negação do conhecido conflito de gerações.

 

Entretanto, uma vez que a TV Digital seja moldada com base na Cauda Longa, com disponibilidade de centenas de canais, voltadas a mercados de nichos, deve-se haver um extremo cuidado com relação à edição do conteúdo veiculado, em especial nos programas jornalísticos. Se o usuário se interessa em se informar sobre determinado assunto específico através de determinado telejornal, por exemplo, supõe-se que esse usuário é um conhecedor daquilo que está assistindo e interagindo, e, portanto, dificilmente manipulável. Além disso, este mesmo usuário tem acesso também à abundância de conteúdo na internet, que poderia desmascarar qualquer fraude televisiva sem grandes dificuldades.

Além das questões citadas acima, a Geração Y ainda ganha destaque pelo fato de terem uma consciência crítica aguçada, uma ampla noção de cidadania e por serem preocupados com as causas sociais e ambientais.

 “Os jovens se importam. O voluntariado está presente nos colégios e universidades do mundo e, como uma geração, têm valores muito fortes. Eles acreditam na justiça, liberdade e proteção da biosfera. Estou esperançoso que esta geração vai trazer uma nova era de democracia. A primeira onda de democracia estabeleceu e elegeu instituições responsáveis pela governança, mas com um fraco mandato público e uma cidadania inerte. Eles vão trazer uma segunda onda, que se caracteriza por uma representação forte e uma nova cultura de deliberação pública construída sobre uma cidadania ativa” (TAPSCOTT)

Essa é uma geração que tem influenciado bastante as formas de relacionamento social, afetivo e com as questões ambientais, suas posturas como profissional e costumes de consumo, reflexo das infinitas conexões que a liga ao resto do globo.[5]

Ações de voluntariado e mobilizações virtuais são menos definidos pela militância partidária, mas por outro lado, reflete uma mudança no padrão de comportamento político. Talvez esses jovens não sejam tão engajados politicamente quanto a geração anterior, mas seu engajamento é muito forte quando se trata de causas que tenham afinidade com seus ideais e valores morais. Questões relacionadas à sexualidade, cultura, e com grande destaque, o desejo de compartilhamento do ativismo voltado às questões ambientais e sustentáveis.

“os usuários da internet entre 18 e 24 anos são o grupo menos propenso a enviar um e-mail público oficial ou fazer uma doação política online. Mas quando se trata de usar a web para pesquisar notícias sobre política ou aderir a causas nas redes sociais, eles se mantêm à frente de qualquer outra pessoa. Ao invés de se partir do pressuposto de que eles estão genuinamente mais engajados na política, talvez só queiram compartilhar o ativismo com seus pares.” (Instituto Pew Research)

 

 

 

 

 

Geração Y e o ativismo ambiental

 

Na América do Norte e no Brasil, os jovens cidadãos da Geração Internet têm consciência dos seguintes fatos:           

1)      O ambiente está sendo degradado muito rápida e desastrosamente;

2)      É necessário que atitudes drásticas sejam tomadas em relação ao uso de fontes energéticas e matérias primas;

3)      Paradigmas devem sem modificados em relação à maneira como as questões ambientais são abordadas socialmente

 

Paralelamente ao desenvolvimento das tecnologias digitais, surgiu nos últimos anos a necessidade de se criar um novo conceito de sustentabilidade e uma nova visão de jornalismo ambiental.

Durante muito tempo assuntos que abordassem o meio ambiente eram tratados superficialmente, e de maneira conservadora pelos meios de comunicação tradicionais (rádio, TV, revista). Evitava-se gerar questões polêmicas sobre o assunto para que não houvesse conflito com os ideais dos veículos de comunicação, e daqueles que estivessem ligados direta ou indiretamente a eles.

No caso específico do meio televisivo, Lucia Guido[6] destaca o fato de que os recortes videográficos de devastações ambientais são utilizados nas produções televisivas com caráter sensacionalista, fora de contexto e sem uma abordagem adequada das causas e das conseqüências dos desastres ambientais. No Brasil, o primeiro telejornal a tratar sobre a temática ambiental foi o Repórter Eco[7], em 1992, mas dessa vez com o intuito sério de abordar o meio ambiente e a sustentabilidade de maneira aprofundada.

O jornalismo ambiental deve se engajar política, cultura e socialmente, a fim de que se tenha embasamento suficiente para enfrentar corporações, o governo ou mesmo o instituto de pesquisa, ligados de alguma forma ao modelo econômico não-sustentável. Eliana de Souza Lima[8] acredita que o profissional de comunicação deve se responsabilizar de fato por aquilo que veicula.        

Alberto Dines disse que um dos pilares da tríade interativa das ações jornalísticas é a ética, ‘porque somos responsáveis pelos efeitos de nosso trabalho e das nossas intervenções no processo’. Seria então a mídia responsável pelo aumento de conscientização da população acerca dos problemas ambientais? Eu diria que sim, somado ao esforço contínuo de ONGs ambientalistas e órgãos do governo, preocupados com a devastação do meio ambiente (LIMA, E. S., s/a).

Para Wilson da Costa Bueno[9], o jornalismo ambiental ético é “colocado contra a parede” devido às pressões da grande imprensa e dos grandes monopólios de comunicação brasileiros que “[...] têm se utilizado do meio ambiente como forma de aumentar a audiência, restringindo-se aos acidentes ambientais que integram o circuito viciado da chamada notícia-espetáculo”.

Com a implantação da TV Digital, a proposta que se faz é que a abertura proporcionada pela Cauda Longa nesse novo veículo considere a hipótese de se criar uma programação jornalística com base nessa nova conceituação ambiental, voltada primeiramente à Geração Y, mais propensa à adaptação às novas tecnologias, e mais apta a assimilar prontamente as quebras que devem ser feitas dos paradigmas relacionados às questões ambientais.

 

A proposta da TVGD

A TVGD é uma emissora de televisão que tem como foco o público jovem, de 10 a 30 anos. O objetivo do canal é estabelecer uma relação entre a Geração Y e o mercado coorporativo, e, portanto, toda a grade de programação tem um foco social, “que estimula o desenvolvimento de uma consciência global e o protagonismo juvenil”. (TVGD) Desenvolvido para ter conteúdo transmitido em várias plataformas tecnológicas (como celulares e internet), com linguagens audiovisuais específicas para cada uma delas, a TVGD é um canal de caráter experimental, aberto a testes, e inclusive a programas desenvolvidos por alunos universitários.

 

TV Geração Digital é o primeiro canal de televisão inclusivo do mundo, onde todo o conteúdo tem direcionamento social focado no segmento jovem (10-30), disponível em todas as plataformas e destinada inicialmente às classes C-D-E. Os estudantes são a chave e o foco do canal. Eles são agentes multiplicadores e virais da tecnologia e dos áudio-visuais constantes nela. Sendo elementos fundamentais na modificação de nossa sociedade.               O canal tem real preocupação com a sustentabilidade do planeta e em ser um veículo coadjuvante na formação de jovens cidadãos com consciência social estimulando sempre o empreendedorismo.  (TVGD)           

A grade de programação da Televisão Geração Digital contém um total de 39 programas de gêneros variados, desde o gênero esportivo, musical, até cultural. A quase totalidade deles permite algum tipo de interatividade, permitindo ao telespectador interagir através do celular ou da web.

- Processo e exibição de votos imediatos;
- Identificação de voto único. Usuário único;         
- Transferência de chamada de voz do usuário para apresentador, ao vivo, sem interromper o game (dados);           
- Identificação automática do usuário.  (TVGD)


Proposta de programa

Embora os gêneros abordados pelo canal sejam diversos, propõe-se que um outro seja acrescentado: o gênero ambiental. A criação de um programa que tenha como foco principal as questões ambientais seria conveniente com os ideais da emissora, uma vez que esta expõe uma preocupação com a sustentabilidade do planeta e a formação de jovens cidadãos com consciência social.

Entretanto, apesar do produto audiovisual ter como foco o gênero ambiental, é necessário que este esteja em convergência com outros gêneros, de maneira a mostrar recortes da realidade que mostrem de que maneira aquilo que acontece no cotidiano dos jovens interfere no meio ambiente, e como a contribuição para a preservação ambiental pode trazer vantagens para a vida dos telespectadores.

Como uma das propostas principais, A TVGD traz uma linguagem audiovisual mais descontraída, de caráter informal, afim de que o público-alvo seja atraído. Portanto, no caso dessa nova proposta de programa, o padrão de linguagem continuaria inalterado. Por outro lado, em termos de interatividade, além das opções de interação que a emissora já disponibiliza em outros programas, propõe-se integrar aplicativos de jogos relacionados ao conteúdo.

A Geração Y, além de estar inserida no meio on-line, também teve grande influência do videogame durante a vida. Portanto, instintivamente essa geração tende a trazer as regras do videogame para seu dia-a-dia. É composta por jovens que desejam novos desafios, cada vez mais complexos, e, por esse motivo é difícil para eles, lidarem com projetos a longo prazo, já que tendem a perder o interesse rapidamente. (Angela Rodrigues)

Dessa forma, os aplicativos “jogáveis” dentro do programa ambiental têm a necessidade de abordar a temática de maneira que façam uma proposição ao telespectador, e haja um feedback por parte destes, afim de que o aplicativo possa direcioná-los para ações e mobilizações que tragam benefícios reais tanto para o usuário quanto para o meio ambiente. Assim, não se pode garantir que as ações praticadas pelo usuário dentro do aplicativo sejam refletidas por este no cotidiano, porém, as chances de que isso ocorra, teoricamente são bastante grandes.

Dentre as maneiras que se pode disponibilizar o aplicativo dentro do programa, é fazendo-o aparecer simultaneamente ou não simultaneamente ao vídeo em exibição. Nesse caso em específico, o ideal seria optar pela segunda opção, uma vez que o intuito é realizar uma simulação bastante realista dos jogos de videogames, nos quais existe um personagem principal (ou mais de um) com o qual se realiza as tarefas propostas para chegar ao objetivo final. Um modelo de game bastante similar a este proposto é o Hugo Game, jogo televisivo interativo criado pelo estúdio dinamarquês Interactive Television Entertainment (ITE) na década de 1990.

Uma vez disponibilizadas as edições do programa na web, através do sistema on-demand, é possível também monitorar os acessos, a fim de saber quais os gêneros jornalísticos integrados à temática ambiental de maior preferência entre o público-alvo. A partir daí, é possível fazer edições que explorem mais a fundo as edições e os gêneros de destaque no monitoramento on-line.

 

Considerações Finais

Com o avanço das tecnologias e a conseqüente transformação das mídias tradicionais, mais do que aprimoramentos técnicos, está sendo possível modificar formatos de linguagem dos meios de comunicação, assim como a reestruturação dos paradigmas da Comunicação Social, em que o receptor abandona a condição de usuário passivo, e passa a atuar como contribuinte. As relações verticais são colocadas de lado para darem origem às relações horizontais, nas quais os papeis de emissores e receptores se confundem entre si, e passam a abrir espaço para que a disponibilização de conteúdo amador compita com os conteúdos profissionais.

Dentre as novas mídias originadas a partir das possibilidades expandidas pela aplicação das novas tecnologias na Comunicação Social, encontra-se a TV Digital. Embora ainda em seus passos iniciais, o novo modelo televisivo, que se propõe a transmitir um conteúdo de maior qualidade audiovisual e dotado de interatividade, se mostra promissor quanto à intenção de realizar a inclusão social e à busca por um novo modelo televisivo, potencialmente mais democrático e abundante.

Em paralelo ao desenvolvimento da TV Digital, aplica-se a esta o conceito da Cauda Longa, de caráter bastante atual, e que expõe um mercado aberto às diversidades, voltado não mais ao público massivo, mas sim ao público de nichos. Portanto, em termos midiáticos, essas transformações na TV Digital refletem no surgimento em potencial de centenas de canais em caráter experimental, voltados a públicos específicos. Simultaneamente a essas transformações, encontra-se em voga no cenário atual a denominada Geração Y, ou Geração Internet, que se caracteriza por nascer imersa no universo da internet, e, portanto, por estar mais apta a assimilar as novas transformações no meio tecnológico.

Além destas, uma das características de destaque dos jovens nascidos entre 1978 e 1990 é a forte consciência crítica com relação às questões sócio-ambientais. Por todos esses motivos, é possível perceber que a interligação de todas essas transformações em emergência tendem a originar uma realidade de conscientização sócio-ambiental dentro de uma mídia em ascensão, e o jornalismo deve ser o principal intermediário desse processo.


Referência Bibliográfica

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[1]  Trabalho apresentado nos GTs – modalidade Comunicações Científicas do 2º SIMTVD – Simpósio Internacional de Televisão Digital, entre 07 e 11 de novembro de 2011.

[2] Estudante de Graduação 6º. semestre do Curso de Jornalismo da FAAC-Unesp, email: [email protected]

[3] Informação obtida através do CPqD (http://www.cpqd.com.br), pólo de tecnologia em telecomunicações e tecnologia da informação.

[4] Informação obtida através do artigo “O Diálogo Público na Internet: A disputa pela produção dos sentidos em blogs, comunidades virtuais e mídias sociais nas Eleições”. (MALINI, HERKENHOFF, 2008)

[5] Sônia Regina Santos Luna, Consultora de Pesquisas do IPS Univali

[6] GUIDO, L.F.E.Educação, televisão e natureza: uma análise do Repórter Eco. Tese (Doutorado em Educação). Universidade Estadual de Campinas. Faculdade de Educação, 2005.

[7]     Site Oficial Repórter ECO (http://www.tvcultura.com.br/reportereco)

[8] LIMA, E. S. A importância da mídia na conscientização ambiental. Disponível em: http://www.agricoma.com.br/agricoma/artigos/jornalismo_ambiental/artigo3.php. Acesso em 14 jul 2011

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