Fichamento e análise da Obra “Ecologia e Socialismo”, de Michael Löwy.



Fichamento e análise da Obra “Ecologia e Socialismo”, de Michael Löwy.

 

Vânia Roseane Pascoal Maia[1]

Sobre o autor:

            “Michael Löwy nasceu em São Paulo em 1938.

Filho de imigrantes judeus licenciou-se em Ciências Sociais na USP em 1960. Foi um dos fundadores da Organização Política Operária (Palop) em 1960.

Doutorou-se na Sorbonne com Lucien Goldmann em 1964, com uma tese sobre o jovem Marx. Vive em paris há 30 anos. É diretor de Pesquisas no centre National de La Recherche Scientifique (CNRS). É autor de livros e artigos traduzidos em 22 idiomas.

Entre seus livros publicados no Brasil, destacam-se: Método dialético e teoria política (Paz e Terra); Redenção e utopia (Companhia das Letras); o marxismo na América Latina- uma antologia de 1909 aos dias atuais- org. (Fundação Perseu Abramo); e pela Cortez Editora: Marxismo e teoria da libertação,a s aventuras de Karl Marx contra o barão de Münchausen, A evolução política de Lukács: 1909-1929, Ideologia e Ciência Social.”

Introdução

Löwy inicia o livro trazendo a experiência de Chico Mendes na Amazônia, em sua luta ambientalista/ socialista. Sua militância política e atuação em favor do uso da terra pelos povos que nela habitam (reserva extrativista), demonstravam o compromisso e pioneirismo deste, na luta, além de demonstrar a possibilidade e necessidade de se unirem ideais de “esquerda” (ou seja, a luta por uma sociedade mais justa e igualitária), às questões ambientais. Assuntos muitas vezes, conforme o autor do livro, “esquecidos” por alguns.

Chico Mendes foi morto em dezembro de 1988, por pistoleiros à mando da oligarquia rural, mas a sua história continua a inspirar a luta de milhares, como afirma Löwy nessa breve introdução.

 

1-    Progresso destrutivo: Marx, Engels e a ecologia.

Michael Löwy inicia o texto problematizando a compatibilidade do pensamento de Marx e Engels com a Ecologia moderna, assim, entre outras problematizações referentes ao tema, o autor nos apresenta o seu ponto de partida:

 a) os temas ecológicos não ocupam um lugar central no dispositivo teórico marxiano;

 b) Os escritos de Marx e Engels sobre a relação entre as sociedades humanas e a natureza estão longe de serem unívocos, e podem portanto ser objetos de interpretações diferentes;

 c) a crítica do capitalismo de Marx e Engels é o fundamento indispensável de uma perspectiva ecológica radical.

 

Lowy coloca que entre algumas críticas dos ecologistas ao pensamento desses autores, está o fato de eles fazerem muitas referências em suas obras “ao “controle”, à “supremacia” ou mesmo à dominação sobre a natureza”. (p.20). Em defesa, Lowy aponta que esses termos citados referem-se “simplesmente ao conhecimento das leis da natureza”. (idem).

Assim, o autor também relata o pioneirismo de Marx no que se refere a questão de entender o ser humano como “ser natural, inseparável do seu ambiente natural.”(p.20-21).

Graças à abolição positiva da propriedade privada, a sociedade humana se tornará “a realização da unidade essencial do homem com a natureza, a verdadeira ressurreição da natureza, o naturalismo completo do homem e humanismo completo da natureza”. (p.21).

 

      Assim, Lowy traz indícios desse tema nos escritos de Marx e aponta também, um trecho da obra de Engels: “O papel do trabalho na transformação do macaco em homem” como:

Um argumento ecológico de uma surpreendente modernidade, tanto por colocar-se contra as destruições geradas pela produção como pela sua crítica ao desflorestamento. (p.23)

 

Segundo os ecologistas, Marx, seguindo Ricardo, atribui a origem de todo o valor e de toda a riqueza ao trabalho humano, negligenciando a contribuição da natureza. Esta crítica resulta, na minha opinião de um mal entendido: Marx utiliza a teoria do valor-trabalho para explicar a origem do valor de troca, no âmbito do sistema capitalista. A natureza, por outro lado, participa da formação das verdadeiras riquezas, que não são valores de troca, mas valores de uso. (p.23)

 

            Sobre a acusação dos ecologistas a Marx e Engels de produtivismo, Lowy discorda, argumentando que os autores, mais que qualquer um, denunciaram sempre a lógica do capital, que é o acúmulo de riqueza, de bens “como fim em si” (p.24).

O objetivo supremo do progresso técnico para Marx não é o cresimento infinito de bens (“o ter”), mas a redução da jornada de trabalho e o crescimento do tempo livre (“o ser”). (p.24)           

Michael Lowy não nega que há em Marx e Engels e ainda no marxismo além deles, “uma postura pouco crítica a respeito do sistema de produção industrial criado pelo capital e uma tendência a fazer do “desenvolvimento das forças produtivas”, o principal vetor do progresso.” (p.24).

            Assim, Lowy cita o “Prefácio à contribuição crítica da economia política” como sendo um texto “canônico”, e com uma “visão nada problematizadora das forças produtivas.” (p.24).

            O autor traz também uma passagem dos “Grundrisse” para demonstrar a pouca criticidade “... de Marx pela obra “civilizatória” da produção capitalista e por sua instrumentalização brutal da natureza.” (p.25). “Parece faltar a Marx e Engels uma noção geral dos limites naturais ao desenvolvimento das forças produtivas.” (p.26)

            Em seguida, Lowy cita um trecho de “A ideologia Alemã”, onde aparece, como em poucas vezes, o potencial destrutivo das forças de produção. “... e já não são forças produtivas, mas sim forças destrutivas (o maquinismo e o dinheiro). (p.26)

            Porém, segundo Lowy, os autores não desenvolvem a idéia e fica a dúvida se “a destruição” citada refere-se à natureza.

A atenção de Marx se concentra sobre a agricultura e o problema da devastação dos solos, mas ele vincula esta questão a um princípio mais geral: a ruptura no sistema de trocas materiais entre as sociedades humanas  o meio ambiente, em contradição com “as leis naturais da vida”. (p.28).

            Em “O capital”, no seu livro I, Marx também escreve sobre a “ruptura do metabolismo”, evidenciando os danos provocados pelo capital sobre o meio ambiente natural. Ele fala, portanto, de um “progresso destrutivo” e avança nessa questão, trazendo além da possibilidade do “esgotamento do solo”, a destruição das florestas. Esta última, em uma passagem da “Dialética da Natureza”.

            Sobre a questão da poluição do meio ambiente, em “A condição da classe operária inglesa” (1844), Engels descreve, algumas dessas questões, porém sob o ponto de vista da precariedade nas condições de vida do trabalhador. Mesmo assim:

Marx parece aceitar o “princípio Responsabilidade” (principe responsabilité) caro a Hans Jonas, a obrigação de cada geração de respeitar o meio ambiente- condição de existência das próximas gerações. (p.36).

 

Em alguns textos o socialismo está associado à abolição da separação entre cidades e campo, e desta forma à supressão da poluição industrial urbana. (idem)

 

O calcanhar-de-aquiles do raciocínio de Marx e Engels era, em alguns textos “canônicos”, uma concepção acrítica das forças de produtivas- ou seja, do aparelho técnico/produtivo capitalistas/industrial moderno- como, se elas fossem “neutras” e como se fosse suficiente aos revolucionários socializá-las, substituir sua apropriação privada por uma apropriação coletiva, fazendo-as funcionar em benefícios dos trabalhadores e desenvolvendo-as de maneira ilimitada... eles devem transformá-la radicalmente...O que implica não apenas a substituição das formas de energia destrutivas por fontes de energia renováveis e não-poluentes, mas também uma profunda transformação do sistema produtivo herdado do capitalismo, assim como do sistema de transportes e do sistema de habitação urbana.(p.39-40)

 

Nesta perspectiva, o projeto socialista visa não apenas uma nova sociedade e um novo modo de produção, mas também um novo paradigma de civilização. (p.40)

 

2-    O que é ecossocialismo?

1-   Os marxistas e a ecologia-

O texto é iniciado trazendo algumas conseqüências da degradação ambiental vivenciada ao longo dos tempos,assim o autor aponta como possível reação à essas questões, a união entre o socialismo e a ecologia, identificando e demonstrando vários pontos em comuns das duas tendências.

A questão ecológica é, a meu ver, o grande desafio para uma renovação marxista no início do século XXI. Tal questão exige dos marxistas uma revisão crítica profunda da sua concepção tradicional de “forças produtivas”, bem como uma ruptura radical com a ideologia do progresso linear e com o paradigma tecnológico e econômico da civilização industrial moderna. (p.43)

 

Em seguida, Lowy cita Walter Benjamin e o eco-marxista italiano E. Bloch, como defensores também desta idéia e traz ainda a questão do “princípio de sensibilização” que vem acontecendo no movimento operário na Europa, ainda que os tradicionais do movimento permaneçam marcados pelo produtivismo e pela “ideologia do progresso” (p.45)

     2-O ecossocialismo-

      Lowy fala sobre a importância da ecologia em nos fazer despertar para os perigos do atual modo de produção e consumo, mas salienta a insuficiência das propostas feitas pela corrente dominante da economia política européia.

A sua principal fraqueza é ignorar a conexão necessária entre o produtivismo e o capitalismo, o que leva à ilusão do “capitalismo limpo” ou de reformas capazes de lhe controlar os “excessos” (como, por exemplo, as eco-taxas). Ou então... põe capitalismo e “socialismo” de costas grudadas, como variantes do mesmo modelo...(p.46) 

A ausência de uma postura anticapitalista coerente levou a maior parte dos partidos verdes europeus- na França, Alemanha, Bélgica- a tornar-se simples partidários “eco-reformistas” da gestão social- liberal do Capitalismo pelos governos de centro-esquerda. (p.46) 

Nas correntes ditas “fundamentalistas” (ou deep ecology), vemos esboçar-se, sob pretexto de combate contra o antropocentrismo, a  recusa do humanismo, a que leva a posições relativistas que põem todas as espécies vivas no mesmo nível. É realmente necessário considerar que o bacilo de Koch ou o mosquito anófeles têm o mesmo direito à vida que uma criança tuberculosa ou com malária? (p.47)

 

O Ecossocialismo se desenvolveu, sobretudo durante os últimos trinta anos...

Essa corrente está longe de ser homogênea, mas a maioria dos seus representantes partilha de alguns temas comuns... tal corrente representa uma tentativa original de articular as idéias fundamentais do socialismo marxista com as aquisições da crítica ecológica. (p.48)

            Entre os dois principais argumentos do ecossocialismo, se tem a questão do consumo ilimitado e o “progresso” desse sistema como ameaça à sobrevivência da própria espécie humana.

Segundo cálculos recentes, se generalizássemos para o conjunto da população mundial o consumo médio de energia dos EUA, as reservas conhecidas de petróleo seriam esgotadas em dezenove dias. (p.50)

 

O pretenso capitalismo verde não passa de uma manobra mercadoria, ou, na melhor das hipóteses, de uma iniciativa local equivalente a uma gota de água sobre o solo árido do deserto capitalista (p.50-51)

            Lowy traz o fato da insuficiência das reformas parciais, argumentando a necessidade de uma “mudança de civilização”, uma mudança que diz respeito não só a produção, mas também ao consumo. A forma que se consome; os desperdícios, afinal. Assim, se faz necessário, segundo o autor, “uma reorganização de conjunto do modo de produção” (p.52). Estas, baseadas nas necessidades reais da população e não estipuladas pelo mercado.

Dessa forma, unindo o “verde” e o “vermelho”, poderíamos caminhar para outro tipo de sociedade, para além das “mercadorias”.

            3-Desenvolvimento das forças produtivas ou subversão do aparelho de produção?

            Lowy inicia questionando o marxismo clássico. Este acredita que a revolução social seria a supressão das relações de produção, desconsiderando assim, o aparelho produtivo.

            O autor argumenta que não bastariam, de acordo com a visão ecossocialista, que os trabalhadores apenas controlassem o aparelho de Estado, em benefício próprio, eles teriam que inverter a ordem, assim também para o aparelho produtivo: Modificar e revolucionar esta lógica.

Isso significa, antes de mais nada, uma revolução energética, a substituição das energias não-renovávéis e responsáveis pela poluição e envenenamento do meio ambiente- carvão, petróleo e combustíveis nucleares- por energias “leves” e renováveis: água, vento, sol. (p.55)

 

            Além disso, Lowy alerta para a necessidade de transformação do conjunto do modo de produção e de consumo, trazendo duas perspectivas da “esquerda ecológica” (p.56)

            A chamada “escola otimista” acredita que o desenvolvimento das forças produtivas serão ilimitadas, porém, segundo o autor, não leva em conta os limites do planeta e acaba produzindo o modelo antigo socialista.

            A “escola pessimista” vê como solução limitações populacionais, de consumo, gastos, renuncio até de casas individuais... Seria a “ditadura ecológica esclarecida”.

            Para Lowy, portanto, é preciso “uma mudança qualitativa do desenvolvimento.” (p.57). Ou seja, “satisfação das necessidades autênticas, a  começar por aquelas que podemos chamar “bíblicas”: água, comida, roupas, moradia. (p.57)

            A publicidade é apontada como “sistema de manipulação mental”, onde Lowy coloca que, neste sistema, ela pode confundir a população na distinção entre “necessidades autênticas das artificiais”. Assim. Em uma sociedade socialista, ela seria substituída “pela informação fornecida pelas associações de consumidores.” (p.57)

            Lowy argumenta que, em um projeto ecossocialista, prevalecerá o que também defendia Marx em uma sociedade sem classes: o “ser” sobre o “ter” (p.58), alertando ainda que isso não quer dizer a ausência de conflitos, porém esses serão outros e caberá aos socialistas democratas tentar resolvê-los.

A utopia revolucionária de um socialismo verde ou de um comunismo solar não significa que não devemos agir desde agora... Por exemplo, algumas formas de eco-taxas podem ser úteis, com a condição de que sejam observadas por uma lógica social e igualitária (fazer com que os poluidores paguem e não os consumidores)... (p.59)

            Contudo, alerta Lowy, é importante que sejam levados em conta os “interesses a longo prazo da humanidade” (p.60), não apenas o das empresas, do “mercado”, como aconteceu com o Tratado de Kyoto, por exemplo.

            Em termos de convergência, o autor exemplifica algumas demandas que podem se tornar, ou que já são comuns, entre os movimentos sociais e movimentos ecológicos, ou seja, “verdes” e “vermelhos”. (p.61)

            Lowy aponta por fim, alguns movimentos na Europa, América do Sul e outros países denominados “ecologia social” (p.62), que lutam pelo progresso, porém de forma consciente, recusando “... a poluição e a destruição...” (p.64) da natureza em benefício do capital.

            O autor destaca a luta camponesa, em seu movimento problematizador dos transgênicos e suas possíveis conseqüências para a população.

3-    Por uma ética ecossocialista.

O capital é uma formidável máquina de reificação... Trata-se de um sistema impiedoso, que lança os indivíduos das camadas desfavorecidas “sob as rodas mortíferas do progresso, esse carro de Juguernaut. (p.67)

Lowy traz Marx Weber em sua obra “Economia e Sociedade”. Ele diz: “Weber... deduz que a economia capitalista é estruturalmente incompatível com critérios éticos... O capital é intrinsecamente, pela sua essência, “não-ético”.” (p.68)

O capital é uma formidável máquina de quantificação... Submete a economia, a sociedade e a vida humana à dominação do valor de troca da mercadoria, e da sua mais abstrata expressão, o dinheiro. (p.69).

 

O autor traz um trecho de um crítico do capitalismo (1847) sobre o “tempo” que esse sistema traz:

Tempo em que as próprias coisas que até então eram comunicadas, mas jamais trocadas; dadas, mas jamais vendidas; adquiridas, mas jamais compradas- virtude, amor, ciência, consciência etc. – em que tudo passou para o comércio. (p.69).

            Lowy também o historiador inglês, Thompson que estudou as primeiras reações operárias, camponesas e populares, contra o capitalismo.

            Era a chamada luta pela “economia moral”, da qual o socialismo moderno é herdeiro.

O socialismo e a ecologia partilham, portanto, dos valores sociais qualitativos, irredutíveis ao mercado. (p.72)

 

Essa convergência só é possível com a condição de que os marxistas submetam a uma análise crítica a sua concepção tradicional das “forças produtivas”... - e de que os ecologistas acabem com a ilusão de uma “economia de mercado” impa. Essa dupla operação é a obra de uma corrente, o Ecossocialismo, que conseguiu fazer a síntese dos dois processos. (p.72).

            Sobre uma ética ecossocialista, Lowy traz algumas hipóteses:

Ética social, baseada na mudança das estruturas econômicas e sociais capitalistas/ comerciais, no estabelecimento de um novo paradigma de produção e distribuição... uma mudança que exige atores sociais...e não apenas indivíduos de boa vontade. (p.73)

 

...Ética igualitária... O projeto ecossocialista visa uma redistribuição planetária da riqueza, e um desenvolvimento em comum dos recursos, graças a um novo paradigma produtivo.

 

...Implica também numa ética democrática... A democratização das forças produtivas- significa que as grandes decisões sobre a produção e a distribuição não são tomadas pelos “mercados” ou por um politburo, mas pela própria sociedade, após um debate democrático e pluralista, em que se oponham propostas e opções diferentes. (p.75) 

O Ecossocialismo é uma ética radical... É necessário uma mudança radical de paradigma, um novo modelo de civilização, em resumo, uma transformação revolucionária...

...é preciso questionar a própria estrutura do processo de produção. (p.76)

 

Como imaginar uma solução verdadeira, isto é, radical, para o problema da crise ecológica, se mudar, do vinho para a água, o modo atual de produção e de consumo, gerador de desigualdades gritantes e de estragos catastróficos?

 

Contrariamente ao que parece sugerir Hans Jonas, não há necessariamente contradição entre o “Princípio Esperança”, tal como Bloch o formula, e o “Princípio Responsabilidade”... Sem o “Princípio Responsabilidade, a utopia só pode ser destrutiva, e sem o “Princípio Esperança”, a responsabilidade não passa de uma ilusão conformista. (p.78)

 

Minhas Considerações sobre a obra-

 

A partir da leitura da obra de Lowy, vejo aprofundadas as possibilidades e necessidade de aliarmos as lutas em defesa do meio ambiente às lutas sociais, visto que ambas são precisas e válidas, principalmente dentro do sistema capitalista em que vivemos.

Penso que Lowy também traz contribuições importantes acerca de alguns discursos e algumas posturas que precisam ser mudadas, tanto em se tratando do marxismo, quanto sobre os ecologistas. Concordo assim com ele, quando o mesmo traz que as duas causas são complementares, citando então, o Ecossocialismo.

Outra parte do livro que me chamou atenção e entendo merecer destaque, é quando ele traz a necessidade de “subversão do aparelho de produção” e não apenas, apoderamento da máquina, mostrando que do contrário, só existirá uma “troca de lados”.

A respeito também do consumo e da publicidade vejo como fundamental essa discussão, afinal, não dá para falar em quantidade e tipo de consumo existente sem denunciar a “indústria” e as grandes corporações que “trabalham” ativamente para esse fim e que têm como grande parceiro também, a mídia, com suas novelas, programas e outros, prestando assim, um desserviço a população e a qualquer projeto de Consumo consciente, baseado em necessidades reais.

[1] Pedagoga; Integrante do grupo de pesquisa da FURG “Política, Natureza e Cidade”; Mestranda em Educação Ambiental. Email- [email protected]

Referência:

LÖWY, Michael. Ecologia e Socialismo. São Paulo: Cortez, 2005. 96 p.

 


Autor: Vânia Roseane Pascoal Maia


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