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A “calicidas” dos teus sentimentos

Você deveria investir nessas “calicidas” de se expressar. Tem sido tão elegante, simples e menos intencional que as pessoas se esquecem de toda dor que há por trás das palavras. Procura então deixar vir à tona aquilo que você ainda tem de bom, os sentimentos do teu coração. Não busque passar adiante o que não pertence aos outros. Tua dor, tua lágrima, tua angústia, tua solidão, tudo isso deve ser reciclado e deve te fazer uma pessoa mais fácil de se lidar. Não é fácil se expor dessa maneira, mas é admirável. No mínimo, digno! O amor ainda resta parte especial em você, o carinho e a forma de tratar ainda surgem na correria e na loucura do dia-a-dia. O abraço (sempre a espera dos braços que nunca vêm) está mais firme e seguro, embora todas as evidências mostrem o contrário. As calicidas que você demonstra fazem parte do tratamento, mas quem disse que elas são as feridas abertas ou que não cicatrizaram? Elas que te sustentam e de certa forma medem quão bem ou mal você está. Não é teu msn... Isso é a exteriorização do desejo de mostrar ao mundo: “sou feliz e que se dane o resto!”. Nunca foi assim e assim nunca será! Vai muito além do que os olhos enxergam e as mãos tocam, do que os lábios sentem e do que o corpo deseja. Faz a alma se movimentar, mas em um ritmo mais sereno. Faz o coração pulsar, mas não freneticamente... Pulsa na batida perfeita dos dias que vão sendo vividos... Sem alarme e sem surpresas, sem se expor, mas sem se esconder... E é por essas e outras razões que você deveria seriamente pensar em “ir fundo nas ‘calicidas’ de expressar teus sentimentos”. A solidão e o não você já têm, o que vier, daqui em diante, é vida!

Texto escrito por Johney Laudelino da Silva em 18/01/2012.

Complementado pelo vídeo da música No Surprises da banda Radiohead – http://youtu.be/u_Y_rcVAmQg

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