Fichamento do capítulo III do livro Região e Organização Espacial
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA-UESB
Por: José Carlos de Oliveira Ribeiro, 2008
Fichamento do capítulo III do livro Região e Organização Espacial
CORREA, Roberto Lobato. Região um conceito complexo. In: Região e Organização Espacial. 4a edição , Editora Ática, São Paulo, 1991
1.0- Introdução, [...] o termo região não faz parte do linguajar do homem comum, como
também é dos mais tradicionais em geografia. Para o autor todos os conceitos de região
podem ser utilizados pelos geógrafos, pois todos eles são meios para se conhecer a
realidade, desde que esteja adequados aos propósitos que explicitamos (p.22-23)
2.0 - Região natural e determinismo ambiental
2.1- Nas primeiras décadas do século XIX a ciência geográfica foi impulsionada pelo
determinismo ambiental, uma de suas principais correntes de pensamento, um dos conceitos
dominantes foi o de região natural.(p.23)
2.2- [...] Koppen refere a uma combinação ou integração abrangendo elementos heterogêneos
da natureza. Trata-se de uma divisão apoiada na temperatura e na precipitação ,
estabelecendo regiões climáticas, segundo Koppen a região natural e mais complexa, (p.24)
2.3- [...] Herbertson, com base no clima e no relevo, e considerando a vegetação, divide a
superfície da Terra em 6 tipos e 15 subtipos que não apresentam contiguidade espacial, e 57
regiões naturais , distintas dos primeiros por apresentarem esta continuidade...] ( p.24)
2.4 - Herbertson, Dryer e outros, como o elemento fundamental da natureza. Não resta
dúvida de que a variação espacial dos tipos de clima é um dado importante para se
compreender a diferenciação da ocupação humana sobre a superfície da Terra [...] (p.25)
2.5 - [...] os interessados no estudo sistemático dos diferentes ecossistemas ou região naturais
modificadas pelo homem ao longo do tem pó, uma abordagem que não foi considerada pelos
geógrafos deterministas quando as estudaram. ( p.26)
2.6 - O conceito de região natural foi introduzido no Brasil, via influência francesa, por
Delgado de Carvalho em 1913. É dentro da ótica acima exposta que Fábio Guimarães admitia
a sua utilização no Brasil, visando uma divisão de caráter prático e duradouro, que
possibilitasse a comparação de dados estatísticos ao longo do tempo[...](P.27)
3.0 - Possibilíssimo e região
3.1 - O possibilíssimo considera o modo diferente a questão da região . Não é a região natural, e
sua influência sobre o homem que domina o temário dos geógrafos possibilistas. É , sem
dúvida, uma região humana vista na forma da geografia regional que se torna seu próprio
objeto [...] (Idem)
3.2 - A região geográfica definida por Vidal de Ia Blache e seus discípulos tem seus limites
determinados por divisões componentes: uma fronteira pode ser o clima, outro ainda a
vegetação. O que e que na região haja uma combinação especificada diversidade [...] (p.29)
3.3 – O conceito vidaliano de região recebeu inúmeras críticas de Locoste e de Claval. O
primeiro dos geógrafos franceses comenta que na escolha dos elementos que se combinam há
uma seletividade que considera apenas os antigos, de longa duração como uma entidade
acabada, concluída...] (p.31)
3.4 - [...] constatou-se que os elementos humanos passavam a adquirir maior impotência que
os naturais no processo de gerar as regiões geográficas. Atingia-se o paradigma
posssibilista...] (Idem)
4.0 - Nova geografia espaço e região
4.1 - Ao contrário da região vidaliana, a nova geografia não é considerada uma entidade
concreta, e sim uma criação intelectual balizada por propósitos específicos [...] (p.34)
4.2 - Do processo de divisão regional emerge a questão de se defínr tipos, e uma tipologia, ou
regiões. Os tipos caracterizam-se pelos seus atributos específicos, não implicando a existência
de contiguidade espacial, tal como Herbertson definiu os quadros naturais: o tipo polar, como
se sabe, ocorre tanto no hemisfério sul como no norte. A região, por outro lado, a par de sua
especificidade [...] (p.38)
4.3 - [...] A geografia regional, por sua vez, não tem o propósito de reconhecer uma síntese,
como em Vidal de Ia Blache, nem de procurar pela singularidade de cadê área, como em
Harbertson . (p.39)
4.4 - No Brasil a nova geografia desenvolveu-se nos Departamentos de Geografia de Rio de
Janeiro e de Estudos Geográficos do IBGE; aí surgiram os estudos de tipologia e divisão
regional[...] (P. 40)
5.0 - Região e geografia crítica
5.1 - Dentro do questionamento à geografia tradicional e nova geografia, aparece durante a
década de 70 uma geografia crítica, que traz consigo a necessidade de se representar o
conceito de região.[...] (Idem)
5.2 - É no modo de produção capitalista que o processo de regionalização se acentua,
marcando simultaneamente dos processos de diferenciação e integração, verificada dentro da
progressiva mundialização da economia a partir do século XV. Sob a égide do capital. [...]
(p.44)
6.0 - Região ação e controle
6.1 - Oconceito de região tem sido largamente empregado para fins de ação e controle. O
conceito de diferenciação de área e as subsequentes divisões regionais , visando ação e
controle sobre territórios militarmente conquistados ou sob a dependência político-
administrativo e econômico de uma classe dominante. O Estado surge dentro do modo de
produção dominante, é o agente do modo de produção é o agente da regionalização [...] (p.47-
48)
6.2 - a região de planejamento, isto é, um território de ação e controle, tem seu apogeu nas
décadas de 60e 70. Este é o caso brasileiro: entre 1964 e 1977e 1978, sobretudo , numerosos
estudos almejando a definição de regiões de planejamento[...] (p.50)
Autor: José Carlos De Oliveira Ribeiro
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