A importância dos estímulos para o cérebro



Todos os nossos sentimentos, sensações, pensamentos, respostas emocionais e motoras, as aprendizagens, a memória, as causas dos distúrbios mentais e qualquer outra percepção do homem, não podem ser entendidas sem o conhecimento do processo de comunicação entre os neurônios ou células nervosas.

Podemos definir o neurônio como uma célula especializada e extremamente estimulável que, junto com as células da glia (cuja função é dar sustentação aos neurônios e auxiliar o seu funcionamento), forma o sistema nervoso.

As células nervosas são constituídas por quatro partes: o corpo celular, que é a região onde se encontra o núcleo e a maioria das estruturas citoplasmáticas; os dendritos, que são prolongamentos finos e ramificados que conduzem os estímulos captados do ambiente ou de outras células em direção ao corpo celular; o axônio, responsável por conduzir os sinais; e as terminações do axônio ou botões terminais.

Os neurônios estabelecem conexões entre si, de modo que podem transmitir aos demais os estímulos recebidos, criando assim uma reação em cadeia e permitindo que as células do cérebro “conversem entre si”. Essa comunicação acontece através das sinapses.

Assim, denominamos de sinapse a transmissão das informações de uma célula para a outra. Isso acontece através de uma região de contato muito próxima entre os botões terminais do neurônio anterior e os dendritos dos neurônios seguintes, de maneira que quanto mais sinapses se desenvolverem, maior será o aprendizado ao longo da vida, já que é por meio destas trocas que ocorre a aprendizagem.

Dessa forma,  é possível afirmar que quanto mais o ser humano, seja na infância, fase adulta ou velhice, estimular o cérebro, maior será a sua capacidade de aprender. Daí a importância de possibilitar na sala de aula diferentes situações de aprendizagem, com questões desafiadoras que desperte o interesse e a curiosidade dos estudantes. Isso pode ser favorecido em um ambiente que promova a interação das crianças, a troca de experiências, o levantamento de hipóteses, a observação, a experimentação, a discussão das ideias na tentativa de solucionar os problemas.

É muito difícil promover os avanços no desenvolvimento do aluno quando o conteúdo já está pronto e acabado, numa situação em que a criança não precisa refletir e interagir com os colegas e com o professor.

 É necessário garantir aos educandos uma diversidade de recursos, tais como a leitura e os momentos dos contos para ativar a imaginação e a criatividade, os jogos de tabuleiro ou de lógica, quebra cabeça, palavras cruzadas, atividades musicais que trabalhem os sons, ritmos e passos, a expressão artística. Do mesmo modo, as brincadeiras e os diversos tipos de brinquedos, de acordo com a faixa etária dos alunos, propõem bastantes desafios de uma maneira lúdica e prazerosa. Enfim, inúmeras são as possibilidades de trabalho para ser realizado em sala de aula, dada a importância do estímulo para a formação de novas sinapses. É imprescindível que o educador saiba intervir adequadamente em prol do desenvolvimento e da aprendizagem dos alunos.

 

 


Autor: Fernanda Simony Previero Ciarlo


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