Errantes...
Vivemos procurando sentido para a vida, enquanto vivemos procuramos...
Procurar pra curar... pra calar... pra aquietar... pra incomodar... Quando encontramos um sentido, desencontramos de outros; paradoxo que incandesce a vida!
Seres errantes é o que somos... errar antes e depois e sempre... errar.
O novo parece ser o que não é, e o que é sentido é procurado na direção de um naufrágio já pre estabelecido...
No ovo, o que é velho vem novo; mudanças carregam ancestralidades, atualidades antigas; inevitavelmente somos criação e recriação, produção e reprodução, evolução e involução.
Parecer não significa parar para ser, mas sim, ser para verem... ver o que deve aparecer, ver o que os olhos condicionados adulam e as bocas banhadas por peçonha em forma de verbo vomitam burramente, na ansia de atormentarem a imperfeição perfeita da ordem desorientada das coisas.
Somos errantes caminhando em sentido único?! Isso é sentido?!
Sentido para a vida, sentido pela vida, pelas vidas... sem ter tido sentido! Errando por aí...
Autor: Jaqueline Cristina Freire Siqueira
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