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A ressignificação do amor

Ressignificação quer dizer dar novo sentido, atribuir nova visão, passar a ver de outra forma. Talvez de um jeito mais agradável e proveitoso e não necessariamente como uma “guerra de nervos” onde não se vence nada e nem a ninguém, e somente há perdedores. A ressignificação do amor na vida requer tempo, não ocorre de um dia para outro, como em um passe de mágica. Mas a magia do amor deve permanecer intacta ao desejo de viver o amor com felicidade plena. Na plenitude diária é que se encontra a felicidade do amor. Pode-se, então, iniciar a mudança sendo criativo em todos os dias, de manhã quando o sol nascer, até a noite quando a lua aparecer. Através de mensagens e textos (com simplicidade e intensidade – sim é possível isso quando há amor), através de flores e chocolate (é um antigo significado que pode ser reinventado conforme a intenção expressada), mas essencialmente através do desejo de fazer alguém feliz, sem “esperançar” nada em troca. Através da ajuda e da compreensão dos sonhos e desejos, e de como alcançá-los da forma mais possível e talvez menos provável. A ressignificação do amor está em se abrir as novas possibilidades que a vida têm trazido, está em “destrancar as portas do coração”, “abrir as janelas dos sentimentos” e deixar entrar por elas novas visões, novas formas, novas condutas, novas concepções. Quebrando velhos paradigmas e conceitos de beleza (leia-se Manuel Bandeira sobre “Beleza”). Somente através da mudança é possível a ressignificação da vida através do amor. Conceitos levados ao pé da letra fazem o corpo ganhar mais importância pela via do olhar e tornam os sentimentos em secundários. E até os deixam banalizados em situações que fazem de encontros que poderiam ser especiais, momentos constrangedores e de mero preconceito e auto-exclusão. A ressignificação do amor é partida, pois aquilo que fica já não sabe se lembra, mas de tanto sonhar com aquilo, imagina-se que lembra, daí já não consegue esquecer. Mas que isso ocorra no teu coração, onde o amor deve ter sua maior ressignificação...

Texto escrito por Johney Laudelino da Silva em 08/02/2012.

Com vídeo da música Creep – Radiohead (do filme Happily Ever After) – http://youtu.be/hAHK32kBQL4

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