Nunca estive só
Se, talvez, você vier comigo
Dar-te-ei abrigo
Adubar-te-ei nos períodos de seca
Plantar-te-ei num vaso onde passo
De frente ao quadro, vejo tua foto.
Em 1943 naquele passeio de escola.
Onde te comprei um bolo,
fofo foi o modo que você sorriu
naquele dia frio, me aqueceu,
com um abraço, abrasador,
maior foi a dor quando o tiro passo,
pela sua nuca e espirro seu néctar,
em meus lábios, secos, agora inundados
e avermelhados, do mas puro liquido teu.
Mas hoje, não vivo só, a solidão me acompanha. Uma das coisas que descobri na vida, é que a solidão nunca está só.
Autor: Rengaf Sezenem
Artigos Relacionados
Vento
15 De Outubro
Inexplicável
Indecisão
Mulher Ii
Solidão
Um Dia Sem Você