História social da criança e da família



Fichamento Comentado de Texto

 

ARIÈS, Philippe. História social da criança e da família. Rio de Janeiro: Editora Guanabara, 1981.

FAZOLO, Eliane; CARVALHO, Maria Cristina; LEITE, Maria Isabel; KRAMER, Sonia. História e política da educação infantil. Sonimar C. de Faria; in: Educação infantil em curso. Rio de Janeiro: Editora Ravil, 1997. (p. 09 a 37).

 

- Este texto apresenta as idéias desenvolvidas por Ariès sobre a concepção da infância ao longo dos tempos, que a começar pela Idade Média, a ignorava, e não dispensava um tratamento especial às crianças, o que tornava sua sobrevivência difícil.

- Quando a criança não precisava mais do apoio constante da mãe ou da ama, ela já ingressava na vida adulta, isto é, passava a conviver com os adultos em suas reuniões e festas sem nenhuma transição, sendo considerada um adulto em pequeno tamanho.

- As crianças, a partir dos sete anos de idade, independente de sua condição social, eram colocadas em famílias estranhas para aprenderem os serviços domésticos, tais serviços não eram considerados degradantes e constituíam uma forma comum de educação.

- Com o passar dos tempos, surge o primeiro sentimento em relação à infância, a “paparicação”.  A criança por sua ingenuidade, gentileza e graça, se torna uma fonte de distração e de relaxamento para os adultos.

- No entanto, esse hábito provoca reações críticas as mais diversas, no fim do século XVI e, sobretudo no século XVII.

- O segundo sentimento da infância a surgir e desenvolver-se foi a tomada de consciência da inocência e da fraqueza da infância, os eclesiásticos, os homens da lei e os moralistas do século XVII que primeiro deram-se conta da necessidade de uma atenção especial a infância.

- No século XVIII, surge a preocupação com a higiene e a saúde física, que aproxima pais e filhos, e a criança torna-se o centro das atenções, a família começa a se organizar em torno dela, o que é fortalecido no início do século XVII, onde também foi criado um traje especial que a distinguia dos adultos.   

- A afetividade, o traje diferenciado e a incorporação de castigos corporais entre as crianças formaram os primeiros sentimentos de infância e introduziram os primeiros mecanismos de distinção entre a criança e o adulto.

- A noção de criança bem educada não existia no século XVI, formou-se no século XVII através de visões reformadoras dessa elite de pensadores e moralistas que ocupavam funções eclesiásticas ou governamentais.

- Mas, só a partir do século XV, e sobretudo nos séculos XVI e XVII, o colégio iria dedicar-se essencialmente à educação e a formação da juventude, inspirado-se em elementos de psicologia

 

 


Autor: Elizabeth De Jesus Santana


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