O Príncipe Chegou...



Amo-te, mas não falo de mim.

Tenho medo das entrelinhas...

Viver é perigoso, sim.

E não posso ser tua, sem antes ser minha.

Ajuda-me meu amor, se puder.

Pois sou louca, estranha, contradita, mulher.

Maldito o anjo que me criou assim, desde menina.

Para descobrir-me, preciso de ti, amor. É minha sina.

Levanta-te! Toma teu posto, meu Príncipe.

Arreia o corcel, monta e parte. Te espero.

Rápido! Salte montes, atravesse rios em louca cavalgada,

E chegando, empunha tua espada de aço em ouro banhada.

Mata o dragão que aprisiona meu medo de amar a ti, inteira

E salva-me. Quero ser tua: mulher, amiga, companheira.

Peço ainda, e por fim, meu valente senhor,

Que interceda junto à gentil leitora, ou gentil leitor.

Para que perdoem o poeta que por mim se apaixonou.

E louco em seu sonho de impossível amor,

Imaginou estes meus ditos e seus feitos tentando entender,

O que guardo no coração: Quem sou eu e qual meu querer.

Pobre coitado. Nada entende de equitação ou esgrima,

Não passa de plebeu, e tem por arma somente a pena.

Sei que me ama, é bem verdade. Mas, que me aguarde calado.

De preferência nu e amarrado. Pois que ainda o seu cavalo,

Não passa de um pedaço de vassoura descabelado!
Autor: Ailton Ferreira


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