FRATERNIDADE E SAÚDE PÚBLICA



            Quaresma é tempo de reflexão, oração, jejum, penitência, conversão, por isso todos os anos neste período, a CNBB (conferência Nacional dos Bispos do Brasil) realiza a Campanha da Fraternidade. Seu objetivo é levar as pessoas a refletir sobre um determinado tema, geralmente problemas que afetam toda sociedade. Depois de ver e julgar o problema, somos convidados a partir para uma ação concreta que traga solução para o problema discutido.

      Neste ano de 2012 a CNBB escolheu o tema “Fraternidade e Saúde Pública” e o Lema “Que a saúde se difunda sobre a terra”, e não podia ter escolhido outro melhor, pois todos nós sabemos e muitos de nós sentimos no dia a dia as conseqüências do caos que se encontra a saúde pública em nosso país.

      Sabemos que Jesus veio ao mundo para que “todos tenham vida e vida plenamente” e nós infelizmente presenciamos todos os dias irmãos sofrendo nas longas filas que se estendem pelas calçadas desse imenso Brasil a espera de conseguir uma consulta ou um medicamento que possa aliviar a sua dor ou a dor de um ente querido. Todos os dias nos deparamos com a dor e o sofrimento de pessoas que se sentem impotentes ao ver seus familiares ou amigos morrendo nos leitos e até mesmo nos corredores dos hospitais por falta de atendimento.

      Até quando teremos que conviver com a indiferença de um País que se diz cristão, mas que não se importa com aqueles que sofrem e morrem todos os dias porque políticos inescrupulosos desviaram o dinheiro público que poderia ser aplicado na construção e na melhoria dos hospitais ou na compra de medicamentos? Até quando teremos que ver o dinheiro público sendo desviado enquanto está faltando médicos nos hospitais e nos postos de saúde desse País?

      A saúde pública está doente, e o pior é que o remédio para sua recuperação depende do comprometimento de nossos políticos com o bem estar do seu povo; Depende muito da honestidade daqueles que nós elegemos para nos representar.

      Enquanto a saúde pública continua doente, podemos e devemos fazer a nossa parte. Conhecemos milhares de profissionais da saúde que se doam, mesmo ganhando pouco, porque consegue ver na pessoa do doente, o próprio Cristo que sofre. São acolhedores e, quando não têm o que fazer, porque lhes falta condições, são capazes de dar carinho e amor. E sabemos que pior que a dor causada pela doença é a dor causada pela falta de amor, carinho e atenção. Quando o paciente sente segurança no profissional que o acolhe, o processo de cura é acelerado e as barreiras caem por terra. Tudo fica mais fácil. O profissional da saúde deve agir sempre como o Bom Samaritano, tratando o doente sempre com carinho e amor, pois tais atitudes fazem ressurgir no doente a esperança da cura.

      Que todos os profissionais da saúde possa se espelhar no Divino Mestre Jesus, o Médico dos médicos. Jesus curava o enfermo na sua totalidade: fisicamente, espiritualmente, psicologicamente e emocionalmente, porque Ele veio “para que todos tenham vida plenamente”.

 

 João Vitor Mariano

Uraí - Paraná


Autor: João Vitor Mariano


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