Saara ocidental: a nona rodada de negociação em março a Manhasset - Estados Unidos
O Ministro marroquino de Negócios Estrangeiros e da Cooperação, Saad El-Din Otmani, numa conferência de Imprensa conjunta com seus homólogos de outros países membros da União do Magrebe árabe, após a trigésima sessão de trabalho do conselho em Rabat, sábado 18 de feverieo 2012, anunciou que a nona rodada de conversas informais sobre o sara ocidental, sob os auspícios das Nações Unidas, será realizada 11, 12 e 13 de março nos arredores de Manhasset em Nova Iorque, Estados Unidos.
A oitava rodada de discussões informais sobre o sara ocidental foi realizada, em Manhasset julho do ano passado, na presença de Marrocos, Argélia, Mauritânia e Polisario.
Como de costume, antes de cada rodada de negociações sobre o Saara, a Frente de Polisário inicia manobras com seus membros infiltrados no território para provocar incedentes e prejudicar as preparativas de negociações.
A Movimentação dos homens de Mohamed Abdelaziz não se limita às capitais da Europa, nas quais eles recolheram a primeira derrota com a votação do Parlamento Europeu em favor do protocolo de agricultura com Marrocos, mas furtivamente, foram adiante enfiando sua rede dentro de Marrocos, numa tentativa de provocar un novo cenário de acampamento em Izik, buscando incitar os separatistas de dentro como uma «acção dupla contra as autoridades marroquinas em diversas áreas», conforme um documento confidencial onde nomes de separatistas do interior beneficiam de importantes salários mensais pela Frente de Polisario.
Sem dúvida o fantasma de separatistas surge dentro dos recentes acontecimentos, tentando « politizar os protestos sociais na regiões de Taza e de Beni Mellal, noroeste do país», confomre o governo, parece que a Frente Polisário está intrometendo nos assuntos o que foi confirmado pelo documento emitido pela «Secretaria-Geral da Frente Polisário » de Mohamed Abdel-Aziz.
Tal documento do líder da Frente emitido no início de cada mês informa sobre a remuneração dos membros de sua milícia e do papel «presidencial» para com o “ primeiro Ministro e chefe da Assembléia Nacional e Ministro dos negócios de Território controlado e das comunidades rural e nacional, bem como dentro do escritório Canaria.
Aminatou Haider, Syed Ahmed Didch e Ibrahim Dahane são considerados membros na cabeça dos 16 «activistas» com enormes «salários» mensais de Polisário, fazendo parte como «membros do Secretariado Nacional da Frente Polisário».
A justificação de Mohammad Abdel Aziz do pagamento de salários veio no contexto de apoiar a revolta dentro do território marroquino, levantando o moral dos ativistas sarauís», revelando o estado atual do conflito do Sara que entra numa «fase delicada e difícil».
«Desejo estimular esses militantes a duplicar o trabalho contra as autoridades marroquinas em vários campos, bem como para realizar atos que elevariam a opinião pública internacional, decidindo aumentar o apoio financeiro e moral para os heróis da revolta». Diz o documento.
Isso acontece num momento em que manifestações e protetos das populações dos campos de Tindouf reclamam em frente do escritório do Mohammed Abdel Aziz contra às condições sociais, além de outros grupos de jovens sarauís irritados ameaçam à residência do líder dos separatistas, carregando bandeiras exigente sua demissão.
Os manifestantes atacaram um grupo de escritórios do «presidente», adulterando o seu conteúdo, quebrando e despojando, segundo as notícias locais.
Esta onda de raiva veio depois de elementos armados pertencentes à segurança da frente foram detidos por elementos da Revolução, trata de Afdili Ouald Baba Oua Ouald Juli, Mohamed Ould Al Haja e Okhalil Ouald Osweleki. Estes três jovens da tribo de Alrguibat Al Sawaid são passíveis de pena de prisão de até 9 meses, por terem «desrespeitado o caráter do presidente “Mohammed Abdel Aziz”.
Lahcen EL MOUTAQI
Pesquisador Universitário-Rabat, Marrocos
Autor: Lahcen El Moutaqi
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