Currículo, a identidade da escola e da sociedade



Currículo, a identidade da escola e da sociedade

                O currículo, assim como a própria escola, não é estático e está, portanto, em total desenvolvimento. Dessa forma, nos permite refletir e discutir acerca de várias questões que consideramos relevantes para o desempenho do processo ensino aprendizagem. Nessa perspectiva, o currículo deve ser considerado significativo, a partir da premissa que esse deve oferecer uma educação de qualidade para todos, se tornando democrática e multicultural.

                A palavra currículo é muito familiar para todos nós que trabalhamos na escola e nos sistemas escolares. Talvez por conta disso, não pensamos muito ou mesmo refletimos sobre o sentido do termo, tão frequente nas conversas em escolas, palestras, textos acadêmicos ou em outras discussões. À palavra currículo associam-se distintas concepções, que derivam dos diversos modos de vida, fatores socioeconômicos, políticos e culturais. Assim, o currículo deve ser entendido como conteúdos a serem ensinados, as experiências de aprendizagem escolares a serem vividos pelos alunos, os planos pedagógicos elaborados por professores, escolas e sistemas escolares, os objetivos a serem alcançados por meio do processo de ensino e os processos de avaliação que influenciam nos conteúdos e nos procedimentos selecionados nos diferentes graus de escolarização. Então, o currículo associa-se ao conjunto de esforços pedagógicos desenvolvidos com intenções educativas. E como identidade da escola, direciona a variados posicionamentos, compromissos e pontos de vista teóricos, e assim, afirmam em maior ou menor ênfase discussões sobre o que sabemos exatamente sobre a importância dos conhecimentos escolares, confrontando muitas vezes, sobre procedimentos, relações sociais e o cenário atual. O que realmente é importante aprender? E por quê? Como e quando usaremos na nossa vida em sociedade?

                Julgamos importante ressaltar que, qualquer que seja a concepção de currículo que adotamos, não nos parece haver dúvida quanto à importância no processo educativo escolar. É no currículo que se sistematizam nossos esforços pedagógicos. Em outras palavras, podemos dizer que o currículo representa a identidade da escola, o coração, o centro onde atuamos e nós, no papel de educadores somos responsáveis por sua elaboração e sua consistência, temos a obrigação em participar criticamente e criativamente na elaboração de currículos mais atraentes, democráticos e fecundos. Afinal, a escola precisa trabalhar o que é de fato relevante para o indivíduo, pois esse é o sustentáculo da sociedade, ele é social, biológico, econômico, cultural e político. Pensando assim, podemos entender que, para manter a sociedade em profunda harmonia, é preciso provirem dessa, indivíduos críticos e reflexivos, donos de sua própria história ou mesmo continuação do próprio homem no meio social.

                Devemos pensar que a escola é responsável pela continuação do homem. Afinal, o que seria dele sem uma educação de qualidade? O que seria da sociedade? Do mundo? Mas, a escola não é relevante sem um bom currículo, ela apenas reproduziria, mas nada. Portanto, nosso papel enquanto educadores é recorrer às reflexões e discussões a partir dos documentos oficiais, como a Lei das Diretrizes e Bases, as Diretrizes Curriculares, as Propostas Curriculares Estaduais e Municipais. Neles encontraremos subsídios fundamentais para o nosso trabalho. Quando buscamos atender às exigências da lei, propiciamos uma educação mais justa e de qualidade, só assim, acontecerá a mudança positiva e necessária para um mundo melhor.


Autor: Elizabeth De Jesus Santana


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