Signos linguísticos



ESPÍNDULA, Wellington José 

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SOARES, Daniel Aldo2

(1) Aluno-IFG-Campus Inhumas-2º Período Licenciatura em Química

(2) Professor Orientador

Resumo: A partir da leitura e compreensão do texto Isto não é um cachimbo, escrito por Michel Foucault, que se refere aos signos de linguagem, pode-se notar as relações entre imagens e escrita, que na maioria dos casos, supera a imagem no sentido de possibilidades de significação. Nesse texto observei que a escrita sobre põe a imagem mesmo com toda aparência que a imagem tem com um cachimbo de verdade. Assim num primeiro momento, faço uma análise do texto de Foucault, num segundo momento demonstrei a função que os signos têm dentro do texto, mostrando como exemplo, como os signos são empregados no trânsito, bem como, os signos encontrados na tabela periódica.

Palavras-Chaves: Figuras de Linguagem, Moedas de duas fases, Significante, Significado, Caligrafia, Símbolos.

 

Este texto e resultado de um ardo trabalho provocado pela leitura e compreensão do texto “Isto não é um cachimbo” escrito pelo filosofo Michel Foucault3, que tem como tema central a utilização de signos e figuras de linguagem. Mas o texto não se resume apenas nisso, também mostra a importância da caligrafia para explicar desenhos e imagens, a magnitude que as palavras têm em relação às imagens, e por fim apresentar a relação dos signos junto com as figuras de linguagens.

O texto começa com a descrição de dois cachimbos, ou melhor, dois desenhos de cachimbos, para quem olha para as figuras têm a convicção que eles são mesmo cachimbos, mas e nesse momento que entra a caligrafia e as figuras de linguagens para confundir a nossa compreensão das imagens, pois logo abaixo dos supostos cachimbos que temos desenhado e colocado a seguinte frase “Isto não é um cachimbo” a partir daí que começa a discussão sobre se a figura e ou não e mesmo um cachimbo ou se é apenas um signo usado para o leitor compreender que o desenho do cachimbo não passa de uma simples representação da imagem do mesmo, posso mostrar um exemplo bem simples em relação aos signos, mostrando uma fotografia minha para minha irmã mais nova, ela imediatamente vai falar que sou eu naquela fotografia, só que na realidade não passa de uma representação da minha imagem, podemos que os desenhos do cachimbo têm a mesma forma que tem a minha fotografia ambos não passa de representações de imagens.

No desenvolvimento do texto aos poucos iremos notar a importância da caligrafia utilizada para explicar as imagens, pois o que confundi o leitor e quando lemos as legendas que as figuras ou imagens têm que no nosso desenho fala ele não é um cachimbo mesmo com tantas semelhanças a legenda mostra que não é um cachimbo. Eis o que causa a contradição entre a imagem e a caligrafia, ligar o texto ao desenho “como nos incita o demonstrativo, o sentido da palavra cachimbo, a semelhança da imagem.” Em relação a esse ponto Foucault fala:

“Isto” (este desenho que você vê e do qual. Sem duvida alguma, reconhece a forma) “não é” (não está substancialmente ligada a... não é constituído por... não recobre o mesmo material...) “um cachimbo” (quer dizer que essa palavra que pertence á sua linguagem, feita de sonoridades que você pode pronunciar, e que traduzem as letras que você está atualmente lendo).

E de fato que no texto Isto não é um cachimbo. A mente pode trair as pessoas que não lêem os signos como devem ser lidos. O significado da palavra cachimbo não é o objeto cachimbo, mas a representação da imagem do objeto. O significado expresso no quadro de Magritte4 pode ser lido e segmentado de várias maneiras, conforme as diferentes interpretações de cada leitor. Com base nisso, tomaremos Barthes5 novamente quando diz que “vários corpos de significados podem coexistir num mesmo indivíduo, determinando, em cada um, leituras mais ou menos profundas.”

Aprofundando um pouco mais no assunto, vou mostrar um pouco dos signos de linguagem que são utilizados em relação ao trânsito, como todos nos sabemos as placas de trânsito são representadas por letras e desenhos e essas letras e desenhos são o assunto que eu estou desenvolvendo nesse artigo, vamos analisar uma placa que representa uma curva a direita nessa mesma placa só vai ter uma seta para a direita, e é essa seta que vamos chamar de signo de linguagem pois ela representa que tem uma curva a direita, mais no trânsito não são as placas que são consideradas signos de linguagem o semáforo também e considerado um signo em relação as cores que são usadas neles, pois cada cor tem um significado nessa relação entre a cor e o trânsito onde o verde tem o significado que o motorista pode seguir, o amarelo pede atenção pois o motorista prevê vai ter que para, e o vermelho já e sinal de perigo ou seja que o motorista tem que parar e não pode seguir em frete até q apareça o sinal verde novamente.

Um signo é uma coisa que, além da espécie ingerida pelos sentidos, faz vir ao pensamento, por si mesma, qualquer outra coisa.

Santo Agostinho

Como Ferdinand Saussure6 fala que o signo lingüístico e como uma moeda de dois lados isso em relação ao significante e o significado ou seja cada um deles tem algumas diferenças mais não tem como ter um significado sem um significante, agora vou tentar mostrar o que cada um é vamos começar com o significante pode ser algo que você vê no caso das imagem placas de trânsito e também pode ser algo que você fala ou escuta nesse caso se a palavra tem mais de um sentido, já o significado é o conceito e o que você compreende ou seja aquilo que é ou o que ele significa. Mas a partir da teoria de Saussure podemos notar que tivemos varias outras teorias como a de Hjelmslev7.

Considerado isoladamente, signo algum tem significação. Toda significação de signo nasce de um contexto, quer entendamos por isso um contexto de situação ou um contexto explícito, [...]. É necessário, assim abster-se de acreditar que um substantivo está mais carregado de sentido do que uma preposição, ou que uma palavra está mais carregada de significação do que um sufixo de derivação ou uma terminação flexional. (HJELMSLEV, 1975, p. 50)

Agora vou mostrar que os signos estão em todo lugar mesmo estão ate mesmo em algo que nos químicos utilizamos muito na Tabela Periódica, pois cada elemento que temos na tabela tem um símbolo, ou melhor, um signo que representados por letras maiúsculas e minúsculos um bom exemplo e o elemento químico Cobre que tem como símbolo na tabela “Cu” esse símbolo fora da tabela periódica tem outro significado, mas dentro da tabela só significa o elemento Cobre, ele tem esse signo por que cobre em latim e escrito Cuprum.

Todos nos ficamos a mercê dos signos e não conseguimos viver sem essa simbologia que já se tornou essencial em nossa vida, pois esses signos em muitos casos são uma forma de manter a lei na sociedade um exemplo e a simbologia utilizada no trânsito, e em outros casos são a maneira de interpretar e representar um desenho um texto, a maneira de você entender uma conversa com outra pessoa, como mencionei acima esses tais signos de linguagem já dominaram toda sociedade humana imagine só como seria o mundo sem esses signos a bagunça que seria nosso trânsito pois não iria ter nenhum tipo de sinalização, não iríamos sequer ter a tabela periódica como referencia imagina como seria a tabela periódica sem os signos que representam cada elemento ao invés do signo seria apenas o nome do elemento isso se alguém conseguisse construir essa tabela. Nesse texto eu tentei mostrar de uma maneira mais clara o que são signos de linguagem e a importância que esses signos tem em nossa sociedade.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 

 

FOUCAULT, Michel. Isto não é um cachimbo. In: FOUCAULT, Michel. Ditos e escritos vol. III. Trad. Inês Autran Dourado Barbosa. Forense Universitária: Rio de Janeiro, 2009.

 

AGOSTINHO, Santo. De Magistro. Editora: São Paulo. Ano:1980. Tradução: J. Oliveira Santos e A. Ambrósio de Pina. Coleção: Os pensadores

 

HJELMSLEV, Louis. Prolegômenos a uma teoria da linguagem. São Paulo: Perspectiva, 1975.

 

SAUSSURE, Ferdinand de. Curso de lingüística geral. 30. ed. São Paulo: Cultrix. 2001.

 

http://filosofiadetododia.blogspot.com/2010/10/o-que-e-signo.html

 

http://www.partes.com.br/ed39/teoriasignosreflexaoed39.htm

 

 

 

 

1Aluno do Instituto Federal de Goiás – Campus Inhumas, Cursando o segundo período de Licenciatura em Química.

2Professor de Línguas Portuguesa e Inglesa do Instituto Federal de Goiás – Campus Inhumas.

 

3Michel Foucault, Poitiers, 15 de outubro de 1926 — Paris, 25 de junho de 1984) foi um importante filósofo e professor da cátedra de História dos Sistemas de Pensamento no Collège de France desde 1970 a 1984. Todo o seu trabalho foi desenvolvido em uma arqueologia do saber filosófico, da experiência literária e da análise do discurso.

4 René François Ghislain Magritte (Lessines, 21 de Novembro de 1898 - Bruxelas, 15 de Agosto de 1967) foi um dos principais artitas surrealistas belgas.

5Rolamd Barthes (Cherbourg, 12 de Novembro de 1915 - Paris, 26 de MArço de 198o) foi um escritor, sociólogo, crítico literário, semiólogo e filósofo francês.

6Ferdinand de Saussure (Genebra, 26 de Novembro de 1857 - Morges, 22 de Fevereiro de 1913) foi um linguista e filósofo suíço cujas elaborações teóricas propiciaram o desenvolvimento da linguística enquanto ciência e desencadearam o surgimento do estruturalismo.

7Louis Hjelmslev (Copenhague, 3 de Outubro, 1899 - 30 de Maio, 1965) foi um linguista dinamarquês.


Autor: Wellington Espíndula


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