Uma imagem das micro-relações de poder no conto Jaú dos bois de Aleilton Fonseca



UMA IMAGEM DAS MICRO-RELAÇÕES DE PODER NO CONTO JAÚ DOS BOIS DE ALEILTON FONSECA

 

 

                                                                                                                 Rosiane Pimenta[1]

 

 

 

RESUMO: O presente artigo tem como objetivo propor uma discussão acerca da concepção de poder dentro das práticas sociais do trabalho, analisando de quais formas essas relações aparecem circunscritas ao longo da história na sociedade e na ficção brasileira. Para evidenciar esse consórcio e usando como parâmetro de visualização da pesquisa, toma-se como fulcro de sustentação o conto Jaú dos Bois do escritor baiano Aleilton Fonseca. A partir desse pressuposto, pretende-se fazer uma abordagem teórica do conceito de poder, assim como mapear as micro-relações no estudo da narrativa e suas  implicações nas formações dos personagens. Para enriquecimento das construções teóricas pretendidas será realizada uma discussão com Marilena Chauí, Michel Foucault e João Ubaldo Ribeiro.

 

PALAVRAS-CHAVE: Relações de poder; Trabalho; Jaú dos Bois.

                      

 

 

O conceito de poder e suas manifestações têm se constituído como objeto de estudo e pesquisa das diferentes áreas do conhecimento, principalmente pelas diversas formas de expressão a que está sujeito. A busca de um conceito, assim como a sua interpretação, depende de uma série de fatores que pode ser notadamente influenciada pelas forças sociais nas quais estão inseridas.  Nesse contexto, faz-se necessário trazer uma análise teórica que  discuta como a concepção de poder aparece circunscrita na abordagem discursiva de alguns autores e quais as implicações desse posicionamento para o campo literário.

Na tentativa de estender a discussão para outros campos de pesquisa foi pensado no conto Jaú dos Bois do escritor baiano Aleilton Fonseca. A escolha não poderia ser mais ousada e pertinente, visto que já tivemos a honra de realizar alguns estudos das produções literárias desse autor. E através de seus contos, bastante atuais, fazer um passeio por entre os blocos de representações coletivas dos seus personagens, situando-os em um ambiente ruralizado e aprisionado pelas máscaras sociais do trabalho e do poder que os silencia.

            Para enriquecimento das construções teóricas pretendidas, será realizada uma discussão com Marilena Chauí que abordará a existência da ideologia como mola propulsora dentro das relações de trabalho; Michel Foucault que mostrará como os mecanismos de poder atingem a realidade mais concreta dos indivíduos dentro dessa prática social; e João Ubaldo Ribeiro que também traz questionamentos acerca do exercício do poder e a sua influência no comportamento das pessoas.

            Prosseguindo a análise e tendo em vista que a concepção de poder sofre variação no tempo e no espaço, foi preciso reportar ao dicionário Aurélio de Língua Portuguesa (2010), a fim de perceber qual definição tinha uma maior aproximação com o objeto em estudo. Segundo o Aurélio[2] o poder é a capacidade ou possibilidade de fazer uma coisa. / Direito de agir, de decidir, de mandar. / Autoridade, governo de um país. / Mandato, procuração. // Poder espiritual, o que pertence à Igreja. // Poder temporal, o que é atribuído ao Papa como soberano territorial (por opos. ao poder espiritual); autoridade civil. / &151; s.m.pl. Conjunto de atribuições que alguém pode exercer em função do seu cargo: os poderes de um embaixador. // Poderes públicos, conjunto de autoridades governamentais que detêm o poder num país. // Poderes da República, os três poderes que compõem o governo de uma república: legislativo, executivo e judiciário.

            Na visão de alguns estudiosos, o conceito de poder é expresso de maneira bem particularizada. Os adeptos do pensamento marxista[3], por exemplo, chamam de poder “a capacidade de uma classe social de realizar os seus interesses e objetivos específicos”. Já o filósofo Michel Foucault falou em “relações de poderes” entre os indivíduos. Max Weber[4] conceituou o poder como sendo “a probabilidade de certo comando com um conteúdo específico a ser obedecido por um grupo determinado”. Enquanto João Ubaldo Ribeiro (1981) enfatizou que o poder só pode ser visto, sentido e avaliado, quando exercido.

            Sendo assim e fazendo uma apropriação maior do pensamento de Foucault (2001), “o poder não existe”, o que existe são as relações e práticas de poder. Defende que não existe uma entidade centralizadora, ao contrário, ele é construído e exercido em níveis, formas, domínios e extensões variados na sociedade. Ressalta ainda que muito mais importante do que construir um novo conceito, seria analisá-lo como prática social que historicamente fora constituído, buscando os inúmeros mecanismos de como aparece circunscrito.

 

A questão do poder fica empobrecida quando é colocada unicamente em termos de legislação, de Constituição, ou somente em termos de Estado ou de aparelho de Estado. O poder é mais complicado, muito mais denso e difuso que um conjunto de leis ou um aparelho de Estado. Não se pode entender o desenvolvimento das forças produtivas próprias ao capitalismo; nem imaginar seu desenvolvimento tecnológico sem a existência, ao mesmo tempo, dos aparelhos de poder. No caso, por exemplo, da divisão do trabalho nas grandes oficinas do século XVIII, como se teria chegado a esta repartição das tarefas se não tivesse ocorrido uma nova distribuição do poder no próprio nível da organização das forças produtivas?  (FOUCAULT, 2000, p. 221)

 

 

 

Partindo da ideia de Foucault, entende-se que o poder não é algo materializado que se possa possuir, mas antes de tudo algo que se exerce ou pratica, por isso o autor chamar a nossa atenção para as micro-práticas do poder.

Destaca ainda a existência de pelo menos dois grandes planos em que se agrupam as diferentes manifestações de poder tomando como critério a extensão das mesmas. Uma dessas manifestações estaria constituída pelas relações interpessoais, que não alcançam a totalidade de integrantes de um grupo e outra está caracterizada por formas institucionalizadas que operam como espaços fechados. Nesses casos, já não é poder de um indivíduo sobre outro, mas de um grupo sobre outro, com as características que seus integrantes queiram ou não, ficam presas no seu exercício.

            Foucault parte do princípio de que existem duas esferas em que se consolidam as práticas, cada uma delas com seus próprios mecanismos de legitimação, atuando como “centros” de poder e elaborando seu discurso e sua legitimidade. Uma das esferas está constituída pela ciência e a outra formada por todos os demais elementos que podem ser definidos como integrantes da cultura: o ideológico, as diferenciações de gênero, as práticas discriminatórias, as normas e os seus critérios.

            Nesse amálgama de intensidades, João Ubaldo Ribeiro, através de seu livro Política; quem manda, por que manda, como manda discute quais as implicações provenientes das relações de poderes e as suas manifestações no comportamento dos personagens. Ribeiro (1998) afirma que toda maneira pelo qual o poder é exercido, se reveste de grande complexidade, uma vez que não é aparente à primeira vista e faz uso da constatação: “o poder só pode ser visto, sentido, avaliado, ao exercer-se”. 

            Diante dessas observações, percebe-se que a noção de poder é  muito ampla e seria incoerente não levar em consideração o contexto social e os agentes que o efetivam, uma vez que toda relação de poder entre indivíduos é fruto de um processo social.

            Nessa perspectiva teórica e enveredando uma discussão com Rita Olivieri Godet (2000), ao questionar até que ponto a ficção  se aproxima da realidade (ou seria a realidade da ficção?), que direciono o estudo para o campo literário. Pois a proposta do trabalho é visualizar como o poder e as suas micro-relações, como apregoa Foucault, encontra-se presente no âmbito da ficção brasileira e como é possível trazer uma reflexão em torno disso. Para tal e como fulcro de sustentação da pesquisa será utilizado o conto Jaú dos Bois do escritor baiano Aleilton Fonseca.

            Analisando as práticas de poderes na ficção brasileira, especificamente no conto Jaú dos Bois, torna-se mister mencionar como ele (o poder) aparece em diversos momentos da narrativa, muitas vezes de forma silenciosa e de outras mais visível. Porém não se tem a pretensão de categorizar aqui todas as situações em que se percebe uma relação de poder, mas antes de tudo, trazer apenas algumas passagens que nos chamou a atenção nesse conto. Assim, nas  entrelinhas da narrativa observam-se como as práticas de poderes estão presentes nos diferentes grupos sociais, como o dono da fazenda e o empregado (João e Jaú). Logo em seguida temos o binômio - cidade e campo. Não nos escapando aqui a representação da figura feminina, Marta, vista como uma mulher subserviente ao homem dentro desse contexto social. E por fim, a relação sujeito e objeto de seu desejo (Jaú e os bois).

            Levando em consideração que a pertinência de uma leitura é construída na relação com outras percepções, o narrador permite ao leitor pintar um quadro do conto, vislumbrando o ambiente, os personagens e as relações sociais ali representadas. E é nesse encantamento que ele confunde o leitor numa engenhosa arte de perspicácia, pois as entrelinhas do conto gritam e texto e leitor se cruzam.

            Vale salientar ainda que ao propor uma análise das manifestações de poderes no conto Jaú dos Bois, sabia que encontraria diversas condições de exercício em micro-relações de poder expressas nos diferentes grupos sociais. Todavia,  pela multiplicidade de atos protagonizados pelo personagem, o estudo será situado nas representações sociais dos sujeitos João e Jaú e nas relações por eles desempenhadas: empregador e empregado. Para tal, será preciso entender como se deu essas construções no limiar de nossa cultura ocidental, uma vez que a discussão em torno das lutas de classes é longa e remota.

            Ao longo da história pode-se perceber a existência da submissão de um trabalhador ao seu patrão, fato geralmente aceito como vestígios de nosso passado cultural que sempre teve dominadores e dominados. No entanto, o que nos chama a atenção aqui é o silêncio dos que vivem e se situam dentro dessa realidade.

            Para explicar essa problemática, bem como a existência das lutas de classes na sociedade, Marilena Chauí (2001) cita a ideologia como a palavra-chave que resume toda essa situação e logo em seguida traz a sua concepção do termo:

 

A ideologia é um conjunto lógico, sistemático e coerente de representações (idéias e valores) e de normas e regras (de conduta) que indicam e prescrevem aos membros da sociedade o que devem pensar e como devem pensar, o que devem valorizar, o que devem sentir e como devem sentir, o que devem fazer e como devem fazer. Ela é, portanto, um corpo explicativo (representações) e prático (normas, regras, preceitos) de caráter prescritivo, normativo, regulador, cuja função é dar aos membros de uma sociedade dividida em classes uma explicação racional para as diferenças sociais, políticas e culturais, sem jamais atribuir tais diferenças à divisão da sociedade em classes a partir das divisões na esfera da produção. (CHAUÍ, 2001, p. 108-109).

 

 

Prosseguindo o estudo e buscando compreender a nossa história, Marilena Chauí através de seu livro O que é Ideologia faz uma retrospectiva desde o início da sociedade feudal, mostrando-nos a relação senhor feudal/vassalo, até chegar à sociedade burguesa com a relação patrão/empregado. Vale salientar ainda que na sociedade burguesa já se torna possível enxergar a presença de um homem livre que tem a sua força de trabalho “vendida” em troca de uma remuneração.

            Para Chauí (2001), a ideologia sempre serviu como instrumento de dominação e que mascara a realidade social ao ocultar a verdade dos dominados, servindo sempre para legitimar a dominação, seja ela social, política ou econômica.

            Nessa perspectiva e utilizando o estudo das relações de trabalho como artefato literário, surge no conto de Aleilton Fonseca os personagens Modesto, conhecido como Jaú dos Bois, homem simples, matuto, nascido e vivido na roça, dono de palavras serenas, que já trabalhou como peão e desenvolveu diversas atividades nos cacauais, onde depois de adquirir uma mula passa a exercer pequenos transportes nas feiras, arrastando madeira, carregando cacau, amansando burros bravos e treinando bois para a canga. Em contrapartida, nos é apresentado outro personagem – João - fazendeiro forte, rico, possivelmente dono de grandes propriedades e dos bois que Jaú amansara.

            Traçando uma ponte desses discursos imagéticos com outras leituras e levando em consideração como a ficção se aproxima da realidade (ou seria a realidade da ficção?) que vem em nossa mente o ensaio produzido por Rita Olivieri Godet (2000), o qual trata da Memória, História e Ficção em Viva o Povo Brasileiro, de João Ubaldo Ribeiro. Neste ensaio Godet busca problematizar as relações entre história, memória e ficção e faz alguns questionamentos: “seria a ficção mais real do que o real?”

            Olhando um pouco mais de perto essa provocação e estendendo para a nossa proposta de pesquisa, observamos a existência de articulações e entrecruzamentos múltiplos nos discursos literários. Assim, na obra Jaú dos Bois  temos a dissecação de uma expressão real construída com tamanha maestria pelo respectivo autor Aleilton Fonseca que nos faz visualizar e recriar um retrato imaginário e concreto dessa realidade ficcional.

            Dando prosseguimento a análise do conto, podemos observar num primeiro momento como as relações de poder, manifestadas através do trabalho (patrão/empregado) aparecem submetidas nos personagens e nas práticas sociais por eles representadas:

           

[...] seu João, que era fazendeiro forte nessa época, me disse: Olhe, vou comprar uma juntinha de boi pra você amansar e puxar umas madeiras pra mim. Eu disse: Sim senhor, pode comprar. [...] Quando seu João tinha serviço eu ia fazer, ele não me pagava nem pela metade, mas me dava um dinheirinho para me ajudar na minha feira, não sabe?

 

           

 

            Nessa breve passagem já são visíveis as práticas de poderes exercidas por meio de um indivíduo sobre o outro: o empregador João que paga bem menos pelo serviço que o empregado Jaú desempenha na fazenda.  O inusitado nessa história é que Jaú tem essa consciência, mas como não tem perspectiva de futuro, se exime diante da situação. Ainda nessa passagem vislumbramos que Jaú aceitava com resignação o que o patrão lhe pagava“(...) Quando seu João tinha serviço eu ia fazer, ele não me pagava nem pela metade, mas me dava um dinheirinho para me ajudar na minha feira, não sabe? (...)”

O importante para ele era continuar trabalhando naquele local e com os animais, mesmo sob as condições impostas pelo patrão.

            Tratando das implicações provenientes das relações de poderes e manifestadas através do comportamento de seus personagens, João Ubaldo Ribeiro no seu texto O que é a política, menciona que o poder só pode ser visto, sentido, avaliado, quando exercido. Na sua concepção, é em ação que se analisa o poder.

Mais uma vez foi preciso recorrer ao conto de Aleilton Fonseca e perceber como esse jogo de poder aparece de forma acentuada, principalmente quando acontece a venda dos bois:

 

[...] Seu João, o senhor vendeu os bois Ele disse: Vendi. [...]  O senhor vendeu por quanto?  Eu vendi por dez mil. Eu digo: Ô, seu João, olhe, eu lhe dou cinco mil hoje pelos bois, e o resto do serviço que o senhor tiver todo o seu serviço eu vou fazer de graça. [...] Não, já vendi os bois pra pagar o carro.

           

           

            Numa outra passagem do conto fica claro como as representações sociais estão definidas, isto é, quem manda e quem obedece ou o tradicional binômio (dominador e dominado). Isto acontece quando João, o dono da fazenda,  desfaz o trato com um comprador por este não possuir o dinheiro e faz uma nova venda, agora com um dono de açougue, onde os bois serão abatidos. No trecho anterior visualizamos que Jaú assume a condição de trabalhar de graça para que não aconteça a venda dos bois, porém o dono dos animais mostra-se impassível diante da tristeza e dos argumentos do empregado, pois este não possui o dinheiro que tanto necessita como observamos abaixo:

 

Chore não, Jaú! Tem dinheiro pra comprar os bois? Eu disse: Não tenho não, rapaz. Mas ainda tentei: Se você quiser cinco mil, eu lhe dou hoje, e daqui a dez dias lhe dou o resto do dinheiro. Ele disse: Não! Eu matando os bois hoje, amanhã estou com o dinheiro.

 

 

Ampliando a noção da análise, considera-se que aqueles animais tinham um significado especial na vida e na memória de Jaú, a venda deles e posteriormente o sacrifício, representou a própria morte em vida desse sujeito. Uma espécie de punição que não se expressou de forma física, mas psicológica. Jaú foi mais um indivíduo social desse meio e que construiu a sua visão de mundo dentro das normas e saberes ali constituídos. Ele nasceu e cresceu naquele ambiente rural, possivelmente um ambiente urbano lhe causaria estranheza. Sempre trabalhou nas roças, cuidando e treinando os animais. Casou-se com alguém que morava ali mesmo. Trabalhou sempre para os outros, não se preocupou em construir um futuro. A sua visão de mundo ficou restrita àquele lugar, o seu saber se resumia na lida com a terra e os animais.

            Foucault no seu livro Vigiar e Punir (1975) afirma que o poder muitas vezes é materializado de diferentes formas de disciplina e que o dominado deve considerar natural ser subjugado, pois isso significa eficácia produtiva. Focault discorre nesse livro sobre o conceito do poder disciplinar, onde a punição não é mais exercida através de força física, violência ou mutilação, mas de uma disciplina pautada em uma constante vigilância e controle dos corpos. O fundamento dessa punição é o silêncio e a submissão orientada através do cotidiano. Nessa perspectiva, eis aqui uma provocação ao leitor: Seria, nesse caso, Jaú o indivíduo adestrado ao seu ambiente e as relações sociais, como apregoa Michael Foucault?

            Desse modo, podemos visualizar nas discussões como são múltiplas as concepções de poder, assim como as suas manifestações e implicações. Constatamos pela articulação realizada entre os teóricos e o conto Jaú dos Bois que é impossível falar de poder se ele não estiver atrelado a um contexto social definido; e suas micro-práticas sempre estarão presentes, pois para que não existam as formas de poder, seria preciso não existir também os mecanismos sociais dos agentes que o efetivam.

            Nessa pesquisa buscou-se elaborar um estudo sobre as relações de poderes no conto Jaú dos Bois de Aleilton Fonseca. Como foram inúmeras as micro-práticas de poderes existentes no conto, foi preciso fazer um recorte do que se pretendia estudar. Utilizando de uma sutil perspicácia, tentei fazer uma aproximação entre as representações sociais da ficção com a realidade, por isso a discussão em torno das classes sociais (dominadores e dominados). A pretensão esperada com esse desafio era mostrar como uma obra de ficção pode ser projetada na realidade e encontrar intimamente ligada a nossa vida cotidiana.

            Assim, esse trabalho não pretende responder e nem trazer todos os questionamentos sobre o estudo do conto, mas antes de tudo buscar reflexões sobre a temática explicitada a fim de perceber uma interação entre ficção e realidade. As inquietações não se esgotam aqui, pois acredito que literatura é linguagem, e esta pode ser tomada para além dos seus limites possíveis enquanto leitura e produção de sentido.

 

 

 

REFERÊNCIAS

 

 

Dicionário Aurélio Online de Língua Portuguesa: Disponível  em: http://www.dicionariodoaurelio.com/Poder. Acesso em: 03 de agosto de 2010.

 

CHAUÍ, Marilena. O que é ideologia? 2. Ed. São Paulo: Brasiliense, 2001.

 

FONSECA, Aleilton. O desterro dos mortos. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 2001.

 

FOUCAULT, Michel. Sobre a história da sexualidade. In: Microfísica do Poder. Organização e tradução de Roberto Machado. Rio de Janeiro: Edições Graal, 2001, p.243-276.

 

                            

FOUCAULT, Michel. Vigiar e Punir. Petrópolis: Editora Vozes, 1975.

 

OLIVIERI GODET, Rita. Memória, história e ficção em Viva o Povo Brasileiro de João Ubaldo Ribeiro. In: FONSECA, Aleilton; PEREIRA, Rubens Alves. Rotas & Imagens: literatura e outras viagens. Coleção Literatura e Diversidade Cultural, 2000.

 

RIBEIRO, João Ubaldo. Política. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1981.

 

 

 

 


[1] Pós-graduanda em nível de Especialização em Estudos Linguísticos e Literários pela Faculdade Santíssimo Sacramento (2010).

 

 

 

[2] Disponível  em:   http://www.dicionariodoaurelio.com/Poder. Acesso em: 03 de agosto de 2010.

[3] O Marxismo - conjunto de idéias filosóficas, econômicas, políticas e sociais elaboradas primariamente      

    por Karl Marx e Friedrich Engels e desenvolvidas mais tarde por outros seguidores

 [4] Maximillian Weber - intelectual alemão, jurista, economista e considerado um dos fundadores da  

    Sociologia

 

 

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Autor: Rosiane Pimenta Borges


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