Sócrates, Platão; e a ameaça dos sofistas atuais



Sócrates, Platão; e a ameaça dos sofistas atuais.

1 - Resumo

 O Pensamento Clássico mantém-se incólume, mas as investidas sofistas tendem a assediar princípios fundamentais que precisam de defensores a altura dos Construtores do Saber.

 Ainda vale considerar as idéias dos Filósofos da antiguidade confrontadas com as proposições sofistas de sua Era, e com os sofismas impregnados nas Teorias atuais, ponderando sobre a fragilidade do mundo ante as distorções do propósito das Teorias Científicas como ocorre com a “evolução das espécies” de Darwin; e de outros possíveis sofismas que podem surgir num mundo em que o Pensamento inclusive está banalizado, como por exemplo, uma possível teoria da “química da criação” que desvirtuaria o axioma de Lavoisier de que: “NA NATUREZA... TUDO SE TRANSFORMA”.

 Não tenciona esta obra esgotar a questão; muito menos apresentar um novo tratado filosófico.  Sim uma proposta, em linguagem acessível para um universo abrangente de leitores, de reflexão pela qual é possível pensar como a mente humana é frágil e vulnerável a idéias infundadas como aquelas que atingiram o Pensamento Filosófico em tempos remotos, independentemente da Época em que vivermos. Fato este que por si só põe em discussão o caráter que vem sendo atribuído atualmente à ‘linha do tempo’ ou o ‘tempo cronológico’ como agente absoluto da ‘evolução das espécies’.

             Quanto ao pensamento prático ou pragmático dos Pensadores da Antiguidade, vale considerar sobre a Forma de Organização Social Humana - Estado e Governo - preconizado por sua Filosofia; sua crítica aos modelos de seu tempo; e a utilidade desses Pensamentos, se sua oposição, do ponto de vista inconteste, prevalecesse em nossos dias, como o célebre vergaste de Sócrates e de Platão à utopia do ‘governo de todos' que hoje atende pela alcunha de “sistema democrático" e que denuncia a urgência que o mundo atual também precisa ser defendido - senão resgatado! - de assédios contra O Pensamento, considerando que este, como nos antigos tempos, vem sendo assolado por propostas sócio-políticas inclusive, pretensamente milagrosas que expõem extensas áreas da Terra à mesma proposta de "democracia absolutista" - que na Grécia Antiga, tal como o é hoje em dia, 'encobertou' crimes do nível - em verdade, do 'desnível' - da condenação de Sócrates em pleno 'berço da Sabedoria'. Crime que envergonha a Humanidade até Hoje. E tudo isso sob as 'asas' da utopia da democracia absoluta, sob o pretexto de 'fugir da tirania que rouba a humanidade da Humanidade'.

   Entrementes, no desenvolvimento de cada consideração há analogias sobre as idéias e ideais, atos daqueles Personagens históricos, confrontadas com o Pensamento de outros de intrépido caráter como Paulo (o Personagem das Escrituras Sagradas) - sendo que a História deles pode ser vista como intrigantes vaticínios para os nossos dias carentes de formadores de Opinião que compartilhem os Princípios com a Imparcialidade defendidos pelos grandes homens do passado, expressos na "autonomia do Pensamento: 'só sei que nada sei' de Sócrates; e 'aquele que diz que sabe, ainda não sabe como convém saber' resgatando Referências Fundamentais perdidas no Tempo, haja vista o Homem vem ignorando os Alicerces ou Fundamentos estabelecidos por eles; e "ultimamente vem se perdendo em fundamentos frágeis, que lembra-nos a expressão 'construindo sobre areia'.

 2 - SÓCRATES

2.1 Resumo biográfico:

 Sócrates - 470-399 a.C, Atenas - foi o filósofo grego considerado de maior expressão do século V a.C. e também o maior Mártir da Ciência Político-Social – na Astronomia, mais tarde Bruno Giordano - que o mundo já conheceu. Estava sempre disposto ao serviço do Estado. Casou-se tarde com Xantipa que gerou três filhos seus. Condenado à morte por envenenamento provocado por cicuta-da-europa (uma erva que produz substância letal imediata), não aceitou fugir de Atenas. Preferiu aguardar seu Julgamento.

 Teve oportunidade de fugir da Pena, mas deixou se cumprir nele, resignadamente, porém com galhardia a sentença que lhe infligiram os juízes de Atenas por causa dos pressupostos filosóficos que defendia, e que segundo os poderes políticos daquela cidade-estado ameaçavam o Sistema.

 Sobre a sua facúndia, é tradição dizer que o oráculo de Delfos o considerava o mais sábio dos gregos. Mas ele, sabiamente, dizia: “só sei que nada sei”. E atribuía – infere-se que fizesse isso por ironia - suas virtudes a um demônio* (daimon) – ver o asterisco no item 2.4.

 A Literatura antiga o registra como ‘o mais reto e incorruptível entre os homens’. Platão e Xenofonte concordavam que Sócrates foi astrônomo; e geômetra. Mas este discordava de Platão de que ele teria sido também escultor. A idéia de que foi astrônomo deve-se a Obra “nuvens” de autoria de Aristófanes dedicada ao filósofo.

 Amava sua cidade (Atenas). Nunca se afastava dela. Mesmo ante aos apelos de Tritão e seus planos de fuga à sua sentença, recusou deixá-la. Não lhe parecia bem infligir à lei, dizia. Permaneceu até o fim, em399 a.C quando tomou do 'cálice fatal'.

 Quanto à origem da sua excelente sapiência, são raros os registros que mencionam pessoas que o influenciaram. A Literatura cita Ion de Quios, Arquelau através do discípulo deste, Anaxágoras.

 2.2 O Pensamento de Sócrates; sua crítica ao Sistema Político-religioso de Atenas.

Para Sócrates a finalidade da Filosofia deveria ser o autoconhecimento (o conhecimento de si próprio). Sua expressão célebre e histórica “conhece-te a ti mesmo (Gnóthi se autón)” foi essa a essência de seu Pensamento; e o Objeto que idealizava à Filosofia.

 Através do método que usou para expressar seu pensamento, Sócrates trouxe um novo sentido à Filosofia. Ele estimulava e induzia seus ouvintes a pensar - principalmente jovens que o procuravam - usando perguntas de alto nível retórico que aguçavam a mente levando-os à reflexão principalmente dos próprios atos. Cogitava Sócrates: “se o homem conhecesse a si próprio a ponto de discernir e entender suas próprias atitudes – e o fim destas – talvez isso fosse suficiente para conduzir a humanidade no caminho reto”! 

 Destoava nisto o pensamento socrático dos filósofos até então famosos como Tales, Pitágoras, Heráclito, Parmênides, Demócrito e outros que enfocavam a lente objetiva da Filosofia para o Estudo do Ser; e da Phisis. Por sua vez Sócrates enfocava sua ideologia para a importância da formação de um caráter reto no espírito humano. Na prática, queria formar cidadãos atenienses quanto à moral, a ética, e à justiça. E quanto a esta última virtude idealizada por ele, são históricas suas defesas. Combatia veementemente com argumentos poderosamente incisivos e acutíssimos toda forma de injustiça. E fez isso até onde poucos o fariam. (Porque o conceito hipócrita do ‘politicamente correto’, já nessa época se infiltrara nas instâncias sociais que deveriam servir como tribuna para se defenderem valores de caráter nobre, ao contrário se prestavam para inibir os pronunciamentos pulsantes da Causa Humana. Até os dias de hoje, nada mudou inclusive quanto a isso também). Mas Sócrates, diz a Literatura, na sua participação na Assembléia dos 500 – que era um dos importantes lugares de discussões/decisões políticas – fez defesa contundente da justiça que geraram acirrados embates.

 Não via Justiça, de fato, na sua época. Quando alguém lhe falava da Justiça, ele ironizava indagando “que é isso (Tó ti)”? Segundo sua definição do que é justiça social, não havia conhecimento de justiça. Logo, não fazia sentido falar da Justiça! Com sua interrogação (Tó ti) – como era inerentemente ao seu método de induzir o pensamento – ele pretendia conduzir seu interlocutor à reflexão, no caso sobre o que é a Justiça.

 2.3 Causas de seu Julgamento

A essas alturas da filosofia de Sócrates pergunta-se: como alguém tão arguto, com caráter tão reto, elevada capacidade de discernimento, inclusive Ética até Hoje idealizada por Pensadores de tal magnitude chegou a tão vexatória antipatia ante ao Estado até ser sentenciado à morte? Os motivos são históricos. Por exemplo, a composição do poder político de Atenas era em parte significativa formada pelo Olimpo (deuses, filósofos, sacerdotes) que representavam valores Filosófico-religiosos tradicionais-conservadores influentes os quais, após a descrença nos deuses do Olimpio disseminada pelos sofistas, esperavam que a Filosofia resgatasse a fé que foi abalada pelo materialismo sofista.  

 Vale enfatizar que estamos falando da época em que havia um desvirtuamento – e, por que não dizer, uma desestruturação – desse Sistema de Estado atrelado ou dependente da cultura religiosa, porque o antropocentrismo exacerbado dos sofistas reivindicava aos sentidos humanos, especialmente ao intelecto – em que se consideravam mestres – status universal ou Centro do Universo. Relativizavam exageradamente qualquer interferência de espíritos ou de deuses no Conhecimento! Essa filosofia sofista enfraqueceu a fé nos deuses e conseqüentemente as forças militares de Atenas, tradicionalmente dependentes do Olimpo.                    

 (Há inclusive conjecturas históricas de que essa fragilidade militar de Atenas nesse contexto histórico propiciou campanhas militares dos seus inimigos Espartanos).

  Não se Pode provar se Sócrates estava cônscio sobre a teia de interesses que conspirava contra sua vida! Ele foi vítima de um complô político-religioso-filosófico. Pois, nem podia convir às crenças míticas; e repudiava o materialismo oculto na pseudo-intelectualidade sofista. Assim ele seguia uma linha Filosófica tênue para aquele contexto político-social-religioso! Como se diria mais tarde, no Fundamento Cristão um “Caminho Exíguo ou estreito” demais, que “poucos até Hoje não conseguem ver”. Expressão esta que evoca outra Literatura ainda mais Antiga! Mas, mesmo no que parecia escuro aos seus algozes, prosseguiu, demonstrando seu caráter firme e incorruptível.

 Ante a situação conturbada – inclusive a força militar mostrando-se débil - os defensores do antigo Sistema ansiavam pela volta às crenças no ‘poder dos deuses’ gregos e acalentavam a esperança de que Sócrates através do seu poder retórico os ajudasse nessa tarefa. Mas as convicções de Sócrates eram mais forte que os 'encantos' do Olimpo. A “decepção” para eles – e segundo maior dos motivos de sua condenação – foi Sócrates defender uma Linha de pensamento que lhes frustrava as expectativas de uma renovação da fé nos seus deuses.

 Ao contrário de seus interesses, Sócrates formulava a seguinte ideologia: “se fosse possível edificar um sistema moral absolutamente alheio às doutrinas religiosas, que servisse a ateus e crentes...”! E ainda, para não deixar dúvida quanto ao ‘valor relativo’ que atribuía às divindades atenienses, defendia em seus discursos que “para o homem alcançar a excelência seria suficiente alicerçar no seu caráter uma conduta moral fundamentada na consciência responsável”.   

 Aqui, já se evidenciava o problema de Sócrates – e mais tarde da própria Grécia. Ele relativizava a influência das crenças gregas no caráter de seus cidadãos, e demonstrava simpatia pelo Monoteísmo. Ora, monoteístas tiveram problemas. Quem não se lembra do faraó Akhenaton?  

  O cenário discernido por Sócrates naquele contexto social é bem presente em nossos dias. Se pudéssemos ver como o Sábio, chegaríamos à mesma conclusão de que certas crenças que violam Princípios Fundamentais (Direito, Ética...) tem sido um embotamento, como um aneurisma cerebral que obstrui a formação de uma mentalidade que 'transforme uma nação grande, em uma grande nação'!

 Vale aqui registrar que a doutrina de Sócrates ainda que mostrasse sua descrença também nos deuses olímpicos – como o fizeram os sofistas - diferia, porém, profundamente do materialismo sofista, principalmente em dois pontos vitais: o ‘sobrenatural’, e a ‘vida pós-túmulo'. Sócrates não atribuía aos sentidos humanos, à mente ou ao intelecto a Fonte do Conhecimento’. Para ele – tal quais outros grandes Pensadores – os sentidos e as faculdades humanas submetiam-se ao Conhecimento! Portanto, a apropriação indébita pelo intelectualismo sofista era uma afronta à Filosofia socrática, tanto quanto o era a reivindicação de ‘sacrilégio’ que os representantes do Olimpo reclamavam de Sócrates. A Filosofia de Sócrates repudiava as pretensões do paganismo ateniense. Preconizava, no entanto, a influência sobrenatural na mente humana – ele mesmo atribuía sua intrepidez de justiça a ‘inquietação de um daimon* (demônio ou espírito). Influência invisível (na forma etérea, espírito, etc). Inclusive, ele atribuía sua sabedoria a esse ‘lado sobrenatural’.

 Defendia e ensinava em caráter apologético sobre a imortalidade da alma! Sendo este assunto o predileto dos seus derradeiros dias na prisão, e que defendeu no seu último discurso no Areópago de Atenas, no dia de seu Julgamento e Condenação.

 Atenas parecia tolerar as convicções de Sócrates. Porém o espírito (o daimon) parece o incitá-lo a um sacrifício maior que seus serviços ao exército ateniense. Quando propôs a substituição da democracia pela Aristocracia em Atenas, ofendeu o sistema, pois a democracia se tornara a ‘menina dos olhos’; ou a ‘taça de cristal’, ‘frágil’ mais ‘intocável descoberta dos gregos’: de que ‘a maioria estaria com a verdade’! O que Sócrates achava ‘uma superstição das mais baixas’.

 Apesar de ser consciente da ira do Poder de Atenas, Sócrates tinha convicção do que criticava. (Nada de novidade sobre suas conclusões filosófica! Mudou alguma coisa? Ou, alguém ainda assistiu a esse filme?). Mas chegou a hora da vingança. Atenas agora é que parecia usar de ironia contra Sócrates! Não através de uma filosofia melhor; mas em forma de uma irônica acusação. Porque sua crítica à fragilidade da democracia, diríamos hoje, foi a gota d’água que agravou seu julgamento; e da sua sentença à morte. Por insistência dos seus amigos, propôs o pagamento de 30 minas para comutação da Pena. Mas esta veio apressadamente: 220 votos a seu favor; 280 contra. E na fatídica hora – pasmem - como se fosse um tipo ou um prenúncio dos futuros Cristãos – não se mostrou cabisbaixo. Antes discursou longamente aos juízes sobre seu último tema: a “imortalidade da alma”.

 Mas, não sensibilizou seus algozes! Relacionado a esse fato, triste, Lembra as Escrituras Sagradas que mais tarde outro Orador foi “depreciado” por sábios (?) atenienses no século I, quando discursava no areópago, na mesma Atenas (Atos 17) sobre a ressurreição! Tema, aliás, relacionado à mesma imortalidade da alma que pesou na condenação do Filósofo.  É apologética a saudação de São Paulo àqueles filósofos: “varões atenienses...”. Mas eles murmuravam: “que quer dizer este paroleiro?”. (Atenas, lamentavelmente estava jogando fora sua derradeira chance de se redimir do seu "maior crime"! Ou seja, Atenas, um dos maiores berços da Sabedoria que a humanidade já teve, abdicou de sua excelência sapientíssima. Podemos dizer em tom de pesar/desabafo que aquela cidade jogou no ralo (esgoto) o espírito da Sabedoria!  

 E Sócrates, mesmo na hora final em que tomou da mão do servente a taça fatal não se deixou abater na hora da morte. Ele sabia, como um Mártir da Ciência, que receberia o referendum da História. Então, como sempre havia enfrentado a hostilidade grega, com ironia, valeu-se do ensejo para ironizar pela sua última vez os deuses gregos: suas últimas palavras foram instruindo Tritão para que sacrificasse um galo a esculápio (deus da fadiga e dos males da alma).  

 Coincidência ou não, até hoje a Grécia se arrasta como “mais um país da UE, apenas”. Nada se vê Hoje nada da genial espiritualidade que influenciou no passado toda uma Civilização. Vê-se nas TVs convulsões sociais, Falência da Economia (...) na Atenas de Sócrates; e ainda outros Fatos Lamentáveis até os dias de Hoje que evocam o triste episódio da rejeição e da Condenação da Filosofia ali. Fatos que assistimos com pesar!

 2.4 Considerações sobre a condenação de Sócrates na Grécia Antiga.

 A rejeição de Sócrates por Atenas é um fato que soa anda hoje no Universo no mesmo tom da Palavra asseverada às cidades Impenitentes – digam-se as que Rejeitaram também um Personagem Histórico sobre o qual Escrituras Antigas Registram: Ai de ti Corazim, Ai de ti Betsaida! Hoje, dois mil anos passados, a sorte daquelas ex-cidades – ora, quando muito, são montículos; ou, nem sequer são achadas pela Arqueologia – ainda é um peso profético contra certas Fatídicas Rejeições na História e suas conseqüências que levam à Ruína. E, por falar em desaparecimento de cidades que rejeitaram quem não devia rejeitar, alguém saberia onde fica Gadara? Esta foi a que expulsou o Exorcista, Personagem aqui referido, de seus termos após Ele Libertar o endemoninhado.

 A cidade-estado da Grécia antiga rejeitou a filosofia de Sócrates, ele foi condenado à morte; mas o seu Pensamento até hoje é um luzeiro para o Pensamento Razoável ou Plausível. Não para os sofistas, nem para os sofismáticos de Hoje inimigos da Filosofia.

 Atenas, ao que indica a História, também não ficou isenta por seu ato infame. Inclusive, o fato intrínseco da condenação de Sócrates soa no Tempo como um Prenúncio ou sombra que assusta até hoje e dia. Porque a civilização atual insiste no mesmo equívoco fatal que tanto incomoda o espírito de Sócrates. Em certas Regiões do Ocidente, em pleno século XXI, de alguma forma repudia Sócrates - sendo que aquele Pensador classificou os exageros da utopia democrática como 'a mais baixa das superstições'. Coincidência, onde ironicamente a democracia é a taça de cristal mais trincada do mundo como a denunciada por Sócrates na Grécia Antiga, persiste indiscutível ou intocável como um talismã! E mesmo quebrado, de forma crédula os idealistas democráticos - supersticiosos, segundo a Doutrina Socrática - insistem nela com a persistência perversa dos viciados incorrigíveis! E, louvam-na! Se o Sábio volta a esta realidade, ele diria tó ti ou "mas, que é isso?! Pois todo esse louvor - como a um deus falso - não inspira força nem sequer para honrar as Leis do Estado de Direito. Ao contrário, as desonra! Tornou-se pretexto para se relevar toda espécie de crime (contra a Justiça, inclusive) estabelecendo uma relação puramente passional entre Estado e cidadãos. E em nome do 'sentimento emocional passional' tudo se torna justificável: podem-se matar, esfolar, estuprar... E – para Perplexidade dos Pensadores - se a questão é levantada, todos na TV confessam-se felizes por ‘viverem na “maior democracia do Mundo’!  Imagino a reação de Sócrates, Hoje! No mínimo ele perguntaria: democracia, Tó ti?! Seria um Falso aparato estatal para se legalizar toda espécie de abusos, crimes, e assemelhados?! Alguém pensaria seriamente escapar desse aparato Fatal em pleno século XXI?  Seriam assim as Arguições do Sábio... E, de certo, seria novamente condenado democraticamente, óbvio! Mas, no último Discurso, tal como sua certa seria sua re-condenação ele lançaria um apelo: Acordemos. Não temos povo; nem nação, enfim, nada que em men sã possamos alimentar a utopia da 'democracia absoluta'!

 Há uma apavorante sensação de que temos somente duas opções apenas: ou a taça de Sócrates; ou a taça trincada prestes a estilhaçar da falsa democracia ou a ‘solução fina’ onde não se tem solução. Esta sim mata o corpo; e o espírito.

 Nessa assustadora realidade, parece inevitável se aperceber da falta de outras opções. Será preciso outro mártir para a civilização ocidental? O Vaticínio do Sumo-sacerdote judeu Caifás assombra: “vós nada sabeis... Um homem deve morrer para que não pereçamos todos”. Mas, será mesmo?! Um Sócrates em pleno século XXI. Quem duvidaria deste Clamor?!

 *Vale observar que o sentido de demônio na linguagem socrática não é o mesmo do espírito mau como se entende hoje em dia. Certamente Sócrates se referia a um brio filosófico que não era dele próprio; mas de um poder sobrenatural – que, é indiscutível, era bom - e lhe dava a Inspiradora Sabedoria. Na atual cultura, provavelmente nós não atribuíssemos a um demônio o espírito que impulsionava Sócrates; sim a um anjo bom ou algo similar.

 Certamente na nossa cultura judaico-cristã diríamos que era “de Deus”. Há muitos registros desses incidentes nos primeiros séculos do cristianismo, por exemplos. Os judeus exclamaram “voz de Deus; não de homem” ao ouvir o discurso de Herodes III; e os habitantes de Listra disseram; "fizeram-se os deuses, homens...". Quanto à possibilidade de que Sócrates mudasse a expressão (de demônio, para anjo bom') é improvável, se considerarmos que a característica marcante nas proposições, assertivas, e repostas do sábio era a ironia. Mais ainda se lembrarmos que, em verdade, Sócrates estava saturado da banalização que se tornou falar em deus! Realidade também atual em nossos dias. Ou seja, essa “comunidade” de tudo se falar em deus “desgastando/vulgarizando/banalizando” o Caráter Sacro, não é nova debaixo do nosso Sol! É perigoso porque a fadiga da “mesmice” induz as multidões para o outro extremo, no caso ‘o materialismo’ que geralmente – como também ocorreu no séc. V a.C com os sofistas – escondia-se atrás da falsa espiritualidade, como, também, está ocorrendo atualmente! Então é possível que o espírito da Sabedoria estivesse ‘fatigado de deuses’, e que isso tenha levado a “força de expressão” que poderia ser interpretada por “possessão demoníaca” – na linguagem de hoje em dia.

 Claro que se isso se mostra em alguém de caráter reto – raro, atualmente – precisaria de sinapses neuronais suficientes para levantar a questão: pode um demônio agir sobre um espírito reto?! Os judeus perguntaram-se: pode um demônio - Belzebu, segundo eles - abrir os olhos a um cego nato? Pena é que eles não tinham mais esta capacidade para a resposta! Mais tarde, outro Personagem disse: “As Palavras que vos falo não são minhas”.  Expressão se que poderia, voltando na Linha do Tempo, ao Sobrenatural, e, lembrando da essência da Filosofia de Sócrates elevava a Sabedoria a uma Dimensão 'fora do homem físico ou extra-intelectual'.

 3. PLATÃO

3.1 Resumo biográfico

      Platão, nome verdadeiro era Aristócles, diferentemente de Sócrates, nasceu de família abastada, de políticos. Muitos estudiosos de sua obra dizem que o grego ficou conhecido como Platão por causa do seu vigor físico e ombros largos ("platos" significa largueza). A excelência na forma física era muito apreciada na Grécia antiga e os seus "diálogos" estão repletos de referências às competições esportivas.

        Nasceu em Atenas, aproximadamente em 427 a.C, há cerca de um ano após amorte de Péricles; e morreu em aprox. 349/347 a. C. Seu pai, Aristão, tinha como ancestral o rei Codros, e sua mãe Perictione era descendte de um irmão de Sólon,

 Sendo um jovem aristocrata, educou-se em nível condigno à formação de sua época, recebendo aulas de retórica, música, matemática e ginástica.

 Quarenta anos mais novo, aos 20 anos conheceu Sócrates, e tornou-se seu discípulo por oito anos de ensinamento e apreço. E ainda depois utilizou os escritos dos filósofos.

 Na mocidade, dedicou-se à poesia filosófica a partir de sua admiração por Crátilo um discípulo de Heráclito, estilo que ficou evidente em sua Obra. 

Após a condenação a morte de seu mestre, desprezou o sistema democrático adotado por Atenas, e viajou por cidades da Grécia antiga Egito e sul da Itália.

Ao fim da sua carreira, dedicou à metafísica, à composição de suas Obras, e ao ensino da Filosofia. Morreu aos 80 anos.

Escreveu 35 diálogos com base nas proposições do pensamento de Sócrates, até a morte de seu mestre; e 13 cartas. Sendo que sobre estes últimos escritos há controvérsias de autoria. Obras que foram por diversas vezes Editadas e Publicadas na História. Seu temperamento era artístico e ao mesmo tempo dialético.

É atribuída a Platão grande cooperação nos fundamentos da Filosofia; da Ciência; e dos ideais ocidentais preconizados em sua Filosofia.

Platão é o primeiro filósofo antigo de quem possuímos as obras completas. A atividade literária de Platão abrange mais de cinqüenta anos da sua vida: desde a morte de Sócrates, até a sua morte. A parte mais importante da atividade literária de Platão é representada pelos diálogos - em três grupos principais, segundo certa ordem cronológica, lógica e formal, que representa a evolução do pensamento platônico, do socratismo ao aristotelismo.

 Sua genialidade poética, no entanto, prejudicou a precisão e a ordem do seu pensamento, tanto assim que várias partes de suas obras não têm verdadeira importância de valor filosófico. Platão pode ser considerado uma média entre Sócrates e Aristóteles. Mas, quanto a este lhe falta, por exemplo, em suas Obras a didática.

 3.2 O Pensamento filosófico de Platão

O Pensamento de Platão tem seu ápice no diálogo Fédon através do qual propõe a inteligibilidade dos fenômenos. Conjectura de que o entendimento tem duas fontes: o inteligível e o sensível, respectivamente "parte imutável ou absoluta" e "relativa aos sentidos" as conjecturas intelectuais.  Conceitos estes que foram o ponto de partida de sua Filosofia.

Quanto ao Fundamento filosófico Platão difere de Sócrates. Enquanto este se preocupou mais em definir um objeto para a Filosofia; Platão aprofunda-se mais em Tratados com efeito de estabelecer relação entre Conceito e Realidade.  No entanto, para ele as idéias são realidades objetivas. Não simplesmente representações intelectuais abstratas. Platão entendia que as realidades visíveis alcançavam apenas uma pequena parte, em escala, da realidade real ou idéia. Uma 'cópia imperfeita'! Há neste ponto também uma visível coincidência entre a filosofia platônica e a socrática de que "o Pensamento - ou as 'idéias, termo este mais usado por Platão - tem caráter autônomo" localizando em uma realidade à qual o intelecto atua em plano secundário. E também, como em seu mestre Sócrates, Platão distancia-se do intelectualismo sofista que teorizavam ser a Filosofia uma capacidade intelectual. Elevando a Filosofia acima do Homem, esta assumia, em Platão também como em Sócrates, uma maior credibilidade ou infalibilidade, por exemplo, "se a base do Conhecimento é certo, Este deve corresponder a uma realidade"; não apenas a simples conjecturas!

        "Quanto ao mundo material, o homem poderia ter somente a doxa (opinião) e téchne (técnica), que permitia a sua sobrevivência, ao passo que, no mundo das ideias, o homem pode ter a épisthéme, o conhecimento verdadeiro, o conhecimento filosófico".

 O Conceito de que a realidade invisível era a verdadeira realidade ou a essência assume proporções tão elevadas que o próprio homem, visível, para ele tinha valor relativo. Ou, o verdadeiro homem ou a 'essência humana' existia na realidade real ou invisível. Tal como as idéias, invisíveis, era ao Pensamento efetivo que as demais realidades inclusive o homem físico deveriam se submeter. Podemos discernir no conceito de "essência humana' um prelúdio do que se entende atualmente por "alma" ou espírito do homem. Assim, o Fundamento ou a Verdade para Platão vem do Conhecimento da essência das coisas a qual se encontra fora do mundo material. A 'busca dessa verdade' deve ser feita nessa essência com a qual a alma humana ou a essência humana deve interagir. O conceito de gnosiologia de Platão, portanto, exclui a matéria tangível como referência da verdade, sendo que esta é prisioneira da corrupção, e mutável.

Também em Platão há uma utilidade ou 'produto final' da Filosofia.  Como em Sócrates, o ideal platônico de Filosofia objetiva era o homem moral com virtudes: "bondade (...)"; discernimento entre a verdade e aparência... E, enfim, o 'autoconhecimento' muito valorizado por seu mestre Sócrates. Ainda que para alcançar esta virtude, admitia, o homem teria que seguir um "caminho árduo". 

         "Platão não defendia que todos tivessem igual acesso à razão. Apesar de todos terem a alma perfeita, nem todos chegavam à contemplação absoluta do mundo das ideias".

3.3 O Pensamento de Platão sobre Política. 

      Platão defendia um posicionamento diverso de Sócrates quanto à concepção do Pensamento. Para ele, tinha origem nas "idéias eternas ou universais". Nesse ponto de vista compactuava com Heráclito, para quem o mundo tamgível dos homens era um "plano inferior', portanto desprovido de matéria para Fundamento da Filosofia tal como a concebia; não a realidade material, relativa através do que se podia alcançar no máximo 'opiniôes'; não a verdade. Esta somente se poderia encontrar no mundo imaterial ou campo racional transcendente.

        Platão, um dos Filósosfos mais influetes do seu tempo. Fundou a "Acadenia" de Atenas que foi a primeira "Faculdade" do ocidente.  Escreveu diversos "diálogos filsóficos",  continua sendo um dos grandes  folósofos que influenciam a cultura ocidental. 

 Tanto em Sócrates como em Platão, vale observar as propostas sobre política é discordante do "governo da maioria". Discordância, diga-se, comprovadamente inequívoca nos dias de hoje. Transporta-nos aos países em que a democracia tem sido aceita como a lenda da "galinha dos ovos de ouro" pela qual todos os problemas sociais podem ser resolvidos, e as discussões de Platão - tal como a de Sócrates - deveriam ser encaradas com mais empenho. Fatos discutíveis para a Filosofia são reais; mas são ignorados, e, pior, "aclamados". Ou seja, os mesmos males que atingiram O Pensamento causando equívocos profundos na antiguidade - e que perturbavam os autênticos Pensadores - por aqui estão sendo "ufanados" como se fossem a "eureca” inclusive da Política.

           As Propostas políticas platónicas tem base na convicção de que o Estado ideal deveria ser obrigatoriamente governada por alguém dotado de uma rigorosa formação filosófica. Na carta Sétima, 326b, defende que a solução para os males políticos do mundo é o Governo de verdadeiros filósofos! Dentro, pórtanto, do seu Conceito utilitário de Filosofia. Para ele o verdadeiro Filósofo era "pessoa completa" a saber detentora dos Valores Morais elevados que capacita ao Verdadadeiro Governo!

Platão acreditava que existiam três espécies de virtudes baseadas na alma, que corresponderiam aos estamentos da pólis:

  • A primeira virtude era a da sabedoria, deveria ser a cabeça do Estado, ou seja, o governante, pois possui caráter de ouro e utiliza a razão.
  • A segunda espécie de virtude é a coragem, deveria ser o peito do Estado, isto é, os soldados ou guardiões da pólis, pois sua alma de prata é imbuída de vontade. E, por fim,
  • A terceira virtude, a temperança, que deveria ser o baixo-ventre do Estado, ou os trabalhadores, pois sua alma de bronze orienta-se pelo  desejo das coisas sensíveis.

"O caráter íntimo, humano, religioso da filosofia de Platão é tornado especialmente vivo angustioso, pela viva sensibilidade do filósofo em face do universal vir a ser, nascer e perecer de todas as coisas; em face do mal, da desordem que se manifesta em especial no homem, onde o corpo é inimigo do espírito, o sentido se opõe ao intelecto, a paixão contrasta com a razão. Platão considera o espírito humano peregrino neste mundo e prisioneiro na caverna do corpo. Pensava que este deve transpor este mundo e libertar-se do corpo para realizar o seu fim, isto é, chegar à contemplação do inteligível, para o qual é atraído por um amor nostálgico, pelo Eros platônico".

 3.4 Platão - e sua ascendência democrática

 Platão orgulhava-se de descender do grande reformador Sólon. Mas foi um dos maiores críticos da democracia de Atenas.

 Pela tradição familiar, o seu destino deveria ser a política. Mas, a experiência dos políticos que governaram Atenas por imposição de Esparta (404/403 a.C), entre os quais estavam dois de seus tios, fez Platão afastar-se dessa forma de política. De acordo com o filósofo, uma cidade-modelo deveria distribuir os seus habitantes em três segmentos: os sábios deveriam pertencem à ordem dos governantes, os corajosos, que deveriam zelar pela segurança, à ordem dos guardiões, e os demais, responsáveis pela agricultura e comércio, fariam parte da ordem dos produtores. Mas ele mesmo explicou na conhecida VII Carta, que se desviou da carreira política devido à decepção com o regime tirano (dos trinta tiranos) que havia governado Atenas - inclusive no qual parentes seus exerceram elevados cargos - e que apesar da sua curta duração derrocado em403 a.C, foi cruel com os adversários políticos, maneira incomum para os costumes gregos, prática que decepcionou muito o grego Platão.

Quando a democracia foi restaurada, esse incidente envolvendo sua família provocou suspeitas sobre toda a sua família, inclusive atingindo o jovem Platão.

 3.5 A oposição de Platão à Democracia como Sistema absoluto.

O fator decisivo da aversão de Platão à democracia deveu-se ao julgamento e condenação a que foi submetido no areópago o seu velho mestre, o sábio Sócrates, que, sabe-se foi injustamente acusado de impiedade e de corromper a juventude ateniense quando pregava a suspeição dos deuses da cidade. Esse acontecimento marcante em399 a.C culminou com a morte do Sábio com cicuta (veneno oficial com que executavam os condenados em Atenas). Esse crime jurídico fez com que ele passasse a se dedicar, entre outras coisas, à busca de um regime político ideal que evitasse para sempre a possibilidade de reproduzir-se uma injustiça como a que cometeram contra Sócrates.

 Na busca da Sociedade Justa, após a decepção pela Democracia de Atenas, Platão idealizou propostas político-sociais, que, diríamos hoje "utópicas", e até as “inusitadas” como o himineu - vide o item 3.6, adiante - para gerar novas classes sociais! E até fundou escola onde tratava das qualidades dos indivíduos (formação, virtudes, e aptidões desenvolvidas) para que isso pudesse ser possível.

Na sociedade perfeita idealizada por Platão, cada pessoa ocuparia seu espaço corretamente, ou de acordo com suas aptidões inatas, e aquelas que foram desenvolvidas conforme as determinantes da psique humana que, segundo ele, se compunha de três partes: o apetite, a coragem e a razão. Se cada indivíduo ocupasse seu lugar social corretamente não haveria injustiça. Com este pensamento Platão infere que a injustiça tinha seu ponto de partida na posição errada que pessoas ocupavam na sociedade. Com isso também infere que os algozes de seu mestre Sócrates eram pessoas que estavam na posição errada vez que cometeram tal desatino contra a justiça (dikê)!

 Vale também entender que a concepção de justiça idealizada por Platão – justiça pela qual se implantaria a sociedade justa – não tinha a mesma nuance acalentada nos ideais de sociedade justa de Hoje. Na sociedade justa platônica isso significava a consciência individual de cada um quanto à posição a ocupar na sociedade (cada um fazendo a mesma tarefa, sem atropelamentos. "Ora, estabelecemos, e repetimos muitas vezes, se bem te recordas que cada um deve ocupar-se na cidade de uma única tarefa, aquela para a qual é mais bem dotado por natureza"

 Platão, "A República". Livro IV, 432 d - 433b: esta ordem social (posição das pessoas em sociedade) fundamenta-se na Teoria da Física exposta por Aristóteles em que os corpos de maior peso ocupam a posição mais central do Universo; e os mais leves orbitam aqueles. Tese esta, diga-se, bem nítida na Ciência cosmológica, fundamentado mais tarde por N. Copérnico inclusive, nos Sistemas solares.

 A Teoria de sociedade de Platão soava bem; mas se implantada geraria um sistema muito parecido com que ainda hoje existe em certos países do Oriente: o sistema de castas em que indivíduos precisam conformar-se com o status social (classes dos filósofos, dos guerreiros e a do povo comum) de qual provém por herança genética. O que chama a atenção nesse ideal de Platão é que para ele isso era um Princípio, ou seja, a alteração dessa Regra significava subversão social que era a origem das convulsões (instabilidades) sociais! E, seguindo a sina de quase todos os ideais, este também foi, na linguagem de Platão, 'subvertido' na Era Moderna pelo Conceito da “luta de classes” – assunto explorado por Karl Marx.

 Vale também cogitar que desde que a utopia patológica do pensamento de que Governos – não se importando com o Preço Social disso - têm de ser democrático ou que ‘todos devem governar’ - o ocidente agoniza entre o patético e o trágico! Impressiona a encarniçada e caprichosa rixa ocidental contra a verdade elementar de que “os que entendem de alguma coisa são os que devem Governar”. A Questão não é descobrir se são filósofos, tecnocratas; ou outras terminologias! O que é preciso exorcizar do Ocidente é a fatal ingenuidade de que não precisa ter qualificações para governar ou que ‘bastaria à maioria votar’ para que tudo em um Estado dê certo!      

 O Pensamento platônico – como ocorreu com todas as Cogitações Profundas – tem sido explorado em nossa Era tanto para inspirar utopias libertárias; como as autoritárias que nem sempre traduzem o Pensamento do Autor dessas Idéias.

           Não vemos nem em Sócrates ou em Platão uma receita de Governo absoluta – por isso repudiavam a pretensa democracia ateniense; e, se vivessem atualmente, também seriam Oposição em Regiões – bastante conhecidas, aliás – do Globo Terrestre. Porque, Hoje, quase no final da Odisséia humana, já percebemos que não há uma receita milagrosa de governo. Sim Propostas para uma discussão autenticamente filosófica – como a que segundo eles era a mais viável para seu tempo.

 3.6 Platão e suas propostas político-sociais de ‘direitos democráticos’; e o ‘himineu’.

 Ainda que possamos julgar utópicas as idéias de Platão - incitadas, diga-se, pela ‘náusea política’ que adquiriu pela democracia ateniense após a condenação de seu mestre – elas propunham estratégias para a geração dessas novas classes sociais. Propôs o himineu: casamento coletivo, segundo ele, era uma alternativa ao casamento monogâmico que estagnava as classes ou não permitia a mobilidade social. Mas o himineu deveria ter critérios (preservando as características de cada classe), e geraria os “filhos da comunidade” que se repartiram em novas classes sociais.

             Hoje o himineu (festa nupcial com finalidade puramente reprodutiva) seria bacanal ou orgia. Mas na proposta platônica tinha uma justificativa. Segundo ele se formariam famílias independentes, não ambiciosas pelo poder político dos clãs tradicionais e que proporcionariam uma estabilidade na ordem social. Esse processo de formação de renovação de classes sociais conseqüentemente aliviaria Atenas das eternas desavenças entre clãs de famílias poderosas. Então, no ideal de Platão havia mais que uma utopia social. Para Platão o himineu era uma estratégia política. Embora, pela aparência para muitos fosse apenas uma ‘festa’. E, hoje em dia, por falta de consciência política, é provável que tivesse valor ainda mais relativo - se é que possível encontrar valor mais baixo.

 Se o casamento coletivo de Platão provoca questões morais; por outro lado ele tinha propostas sociais bem atuais como sua defesa de direitos de igualdade das mulheres em relação aos homens. Porém, novamente no ponto de vista de Platão – tal como quanto ao conceito de justiça social – ha uma particularidade interessante em relação aos direitos feministas atuais, pois em Platão percebe-se o princípio cívico de que "cada direito tem a contrapartida de um dever". Assim, a igualdade de direitos femininos inclui tarefas; não apenas benesses como o aclamado pelos sociólogos (?) atuais. Platão defendia, por exemplo, que as mulheres deveriam também, como os homens, ir à guerra! E a justificativa para defender esse “direito” feminino também era estratégica. Pois, para ele a presença da mulher nos campos de batalha motivaria os homens a mostrar que eram melhores!

 3.7 Frases atribuídas a Platão entre seus muitos dizeres.

 

De todos os animais selvagens, o homem jovem é o mais difícil de domar.

 Deve-se temer a velhice, porque ela nunca vem só. Bengalas são provas de idade e não de prudência.

Quem comete uma injustiça é sempre mais infeliz que o injustiçado.

Tente mover o mundo - o primeiro passo será mover a si mesmo.

 Uma vida não questionada não merece ser vivida.

 Você pode descobrir mais s/uma pessoa em uma hora de brincadeira do que em um ano de conversa.

O livro é um mestre que fala, mas que não responde.

O que faz andar o barco não é a vela enfunada, mas o vento que não se vê.

 O bom juiz não deve ser jovem, mas ancião, alguém que aprendeu tarde o que é a injustiça, sem tê-la sentido como experiência pessoal e ínsita na sua alma; mas por tê-la estudado, como uma qualidade alheia, nas almas alheias.  

No imposto profissional a justa paga mais e o injusto menos, sobre o mesmo rendimento.

Calarei os maldizentes continuando a viver bem; eis o melhor uso que podemos fazer da maledicência.

É possível descobrir mais sobre uma pessoa numa hora de brincadeira do que num ano de conversa.

Os olhos do espírito só começam a ser penetrantes quando os do corpo principiam a enfraquecer.

São muitos os que usam a régua, mas poucos os inspirados.

Onde não há igualdade, a amizade não perdura.

A paz do coração é o paraíso dos homens.

 Os filhos dos homens, dentre todos os animais jovens, são os mais difíceis de serem tratados. 

Não há ninguém, mesmo sem cultura, que não se torne poeta quando o Amor toma conta dele.

 Tudo quanto vive provém daquilo que morreu.

Todo homem é poeta quando está apaixonado.

Muitos odeiam a tirania apenas para que possam estabelecer a sua.

Não há nada bom nem mau senão estas duas: a sabedoria que é um bem e a ignorância que é um mal.

Buscar e aprender, na realidade, não é mais do que recordar.

Quem ama extremamente, deixa de viver em si e vive no que ama.

A necessidade que é a mãe da invenção.

 4. Sofistas.

4.1 O fundamento sofista.

 Os sofistas, sécs. IV e V a.C. expressavam seus pensamentos através de sofismas.

 Filósofos pós-Platão e Aristóteles denunciaram os sofismas. Para eles os sofismas eram: “Teses Contraditórias com artifícios de linguagem e raciocínios enganador-embaraçosos, para confundir os interlocutores”.

 À sua época, os sofistas predominavam. Eram reconhecidos como pessoas de grande saber. O Estado (Atenas) os contratava para ensinarem os jovens a ser cidadãos da nova democracia ateniense; não guerreiros como tradicionalmente.

 Seus maiores ícones foram: Protágoras de Abdera e Górgias de Leontinos. O primeiro formulou o pensamento que foi a essência – e também o motivo da desmoralização dos sofistas – de que “o homem é a medida de todas as coisas”. E Górgias afirmava que o ser não existe, portanto impossível identificá-lo. E que se alguém tentasse não definiria o ser. Dessas cogitações, concluía aquele pensador “seria impossível conhecer o ser”.  

 Com seus pressupostos os sofistas se opunham a todos que pretendiam discernir a Existência e seu Universo. Para eles, tudo o que transcendia os sentidos era impossível comprovar.

 4.2 O Pensamento Sofista – ponto de vista crítico dos Grandes Filósofos.

 Os sofistas nem sequer se aperceberam do seu equívoco. Submeter o universo (tudo que existe) ao limite dos sentidos humanos. Para eles a enlevação do conhecimento intelectual era o céu (limite), o nível de saber máximo que o homem poderia chegar! Assim, podemos dizer, elevaram o 'materialismo' a lugar ainda não visto até então.

 Comparando os grandes equívocos do passado com os atuais, pode-se afirmar Hoje que o pensamento em si não destrói o pensador; mas se a base ou o fundamento for inconsistente/incoerente – pretensão do que seja um alicerce de pensamento – isso pode destruir toda uma linha racional! No caso dos sofistas, eles pretenderam que a mente humana fosse o centro do Universo, ou o "Fonte do Conhecimento de Causa; não o entendiam concorrentemente como um ‘recurso, canal ou meio do Conhecimento’!

 Por isso, já na época de Platão os pressupostos sofistas eram tão discutíveis a ponto de soarem ridículo. Aristóteles condenou-os classificando-os como a “deformação da lógica”, tanto no aspecto intrínseco como extrínseco. Platão, quando instado sobre o que era um sofisma, propunha as seguintes assertivas ilógicas: “quem aprende? Quem sabe ou quem não sabe? Quem sabe não precisa aprender! Mas como quem não sabe pode saber o que aprender”?

 A base da retórica dos sofistas era tão discutível que, pode-se dizer: eles mesmos implodiram-se. Perderam-se na sua própria filosofia ou ‘entre mil filosofias’ - como no refrão de uma canção popular. Qualquer pensante, por mais incipiente que seja, percebe as inconsistências das idéias dos pensadores sofistas. Ora, eles eram pagos pelo Estado para ensinar (aos jovens serem homens públicos – sábios - com capacidades específicas de bons governantes: saber falar; ter idéias firmes, etc). Então, se os jovens teriam que ‘saber previamente - segundo seu axioma principal – o que deviam saber’! Então os sofistas não tinham convicção da utilidade do seu próprio ensino! (Quem aprende? Era a sua questão!). Logo, eles estavam se declarando inúteis ao Estado, a quem deveriam ser úteis, por receber pagamento para ensinar.

 Isto nos lembra uma máxima popular de que: “o que presta, presta-se. Mas o imprestável, nem vale emprestar”. “Nem gratuitamente vale a pena”. E, na Palavra: “ao que tem, terá de sobra; mas o que não tem, até que o que pensa ter não tem”.

 Os sofistas quiseram “seqüestrar” o conhecimento com pretensão de subjugá-lo ao intelecto humano cogitando que este seria “o detentor da sapiência”! Mas os ícones da autêntica filosofia legada à Civilização, ao contrário dos sofistas, colocaram-se a serviço da Sabedoria sem fazer desta a sua propriedade particular. Destacam-se dois (2) ícones do pensamento que foram marcantes à Luz do espírito humano. Sócrates defendia A Sabedoria com Personalidade Própria. E eximia-se de pretensão de apropriar-se ou tornar-se “proprietário da Filosofia”. Ante ao reconhecimento de que possuía um pensamento excelente, respondia: “só sei que não sei de nada”. E mais tarde outra Escritura Registra: “aquele que diz saber, ainda não sabe como convém saber”.

 4.3 Considerações sobre os sofistas

Certos editores enciclopédicos – por ex. a Enc. BARSA - pecam quando opinam sobre questões da História da humanidade. Pode-se dizer que é uma intromissão lamentável. Mas ao afirmarem que ‘os sofistas levaram a Filosofia à falência na sua época’, foi uma intromissão acertada, uma feliz exceção à Regra. Os prejuízos às civilizações antigas pode se repetir atualmente devido às distorções do pensamento. Os sofismas rapidamente se espalharam no mundo antigo. Na Era Moderna espalham-se como “vírus”. Na antiguidade, por sorte o pensamento socrático trouxe um ‘renovo’ à Filosofia.

 Mas as aberrações do pensamento sempre assombraram a filosofia ocidental. Até mesmo as Teorias Científicas já foram torcidas. Atualmente vivemos às voltas com a aberração da Teoria de Darwin que sofreu uma distorção que assedia o Pensamento. É impressionante a semelhança entre o exagero da importância do intelecto - como ‘o Centro do Universo’ - dos sofistas; e a tendência absolutista que alguns atribuem à Teoria da evolução nesta Era. Os desdobramentos são desastrosos contra uma civilização quando o que é periférico torna-se ‘o Centro’; e vice-versa. Lembra Antigos “Ais” a quem inverte Valores. O Texto (ARC) diz: ai de quem faz da luz trevas. Coincidência?! Na 'Idade da Escuridão' a Europa medieval gemeu sob densas trevas no espírito humano ao acreditar que a Terra era o Centro do Sistema.

 Após a inquisição de Galileu, o instaram se ele havia negado a Heliocêntrica e ele respondeu: “neguei. Mas, ela se move”. Declaração importante porque em plena Era de Escuridão no intelecto fazia brilhar a Verdade que “a terra não era e nunca foi o centro do Universo”. Ora, os cientistas genuínos não se digladiam com pseudo-religiosos. Os verdadeiros cientistas que defendiam o Sol Centro do Sistema sabiam que a Ciência acalentada por eles logo seria evidenciada; e os Impostores da Ciência - até hoje incólumes, Pasmem! - amargariam por toda a História a sua Vergonha. Aterrador, pois parafraseando as Escrituras nem sequer sabem o que é envergonhar-se. Hoje, em pleno século XXI, repete-se o erro do séc. V a.C. Vemos teóricos (não-cientistas) da evolução das espécies roubando o Mérito do Criador, e atribuindo-a a matéria e ao acaso!

 É fácil detectar a pretensão sofista (elevar o intelecto ao Centro do Universo, ou a Fonte do Pensamento), como também o intento dos pseudo-evolucionistas: atribuir o Poder da Criação à Matéria ou acaso (à “abiogênese” que é uma das falsas teorias da existência espontânea há muito decaída!). Da mesma forma que os falsos pressupostos ameaçaram a Expressão Filosófica naquele tempo, os sofismas da atualidade atentam contra o bom senso humano hoje em dia. O que diriam os gênios (da Literatura, Arte, Música...) se suas geniais criações fossem atribuídas ao “acaso”?! E se O Prêmio Nobel se transferisse ao “acaso”! Sem dúvida, se a pseudo-evolução viesse a tornar-se Ciência – queiramos que não – a Humanidade retrocederia ao pensamento de sofista! Mas, regredir para onde? Atribuir A Criação ao acaso, seria procurar Falsa Referência ao Conhecimento. E, se o Ponto de Partida e de Chegada, ou se A Referência for falsa, para que servirá o Conhecimento?! Como responder as Questões Humanas, se a falsa-ciência embrutece e apaga a luz do espírito humano?!       

 Sabe-se, por bom senso, que os sentidos são instrumentos, canais pelos quais a Ciência chega à Humanidade. Por exemplo, a mente, auxiliada pela visão e por instrumentos óticos proporcionou a Luc Montagnier identificar o vírus HIV. Porém o “mérito gerador, o Centro sob o qual orbita o Conhecimento, é a Própria Ciência; não aos instrumentos óticos, nem ao próprio olho do cientista”.

 Hoje certas Áreas da Ciência clamam para surgir novamente pensadores como Sócrates que digam: sei apenas que nada sei. Expressão esta que Eleva a Ciência ao seu lugar devido; jamais uma simples propriedade da mente humana. O cérebro jamais pretenderia por si mesmo ser “O Guia” da humanidade. Esta pretensão, portanto, é um delírio sofista que assombra  a Humanidade até nossos dias.

 Os mesmos contra-sensos da antiguidade persistem contrários ao bom senso nesta Era, e isso em área vital: A Origem do Homem. Questão que os excessos da Teoria evolucionista colocam em xeque valores Morais, éticos da Humanidade. E os ‘sofistas’ da atualidade são espantosamente astutos. Um defendeu com tanto 'fervor' a evolução das espécies em caráter absoluto que ficou conhecido no séc. XX como o cachorro bravo (Pit bull) de Charles Darwin!  Embora, conhecendo o Cientista e o objetivo da sua Teoria, Darwin em verdade o desprezaria pelos disparates, se aqui estivesse. Pois o tal “pit bull” chegou a preferir descender de um símio, a descender de humanos!

 Além dessa situação (homens preferindo descender de primatas) – que está longe de se resolver – os sofismas atuais podem ‘banir a Civilização’, se não forem banidos antes - já que são insolúveis e não respondem a Questões Humanas, segundo os Fundamentos da Filosofia. Pois sofismas abrem precedentes para que outros cientistas sejam ridicularizados por falsos defensores da Ciência, alem de Darwin. Por exemplo, o célebre axioma científico do pai da Química Moderna (Lavoisier) “na natureza nada se perde, nada se cria; tudo se transforma” pode permitir em mentes vazias um sofisma idêntico à ‘teoria da evolução, com o caráter vem assumindo ultimamente’. Pois o Princípio da Química Moderna ‘parece’ aprovar também que a Criação (A Vida) seria mera reciclagem da Matéria! Nada mais insultante para a “men sã”. Pois esta entende O Princípio da Ciência de Lavoisier. E a todos - que querem Saber – os Estudos de Lavoisier (Antoine-Laurent) objetivaram o Universo Material; não a Criação. A Enciclopédia Barsa registra que: “Lavoisier foi um dos primeiros cientistas a conceber e elaborar um método objetivo de representação do ‘universo material”. Era, portanto, um Químico que escreveu “Tratado Elementar de Química”, 1789. Ou seja, Tratado sobre a Matéria Física, jamais pretendeu intrometer-se na Criação. Mas, sabemos são comuns 'Transgenistas' da Natureza atualmente.

 Assim, se não resolvido logo a questão da Origem humana que foi posta em xeque (pelos falsos evolucionistas), tal como o Risco que foram para a Filosofia os sofismas no séc. V a.C, a Civilização ocidental corre sério risco de implodir-se também como ‘o mundo sofista’ nos primeiros passos da Civilização. É um prognóstico sombrio. Mas é fato que o Pensamento no Ocidente pode novamente, em plena Era – em que, pode parecer até ironia, se decanta a ‘evolução do homem’ – a Civilização, em verdade, está se autodestruindo! Atitude somente própria a seres sem a Razão!

 Só nos resta suspirar para que o espírito de Sócrates, i.é, a sua inspiração filosófica ressurja no século XXI para defender - senão resgatar - a mente humana da ameaça dos sofismas da atualidade.

 

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.Estado E Educação Em Platão

Santa Ceia - O cardápio do "Banquete" de Platão

Um Paradoxo Da Filosofia Na Educação

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