Cera vermelha



E o caos que caracteriza as novas formas de protesto em Marrocos, explorando a margem  de liberdade para exercer a pressão e aumentar  o nível de protesto, exigendo  melhores condições de vida, contra um poder da segurança pública incapaz de encontrar uma solução para a maioria dos problemas, sem se  importar com o nível ou o “grau de importância” das pessoas ou a situação.

Em Marrocos, um vendedor ambulante, filho de um aposentado das forças auxiliares, que tentou  erguir uma bandeira de Israel no telhado de sua casa, depois de perder o corrente de energia,  foi acusado de « desrespeito aos símbolos  do Estado», e na cidade de Barchid um indivíduo tentou atear  fogo na autoridade da pessoa do Alcade da região que assiste a demolição de uma construção irregular, e antes disso aconteceu em muitas cidades, onde outros tentaram colocar o fogo em seus corpos por razões semelhantes, enquanto um preso na cidade de Fez costurou sua boca em protesto, por motivos que só ele conhece.

Estas variedades de acontecimentos são a prova de algo  errado, e, claro, nada a ver com estas formas de protesto, que conhece Marrocos em termos da disseminação de consciência dos direitos humanos, mas sim pelo fato de enxergar no ato de protesto um fenômeno saudável, capaz de levar os responsáveis e os tomadores de decisão a rever a governança, baseada no nível da gestão dos cidadãos e da revisão das políticas públicas, prestando atenção para a margem e o sentimento de injustiça contra a população situada fora dos eixos principais das cidades.

Estamos diante de um novo comportamentos e gestos estranhos decorrentes da cultura   marroquina, tendo um limite para o protesto contra as novas situações sociais, as quais necessitam uma atenção especial e conceitos contrastados perante o limite da abordagem de segurança pública, que antes demonstrou a sua incapacidade e deficiência, timultuando o ambiente de segurança interna de alguns grupos.

Colcar o fogo em  corpo símbolo de protesto, por exemplo, é um indicador perigoso, traduzindo o grau de desespero e o limite  para uma categoria dos jovens desempregados,  enfrentanto a situação e portas fechadas da negociação seja com os político ou com os administrativos, acima de tudo, isso é um sino de alarme refletindo a incapacidade do novo governo em absorver a ira, mas abrindo a porta da esperança!.

Emfim é um fracasso total, porque não consegue dar um salto quântico no perfil social, longe das promessas e da linguagem da justificação, explicando a razão do «desvio» de manifestações e do protesto levando para ação e violências assustadoras, contra o silêncio governamental  que não faz sentido absolutamente nenhum.

 Lahcen EL MOUTAQI


Pesquisador Universitário

Universidade Mohammed V Rabat-Marrocos


Autor: Lahcen El Moutaqi


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