Quaresma




 

Quaresma corresponde a um tempo da Igreja Católica Romana ao qual se tende à conversão dos féis. Termo originário do latim – quadraginta – quarenta, que simboliza os 40 dias que Cristo ficou recluso no deserto.

Este tempo eclesial está sujeito a algumas restrições que abrange toda a liturgia da Igreja. É comum as missas serem mais breves, na quarta feita de cinzas omite-se o Hino de Louvor e a Profissão de Fé, sendo que o Hino de Louvor e a Aleluia omitem-se por completo durante todo o período quaresmal. Não é permitido o uso de instrumentos musicais durante as missas como o pandeiro, a guitarra, a bateria e chocalhos, são permitidos o uso de apenas um instrumento musical com a finalidade de sustentar o canto. Nos primórdios da Igreja, durante toda a Idade Média e até a reforma Litúrgica, acontecida no século XX, era comum o órgão se calar por completo, assim acontece até hoje em algumas igrejas, os altares e as imagens são cobertas de toalhas roxas, omitindo a alegria que as imagens dos santos representam. É proibido ornamentar os altares e oratórios com flores. É um tempo em que não há festas litúrgicas; cerimônias matrimoniais são poucos comuns, havendo exceções os noivos se abstêm de pompa demasiada.

A Quaresma inicia-se na quarta-feira de Cinzas e termina na quinta-feira santa. Na Sexta-feira da Paixão, é o único dia do ano litúrgico da Igreja em que não há a celebração da Eucaristia. É somente distribuída a comunhão aos fieis, que se preparam para a Cerimônia do descimento da Cruz e a Via Sacra, onde um esquife leva o Senhor Morto para o Sepulcro.

Outro fator interessante sobre a comunhão da Igreja, como em qualquer época litúrgica, antes da reforma ou o Concílio, as mulheres eram obrigadas a usar o véu durante as missas, sobretudo, ao receber a comunhão, que era dada na boca dos fiéis e o coroinha tinha função de sustentar uma patena de forma a impedir que a hóstia caísse. Quando, em raros os casos aconteciam de a comunhão cair no chão, o sacerdote suspendia toda a distribuição das hóstias que eram embebidas no vinho, era feito o recolhimento da hóstia e dissolvida n’água e depois se limpava o local e colocava a patena por cima para que ninguém pisasse. Em casos mais extremos, o coral e o órgão se calavam definitivamente em sinal de respeito.

 


Autor: Guilherme Campelo


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