Em busca dos frutos do espírito



Em busca dos frutos do Espírito

Havia um lugarejo onde viviam muitas e muitas formigas, que trabalhavam todos os dias em prol da sobrevivência do grupo, quando chegasse o inverno. As formiguinhas buscavam e traziam mantimentos e objetos que julgavam necessários. O lugarejo era chamado de Reino e como todo reino havia um líder, o Formigão. O Formigão tinha boa reputação, respeito, sabedoria e grande admiração por todos do Reino. Ele sabia lidar com as adversidades, diversas situações e contendas no Reino. Os trabalhos continuavam como sempre, mas em um belo dia houve um fato inusitado. Um grupo de nove formiguinhas começou a reclamar de todo o trabalho e o Formigão ouviu com paciência as razões que fizeram com que elas pensassem e agissem daquela maneira. Elas não entendiam o motivo de tanta luta, sem descanso. Depois de ouvir tudo, o Formigão então disse: - Vocês só reclamam, reclamam e reclamam! Se não trabalharmos unidas, nós não iremos sobreviver na próxima tempestade. Uma das formigas disse: - Nós trabalhamos e trabalhamos, indo e voltando todos os dias, já estou cansada e sem paciência. Nós não vamos conseguir terminar a tempo! Formigão: - Calma formigas, eu vou propor a vocês uma tarefa. Prometo que depois dessa tarefa vocês mudarão de ideia e verão a importância do trabalho em equipe. Outra formiguinha indignada disse: - Só fala em trabalho, só nisso! E a outra então respondeu: - Calma, o nosso líder poderia nos expulsar do Reino por causa da nossa desobediência, mas coube a ele nos propor essa tarefa. Vamos ouvi-lo. O Formigão no mesmo instante foi até a sala de artigos especiais e retornou minutos depois com nove sacolas, fez a distribuição das sacolas para cada formiga e disse: - Cada uma ficará com a sua sacola e será dada uma incumbência de grande responsabilidade. As demais formigas estão colhendo os frutos terrenos, vocês colherão os frutos para os dias difíceis. Cada uma de vocês será chamada de acordo com o fruto que irá recolher nas árvores do bem. Então a primeira formiga chamou de caridade, a segunda de gozo e assim sucessivamente até chegar na fé, a formiga mais magrinha de todas. O líder Formigão ordenou que elas só voltassem quando enchesse as sacolas, cada uma conforme o fruto designado e que voltassem juntas, porque uma dependia da outra para prover todo o Reino. A formiga chamada de benignidade disse: - E o que a gente ganha com isso? Até o momento só estamos cumprindo ordens. Acho melhor não irmos, prefiro ficar aqui e continuar a trabalhar! Já que vamos de novo obedecer às ordens do tal líder. Formigão então retrucou: - Eu estou apenas propondo uma última atividade, se por acaso voltarem da mesma maneira vocês poderão pedir o que quiserem. Não me importarei. As formigas se reuniram rapidamente e conversaram sobre essa proposta. Uma delas insistiu para que fossem e argumentou assim: - Vamos logo! Pegamos essas frutinhas bem rápido e a gente volta antes do anoitecer. A gente obriga o líder a nos dar cargos melhores e sairemos bem. Sem entenderem muito bem, as formigas foram até as árvores do bem. Andaram e andaram, se perderam e depois acertaram o caminho. Após um dia, elas chegaram no local que havia as árvores do bem e cada formiguinha procurou a árvore que dava o seu fruto. A caridade encheu a sua sacola, a mansidão foi enchendo, a paz caprichou e transbordou, a bondade estava quase cheia e assim continuou, até que todas encherão as suas sacolas. Quando voltavam da longa caminhada perceberam que faltava uma formiga, perdeu – se a fé. A benignidade falou as suas companheiras: - Alguém sabe onde está a fé? - Ninguém respondeu (Olhavam em volta e não a viam). O gozo se desesperou: - Não acredito! Perdemos a fé. E agora pessoal? O Formigão disse que não poderíamos voltar faltando um fruto. E agora? O gozo começou a chorar... A mansidão disse: - Calma! Calma! Vamos buscar e iremos encontrar! A paz se manifestou: - Não discutam, vamos procurar a fé! A temperança decidiu enfim falar: - Teremos que voltar e procurar a fé desde o início da caminhada. A caridade e a bondade optaram por esperar onde estavam. A longanimidade se sentou e também decidiu esperar com paciência. O gozo depois de tanto chorar, decidiu refletir e analisar em que parte do caminho que a fé deve ter se perdido. A bondade disse: - Tomara que nenhum mal tenha acontecido a fé, tão magrinha, tadinha... Depois dessa fala quem resolveu chorar foi a benignidade porque pensou que a fé poderia está morta. Após algumas horas esperando, as formiguinhas decidiram buscar a fé que estava perdida. A longanimidade no início recusou, mas há momentos que devemos ir em busca do que está perdido, ir em busca do que nos falta. A fé precisava de ajuda e os outros frutos precisavam dela para seguir para o Reino. Os frutos procuraram e procuraram, mas não conseguiram achar a fé. Depois de tanta procura, as formiguinhas sentiram fome e cada uma pegou um fruto de cada sacola e em comunhão se alimentaram. Naquele momento, as forças se revigoraram, as formigas estavam felizes e de boa aparência. Entretanto, começaram a imaginar que não encontrariam a nona formiga, porque lhe faltavam a fé. Aos poucos elas estavam perdendo as esperanças, porque não creram, visto que não se alimentaram do fruto essencial que é a fé. Sem ela, não há vitória, não há esperança, em meio há tempos difíceis. Todos os frutos se completam e a fé complementava o grupo. De repente, a caridade sentiu sede e decidiu ir até o rio. Então, o gozo disse: Gozo: - Lembrei! Lembrei! Os outros frutos: Lembrou o quê? Fala! Fala! Gozo: - Quando passamos pelo rio, a fé disse que tinha caído um de seus frutos perto da rocha e que iria pegar. Formigas: - Nós sabemos, mas então? Gozo: - Nós seguimos o caminho de volta e não a esperamos, então ela deve ter se perdido no rio. Temperança: - Vamos até o rio! Caridade : - O gozo não se engana, vamos lá! Chegando no local, os frutos acharam a fé dormindo. O gozo regozijou: - Que bom que te encontramos! A fé que não estava tão magrinha, porque se alimentou enquanto esteve sozinha, disse: - Eu sabia que vocês me encontrariam. Eu nunca perdi a fé! As restantes das formiguinhas alegram-se e se abraçaram. A bondade falou a fé: - Sem você, não poderíamos prosseguir! As formiguinhas voltaram ao Reino e contaram tudo o que havia se passado quando estavam na missão em busca dos frutos. O líder Formigão sorriu e falou: - Viram as mudanças que ocorreram com vocês? Trabalharam em grupo e não desistiram da fé. A buscaram e a encontraram. As formigas se abraçaram e se alegraram. Líder: Parabéns a vocês, porque não se separaram e cada fruto manteve a sua virtude. Agora, o Reino possui os frutos para os dias difíceis, os frutos que precisamos quando não houver mais esperança. Vocês buscaram os frutos e aprenderam muito, porque quando buscamos os frutos e nos alimentamos sempre, as bênçãos vem e Deus nos dá a vitória.

 

Referencia Bíblica: Gálatas 5. 22 “Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança”. 


Autor: Daiana S. Moura


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