Ira: expandir ou reprimir?



“Um tolo expande toda a sua ira, mas o sábio a encobre e reprime”. PV 29.11

 

Convivemos diariamente com notícias de violência: atropelamentos, assassinatos, brigas, xingamentos, roubos, etc., frutos do desequilíbrio humano. São cenas de selvageria, de falta de controle e acessos de raiva que não tem limites. Pessoas são assassinadas a sangue frio, os crimes tomam uma dimensão incontrolável, a ponto das autoridades buscarem não mais a extinção de determinadas práticas, mas conservá-las em um nível “aceitável”.

Sabemos que tudo isso de dá pelo afastamento do homem de Deus e, por conseguinte dá lugar a sua natureza pecaminosa e o resultado disso é a falta de amor ao próximo e o desejo de possuir e satisfazer desejos a qualquer custo.

Vemos os homens expandindo a sua ira, usam os automóveis como armas, não há respeito às leis, os rostos são desafeiçoados por conta das expressões que definem os sentimentos que estão no coração. Estão cheios de iras, não há perdão, não piedade. Hoje vivemos num quadro de banalização da vida, mata-se sem motivo, agride-se por prazer ou curtição. Tudo isso pela recusa da sabedoria. a sabedoria deu um banquete e poucos se habilitam a comparecer.No banquete da ira, da discórdia , da contenda, do ódio, muitos senta-se em suas mesas e se fartam.

Entendo que quanto mais nos aproximamos de Deus, mais nos parecemos com ele. Quando distantes dele expandimos toda a nossa carnalidade, e assim somos homens cruéis, desafeiçoados, pobres cegos e nus; mas quando buscamos a face do Senhor o nosso rosto brilha.

Isso não significa que não estamos propensos a irar-se, é natural, tanto que a Bíblia declara: “irai-vos, mas, não pequeis”. Uma coisa é ser surpreendido com uma injustiça, algo brutal e irar-se, é muito comum devido ao senso de justiça que há dentro de cada um, apesar de existir pessoas que parece não os ter; mas a questão está em como lidar com esse sentimento. O tolo expande pago com a mesma moeda, extravasa em acessos de raiva trazendo conseqüências irreparáveis, e muitos destes, depois da ira, acabam se arrependendo ou demonstrando remorso, porque de fato a ira cega.

A sabedoria é demonstrada pela maneira que lidamos com a ira. Quando damos vazão a ela agimos com impulso carnal e demonstramos vingança. Quando reprimimos a ira não sai da nossa boca palavras precipitadas, nem atitudes de violência. Bom é ficar perto do Senhor e permitir o seu governo sobre nós.

Alguns irão dizer que reprimir não é bom, por quer as conseqüências podem ser piores para quem reprime, pode gerar até doenças, pode causar infarto, entre outros males. Reprimir não significa não agir, é agir com domínio próprio.É falar quando se percebe que aquele é o melhor momento, é conseguir raciocinar no momento da raiva, para que a ação não seja desproporcional à afronta.Por isso não é bom repreender o filho na hora da raiva, por isso não é bom discutir situações na hora da cólera.Muitos casais movidos pela raiva, ciúmes acabam pondo fim a relação devido a essas circunstâncias de não refrear, de não encobrir.

Uma coisa a se fazer é pedir ajuda ao Senhor! Há pessoas que diz não saber controlar a raiva, há outras que não se conhecem, e outras que não se dão conta o quanto estão fazendo de mal a si e a outros que o cercam, porque expandem a sua ira. Deus pode nos ajudar à medida que nos submetemos a ele. Nós precisamos nos esforçar para que sejamos geradores do fruto do espírito, e assim colheremos os resultados de justiça e de paz.

                                                                                                                                                      

Jezias Ferreira

10/04/2012

 


Autor: Jezias Ferreira Da Silva


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