Mais um dia...



Mais um dia...

Os pensamentos começaram a aparecer devagarzinho, como que não querendo nada, fazendo com que eu me virasse de um lado para o outro da cama... Era sinal de que já estava chegando à hora de acordar. A vontade de dormir mais um pouquinho mantinha meus olhos fechados... Mas de nada adiantava, pois o dia havia chegado e com ele tudo que eu teria pela frente, fizeram com que eu saltasse da cama e vestisse a persona do dia que se apresentava. E assim, lá ia eu para mais um dia, que poderia ser igual a tantos outros que eu já havia vivido ou que poderia ser muito diferente. Tudo dependeria tão somente de como eu me propusesse a vivê-lo. Eu poderia dar tudo ou nada de mim.                                                        Eu poderia deixar que conduzissem meu dia ou eu poderia conduzi-lo. Se eu permitisse que o conduzissem, seria por meu comodismo ou seria porque eu só sabia caminhar com uma bengala? Se eu o conduzisse, seria porque eu me sentia capaz de tomar todas as decisões que fariam de mim um ser melhor, um ser digno, capaz de lidar com a raiz de meus problemas e resolvê-los, usando informações colhidas pelo caminho?                                                 Eu poderia ir para o lado melhor ou para o lado pior, para o lado do bem ou o lado do mal, ser feliz ou infeliz. Eu poderia...                     No decorrer desse dia, eu faria a vontade do outro ou a minha? Se eu fizesse a vontade do outro, seria para agradá-lo ou para que ele a mim agradasse? Se fizesse a minha vontade, seria para agradar-me ou para desagrada-lo?                                                                   Quantos questionamentos, quantas respostas pedidas...                  Mas como estou de bem com a vida, desejosa de realizar tudo o que me propus, afasto a cortina, abro a janela, desejo um bom dia ao dia e na certeza de resolver da melhor maneira possível o que tiver que ser resolvido, sai do quarto, disposta a ver em cada problema que surgir, uma oportunidade de aprendizado para alcançar o que deve ser alcançado.                                                                               “Todas as coisas são difíceis e não se pode explicá-las com palavras. A vista não se cansa de ver, nem o ouvido se farta de ouvir. O que foi, é isso mesmo que será. E o que foi feito, é isso mesmo que vai ser feito: não há nada de novo debaixo do sol...” Ecl. 1,8-10.

 

 


Autor: Heloisa Pereira De Paula Dos Reis


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