''Altas culturas''
RESUMO
Com base nas leituras propostas e nos trabalhos de sala de aula, discutiremos o conceito de “altas culturas” para as sociedades americanas anteriores a chegada do europeu à América.
INTRODUÇÃO
Iniciaremos nosso trabalho discutindo o fato de que quando os europeus chegaram à América, encontraram populações em diferentes níveis de desenvolvimento cultural. Aqui viviam diferentes povos tanto com culturas bastante diversificadas, quanto com caráter social bastante desenvolvido. Uma das questões abordadas quando tratarmos de cultura na América é o emprego da palavra “índio” para classificar os povos que aqui se encontravam antes dos europeus. Termo muito utilizado, e que generaliza um mundo de diferentes contrastes, fruto das concepções errôneas dos europeus. A diversidade cultural encontrada nos vários povos habitantes da América é enorme, não há culturas idênticas, cada um conserva a sua particularidade. Condição que não é tratada ao utilizarmos a palavra “índio”, da forma como está, à diversidade cultural aparenta não existir, pois aponta como sendo a população indígena única, singular e não plural.
Algumas condições foram essenciais para o desenvolvimento desses povos, a evolução cultural foi favorecida por suas condições geográficas, onde desenvolveram altas culturas e grandes civilizações. Estas surgiram, no México, Peru e Colômbia e grande parte da América Central. Em geral, essas civilizações possuíam algumas características: eram urbanos e, portanto, viviam na cidade; possuíam uma alta estratificação social, cujo topo é ocupado por um imperador ou rei de origem divina, por que não gozam de poderes absolutos comparáveis a qualquer outro integrante uma sociedade totalmente hierárquica; comércio altamente desenvolvido por expandir em territórios remotos para encontrar matérias-primas para a produção de artesanatos e colocar o excedente de produção; grandes avanços científicos no campo arquitetura, da matemática, medicina, escrita e astronomia.
Com a chegada do europeu no final do século XV, houve um grande choque cultural, tanto para o europeu, quanto para os povos indígenas. Até então, detentores do conhecimento, ora dominados pela Igreja. De um lado brancos pregadores da moral cristã, imbuídos do imaginário de colonizador, dispostos a sobrepor-se a qualquer obstáculo para concretizar seus objetivos. De outro, comunidades com uma gama enorme de diversidade cultural, com valores sociais diferentes, e com a dominação de um tipo de conhecimento, que não eram de maneira nenhuma aceita pelos europeus. Como um mundo novo poderia possuir técnicas tão desenvolvidas, às vezes muito superiores as do velho mundo? Dessa forma, a única maneira de sobrepor o domínio do conhecimento sobre o “outro”, era destruí-lo, ou seja, o europeu seria o único dono do conhecimento, a sua cultura deveria ser superior à cultura do novo mundo. O impacto do descobrimento é uma das questões mais polemicas que o historiador se depara quando se trata de história colonial da América; Primeiro, pelo fato de não existir imparcialidade de quem escreve assim os textos são tendenciosos; Segundo, pela questão de que a maioria das fontes advém dos colonizadores, raras são as exceções onde se encontram documentos mostrando o imaginário indígena sobre a chegada dos europeus.
Portanto, a questão do conceito de altas culturas, deve ser muito bem analisada, porque pelo que foi visto nos textos e nos documentários disponibilizados, é um tema muito discutido até os dias atuais. Sabe-se, porém, que os povos que habitavam a mesoamérica, eram povos extremamente inteligentes e com um perfil social bem definido. Muita coisa se perdeu com a chegada do europeu à América, e muito ainda há por se descobrir, cabe ao historiador, fazer suas análises e interpretações e a sociedade preservar o que ainda resta dessa sociedade que muito nos ensinou e compartilhou da sua cultura.
REFERÊNCIAS:
ARIAS NETO, José Miguel, org. Textos didáticos – História da América. Curitiba, 2007. 47p.
DOS SANTOS, Julierme Antonio. Monografia. Curso de Atualização de História indígena. UFPE. Recife, 2008. Disponível em: www.ufpe.br/nedal/mono/julierme.html. Acesso em 10-04-2012.
Everaldo Rufino da Silva
Graduando em História pela UniMSB