Humanização na assistência à saúde



 

I - INTRODUÇÃO

O objetivo ideal deste trabalho é mostrar em sua proporção o que significa o contexto "Humanizar", para tanto, faz-se necessário e imprescindível compreender o que é ser humano, (gente, pessoa) humanização começa e termina nas relações humanas. Visto aos olhos das autoridades de governos, a importância de criar dentro do sistema de saúde uma linha de conceitos igual para todos, qual seja, integralidade, universalidade, equidade e favorecimento às pesquisas e crescimento tecnológico, visando um novo saber. Apesar dos avanços que refere os princípios norteados pelo SUS, ainda há fragmentação do processo de trabalho e das relações entre os diferentes profissionais, a existência de pouca interação com as equipes e também o despreparo para lidar com a dimensão que envolve todo processo de humanização nas práticas de atenção a saúde. Com certeza esse processo se dá pelo baixo investimento na qualificação dos profissionais de saúde e falta de recursos específicos das entidades. O trabalho de equipe deve ser coeso e comprometido com as práticas de saúde e com os usuários em suas diferentes necessidades.
Não basta ter tecnologia de ponta, estruturas físicas compatíveis, resolutividade de serviços, se a equipe que presta assistência médico-hospitalar encontra-se despreparada para estar recebendo o paciente como é esperado e desejado por ele. É necessário que haja treinamento de equipes, no tocante a assistência prestada ao paciente. Hoje os hospitais vivem um momento peculiar em que é preciso avançar muito na direção da assistência prestada. Por um lado há a necessidade de melhoria e organização do sistema como um todo, ampliando o acesso de seus usuários e facilitando a desburocratização de ações.
É necessário que haja dentro do sistema um modelo de cuidado centrado na assistência direta ao paciente Um novo modelo de gestão e de atenção aos profissionais de saúde e os modos com que o controle social vem se exercendo, é portanto necessário e urgente. Necessário para que possamos garantir o direito a saúde para todos com dignidade e urgente porque é uma condição de viabilizar a saúde com resolutividade a todos, com profissionais comprometidos com a ética e com a defesa pela vida.
A humanização é um processo amplo, demorado e complexo, ao qual se oferecem resistências, pois envolve mudanças de comportamento, que sempre despertam insegurança e resistência. É claro que a não adesão envolve, além da relação do paciente com o profissional, fatores relacionados aos pacientes (idade, sexo, estado civil, etnia, contexto familiar, escolaridade, auto-estima, crenças, hábitos de vida), às doenças (cronicidade, ausência de sintomas), aos tratamentos (custo, efeitos indesejáveis), à instituição (política de saúde, acesso ao serviço de saúde, tempo de espera, tempo de atendimento). Deixando claro que a política de humanização não pode ficar reduzida a atenção aos usuários, deve ser vista como uma política que possa interferir em outras políticas, de um modo positivo, criando interação e possibilidades de intercâmbio entre os diferentes saberes e poderes que constroem o Sistema como todo.
Os padrões básicos de humanização parecem mais seguros, pois cada profissional, cada equipe, cada instituição terá seu processo singular de humanização. E se não for singular, não será de humanização. Para a implementação do cuidado com ações humanizadoras é preciso valorizar a dimensão social em todas as práticas de atenção e gestão no SUS, fortalecer o trabalho em equipe multiprofissional, fomentar a construção de autonomia, fortalecer o controle social com caráter participativo entre as instâncias gestoras, democratizar as relações de trabalho e valorizar os profissionais de saúde.
O processo de humanização para se efetivar, deve estar envolvido várias instâncias profissionais de todos os setores, administração, diretores da instituição, gestor municipal e conselhos assistenciais, deve-se considerar que na política pública um gestor não tem a mesma autonomia do setor privado, e que este depende da burocratização de verbas públicas, o que na maioria das vezes entrava o andamento dos serviços por falta de compromissos éticos e políticos.

 

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