Soneto de encontro
No alvorecer do dia, as aves do céu voavam
Soando seus cantos delicados.
Docemente meus cílios se cerravam
Atentos a contemplar o princípio dos amados.
De repente, num descompasso, as cores se transformavam
O vento cessava, semblante agitado.
Percebi as mudanças, quanto me incomodavam
Escuridão! O sumo espiritual já abalado.
A encontro do Eterno, o mar levava.
Descidas extremas, subidas abstratas, ondas meditativas
Logo me aproximava.
E já, depressa, o mundo principiava.
Enquanto distraída, por entre altezas contemplativas
Ele, aí, se encontrava.