Práticas educativas nas escolas estaduais de tempo integral do estado do tocantins, no âmbito da secretaria estadual de educação, uma análise crítica.



As escolas de tempo integral vêm se tornando parte da realidade atual da educação no Estado do Tocantins, com o foco na formação integral, com atividades tanto em sala de aula, quanto fora dela, as atividades complementares como oficinas de arte, literatura, esportes e informática, proporcionam a extensão da jornada escolar, que perdura por todo o dia, nos períodos matutinos e vespertinos. Os alunos permanecem nessas escolas com o consentimento de seus pais, que veem a possibilidade de uma ocupação saudável para o tempo ocioso de seus filhos. Com um percentual muito grande de alunos oriundo de famílias de baixa renda, essas escolas prometem muito, e oferecem menos do que se espera.

Outros fatores preponderantes, que atrapalham o bom andamento deste projeto tão virtuoso é, a saúde, o entusiasmo e principalmente, a formação de seus docentes.

Este trabalho coloca em foco tanto a problemática no âmbito do ambiente escolar, sua estrutura física e seus suportes, quanto no contexto das práticas educativas, com relação aos docentes, e suas barreiras e dificuldades na sala de aula. Procurando responder os seguintes questionamentos:

O ambiente físico é adequado a essa modalidade de ensino?

O corpo docente da escola está preparado? É capaz de desenvolver este trabalho de forma gratificante e eficaz?

Ao analisarmos a trajetória das escolas de tempo integral do Estado do Tocantins, percebemos que estas escolas foram idealizadas e implantadas sobre os alicerces de escolas tradicionais, onde alunos estudavam por um determinado período do dia, e no ano seguinte se viam em uma escola onde deveriam ficar por todo o dia. Com ideias utópicas, essas escolas prometem uma metodologia magnífica e teoricamente perfeita. Porém, este ambiente físico que antes eram apenas escolas tradicionais, não possuem uma quadra de esporte, vestiários, banheiros, local apropriado para descanso, e muito menos condições financeiras para manter esses alunos por todo o período diurno.

Em entrevista há alguns professores de uma dessas escolas através de um pequeno questionário, os mesmos me relataram que por várias vezes faltam até papel higiênico nos banheiros, um absurdo para uma escola onde os alunos passam todo o dia.

Com a aplicação desse questionário com os professores, todos reclamam do excesso de trabalho, e do desvio de função. A maioria dos professores são pedagogos, e o que se percebe, é que estes profissionais, preparados para lecionarem nas séries iniciais, também estão dando aula em disciplinas especificas como espanhol, português e matemáticas para os demais ciclos do ensino fundamental.

Uma realidade divergente do que se espera de uma escola previamente planejada e com objetivos brilhantes, porém, pouco se ver sua aplicabilidade na prática.

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Autor: Kledston Leandro Pereira Moura


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