A elite
Somos a elite, êles afirmam. Os operários ganham o seu soldo; O pais cresce e enriquece. Somos a elite, êles afirmam. Os soldados mantém a ordem; Os médicos a todos atendem. Somos a elite, êles afirmam. Nossas mulheres vão ao Concêrto, ao Lírico; Nossos filhos às faculdades no exterior; Nossa filhas lêem os Anuários. Somos a elite, êles afirmam. Os melhores escultores de Paris; Para nossas escadas fazem os balaústres.
Somos a elite, êles afirmam. Os poetas cantam nossos parques, Os pintores catam nossas sobras. Somos a elite, êles afirmam. Para os seus jantares de classe; Acertam êles (a vinda de cantoras; De músicos e de bailarinas); Somos a elite, êles meditam. Depois baixam, cêrca da meia-noite, às ruas escusas da velha cidade; E, repletos de amor e de champanha Mandam para o céu os indigentes. Riem ao assoprar no etilômetro "Somos a elite", êles declamam. "Somos a elite", êles vomitam.
Autor: Moussa Simhon
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