Como é possível avaliar os “erros” de escrita das crianças no processo de alfabetização?



Como é possível avaliar os “erros” de escrita das crianças no processo de alfabetização? É possível avaliar os “erros” de escrita das crianças no processo de alfabetização através de três critérios: fonético, fonológico e ortográfico. A criança irá passar por etapas, a primeira é a fonética, depois a fonológica e em seguida a ortográfica, até dominar completamente o sistema ortográfico. A Fonética apresenta diferenças e representa diretamente os sons. A criança nessa fase (fonética) está no momento de dominar as capacidades prévias de alfabetização. A criança irá criar hipóteses (inconscientes), a primeira hipótese é a fonética e quando a criança comete algumas falhas nessa primeira etapa podemos chamar de falhas de primeira ordem. Exemplos de “erros” fonéticos: udiatodo, a belha, eucasei, etc, a criança escreve como fala, como ela pronuncia as palavras. A fonologia apresenta regularidades e não representa diretamente os sons, estamos na segunda hipótese, a hipótese fonológica e podemos chamar de falhas (erros) de segunda ordem. Nessa fase a criança de tanto ouvir a professora dizer o certo e o errado, irá criar uma regra a partir do erro cometido. Por exemplo: se a criança disser “matu” e escrever “matu”, a professora irá corrigir dizendo que se pronuncia com “u”, mas escreve com “o” – mato. Consequentemente quando a criança falar alguma palavra parecida, ela irá lembrar da regra na memória e associar a explicação e por exemplo quando pronunciar “bambu”, ela irá escrever “bambo”. Há outros exemplos de “erros” fonológicos como: escrevedo em vez de escrevendo, bodi em vez de bode, mioca em vez de minhoca, etc. A ortografia apresenta arbitrariedade, estamos na terceira hipótese e quando a criança comete “erros” nessa fase podemos dizer que ela comete falhas de terceira ordem. Os “erros” nessa fase podemos dizer que ela comete falhas de terceira ordem. Os “erros” são de letras concorrentes, maiúscula e minúscula, falta de pontuação e a falta de acentuação gráfica. Por exemplo: operaro em vez de operário, esperansa em vez de esperança, trese em vez de treze, Fada em vez de fada e etc. Não podemos dizer que a criança está alfabetizada se cometer erros fonéticos e fonológicos, será necessário a intervenção da professora nos pontos fracos. Se a criança cometer alguns erros ortográficos podemos dizer que ela está alfabetizada e esses erros serão superados gradativamente com o exercício da escrita e da leitura.
Autor: Daiana S. Moura


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