A Necessidade Da Prática Jurídica



Certo, uma rápida visita a qualquer livraria com um acervo suficientemente juridicamente amplo para vislumbrarmos a enormidade de opções de autores e assuntos concernentes à série de ramos do Direito.

Fato é que muitas das vezes nos vemos envolvidos a dezenas deles, com tantas indicações por parte do corpo docente fica às vezes difícil de localizar no meio de tantas novidades, raridades e obras tradicionais.

Ainda sobre a escolha dos livros, me lembro claramente da ponderação brilhante que meu professor de Introdução ao Direito fez e do qual me lembro constantemente, enfatizando sim a importância dos livros na construção de agosto de 2008.Gerais da Vara Cmtonio Carlos; Estos livros na construuçofessor de IED fez e que me lembro constantemente, enfatizando sim a importancia acadêmica e jurídica do estudante, porém ressaltando-se a necessidade de uma identificação, uma aproximação entre livro e pesquisador. De forma a conjugar paixão pelo conhecimento e opção editorial.

Faço aqui somente o apenso de eu ter podido encontrar aí uma boa noção pratica do que hoje é corrente para mim como devoradora de conhecimento, efetivamente me sinto muito mais a vontade no manejo com os livros, inclusive pra indicar determinados autores, simplesmente por ter tido uma abertura providencial em relação a isso bem no inicio do curso, talvez o momento crucial para a visualização de todo curso superior.

Cumpre esclarecer que a menção aos livros vem a ser um incentivo a buscá-los, jamais uma forma de enaltecê-los ou frisar sua soberania em relação àqueles que edificam hoje suas bases ideológicas e exalam futuras mudanças construindo as próprias doutrinas, seria um despropósito me apresentar de forma tão contundente.

O fato é que a doutrina disposta nos livros jamais formará profissionais aptos à execução da profissão. Exercer qualquer função que seja independente do ramo profissional que se pretenda seguir jamais exime o graduando de buscar habilidade prática e intensa.

Impossível a perfeita conscientização dos futuros profissionais, agora na qualidade de alunos, de sua função real quando formados. Na efervescente estação acadêmica torna-se quase impalpável a realidade do judiciário, fato que mesmo com a prática curricular exigida jamais será efetivamente satisfatória.

Sempre cri no sucesso profissional atrelado quase que instantaneamente a paixão pelo que se faz e ao empenho que se dá aquilo que se almeja, assim, obviamente estender ao máximo a amplitude daquilo que se estuda nos livros e nas salas de aula da faculdade seria uma forma quase premeditada de sucesso profissional, por analogia.

A exegese dos códigos e o maçante estudo excessivo da doutrina serão meras utopias diante da realidade encontrada em nossos tribunais, na prática se assevera uma Justiça voltada para a realidade social, assegurando assim, cada vez mais, àqueles que recorrem a ela a concretização de sua missão dentro da sociedade.

As Varas comuns tendem cada vez mais a pretendida agilidade do Juizado Especial, visando resolução de situações conflituosas por meio de conciliação e simplificação processual. Essa necessidade de aplainamento judicial não está contida em nossas legislações defasadas e raizadamente elitistas, mas refletem a necessidade atual da diminuição do inchaço processual da máquina judiciária.

E só estando em contato direto com os meandros reais e atuais do meio jurídico se pode convergir ideologias individuais e estudo doutrinário num só propósito de formação profissional. Estando assim desde o princípio do curso em sintonia com o instintivo caminho do litígio por que se envereda a sociedade.

Os estudantes devem desenvolver apetência pela concretude judicial, estando incrustado raciocínio e prática a cada aprendizagem teórica tida em sala de aula.

Particularmente sempre tive consciência de que só se vive algo se entregando plenamente àquilo que se deseja, mesmo que os riscos sejam grandes e as possibilidades de fracasso existam. Porém, é importante ter em mente que só realmente se tem algo quando esse algo já é pra nós realidade, e bem mais fácil se torna manejar o inconsciente quando se vê diariamente essa realidade pretendida desenhada no dia a dia.

Tenho visto isso ao longo dos meus estágios, vejo hoje o judiciário sem máscaras imponentes ou caráter de inatingibilidade.

Dia após dia vejo de um lado, meus esforços empreendidos extinguindo litígios, amenizando as dores da sociedade, dando esperança às pessoas que vêem na Justiça a última instância de auxilio, vejo a Justiça atrelada às elucidativas análises da Psicologia Forense, influindo diretamente em questões cruciais por que passam as famílias brasileiras; do outro, vou de encontro a uma materialização mais ampla do judiciário, o confronto claro da força de uma posição dentro dessa máquina e a realidade simplista e extremamente densa desse cargo, cada vez mais foco minhas atenções na unificação e propósito de se buscar essa congruência da Justiça, interessada em solucionar problemas não agrava-los ou deteriorar as relações humanas.

Desde então tenho me visto profissionalmente mais humana e mais consciente das discrepâncias que maus operadores do direito fazem da Justiça, disseminando uma idéia falsa e corruptível da aplicação da Lei.

Precisamos estar o mais rápido possível ligados em simbiose com a força magna da Justiça, e instintivamente acompanhando de perto seus verdadeiros meios de consumação obrigacional.

Entendo também que seja uma busca extremamente pessoal, pelos mesmos motivos defendidos posteriormente, pela simples assimilação a vontade intrínseca de cada ser humano, da importância de se seguir algo que te mova apaixonadamente.

Faz-se mister esclarecer, Justiça não se faz à risca das Leis, mas à ponderação da realidade.


Autor: SUE ELLEN SALES


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