Os 5 Marinheiros Atrapalhados



Eram conhecidos como os 5 marinheiros atrapalhados, todos os outros riam deles que jamais conseguiam ganhar uma competição no mar.

Tinham uma grande embarcação, que contava com os mais modernos equipamentos náuticos, mas de uma forma ou de outra sempre conseguiam ficar para traz nas competições.

O capitão, responsável pela coordenação dos trabalhos do grupo no mar, gritava, pulava, conversava, chorava, mas por mais que fizesse não conseguia que o grupo trabalhasse de forma harmoniosa e produtiva.

Quando o encarregado da âncora a jogava no mar, o responsável pelas velas as soltavam todas, e era aquela confusão.A embarcação nem parava, nem conseguia velocidade, rodando sobre si mesma e não saindo do lugar.

Ambos os encarregados, terminavam por se engalfinhar em acusações mútuas, colocando a culpa sobre o outro e sentindo-se explorado, incompreendido.

O encarregado das compras, comprava  mas não guardava os mantimentos, vestuários, lençóis e a água do mar acabava molhando tudo, e se guardava não  entregava na hora certa e por isso os marinheiros passavam frio e fome, aumentando a confusão.

Finalmente, o marinheiro encarregado de anotar, acompanhar  os dados como velocidade dos ventos, força da maré,etc, o fazia de forma tão irregular que geralmente eram surpreendidos por ventos fortes que os tiravam da rota.

Quando o capitão os reuniam sempre ouvia as mesmas desculpa:

-- Faço a minha parte cada uma faça a sua.

-- Se não faço melhor é porque não tenho tempo, nem quem me ajude.

-- tenho outras coisas para resolver.

Cansado de perder todos os prêmios e ser caçoado pelos outros capitães do porto o capitão, resolveu afundar o navio.

Sem avisar aos marinheiros de sua intenção levou a embarcação para alto mar e lá ficou a observar seus marinheiros atrapalhados, esperando o momento em que tudo acabaria, o navio afundaria e o mar engoliria a todos.

Novamente, o encarregado da ancora a lançou no mar e o encarregado das velas as liberou todas ao mesmo tempo, a comida mal armazenada foi molhada pelas ondas enquanto o navio girava feito pião, o encarregado das anotações gritou desesperado avisando uma tempestade de vento que já atingira o navio.

Desespero, confusão, brigas aconteceram e todos sabiam que o fim chegara.

O encarregado das velas começou a fechá-las para diminuir a velocidade , enquanto o encarregado da ancora vendo seu esforço foi ajuda-lo

. O encarregado das compras correu e trouxe casacos secos e luvas para todos minimizando o frio e cordas novas para amarrar as velas, indo ajudar os dois primeiros.

Ao sentirem a velocidade do rodopio diminuir o encarregado em anotar, pegou a ãncora e a jogou no mar  firmando o navio.

Passada a tempestade, o capitão surpreso percebeu que a embarcação continuava de pé e o leme de onde comandava a mesma estava mais leve e seguro, permitindo que conduzisse o navio até o porto mais próximo.

Os marinheiros, exaustos, mas felizes por não terem morrido no mar se cumprimentavam, elogiando o trabalho um do outro. E juntos fizeram uma refeição.

O capitão nada comentou e, dias depois participaram de uma grande competição no porto, da qual saíram vencedores.

Ao serem entrevistados os marinheiros responderam, que haviam vencido porque:

__ Aprendemos a trabalhar um com o outro e não um contra o outro, descobrimos que se não formos capazes de ver o navio como um todo do qual somos responsáveis, acabaremos ficando no fundo do mar com uma ãncora, uma vela, anotações, e os mantimentos sobre nós.

A ÚNICA FORMA DE NÃO AFUNDAR É NAVEGAR JUNTOS, APOIANDO-SE MUTUAMENTE, FAZENDO NÃO A MINHA PARTE, MAS O QUE FOR PRECISO PARA DEIXAR O LEME LEVE, E ATRACARMOS NO PORTO DA VITÓRIA.

Autor: Maria Janete de Carvalho


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