O Jornalista Do Novo Século



O Jornalista do novo século

 

 

Por Letícia Veloso

 

 

Comumente discute-se o papel do jornalista no contexto atual, especialmente frente às novas tecnologias, qual seria a função do jornalismo? Qual é a importância da ética? Aliás, o que significa ética?

 

Podemos conceituá-la com base na Grécia Antiga, na qual a palavra grega ethos relaciona-se com  modo de ser, caráter e está intimamente ligada à moral, que provém do latim mos,mores e que culmina em moral, a qual também possui relações semânticas compatíveis com o conceito grego.

 

Em tese, a ética é extremamente subjetiva, pode se tornar fator regulador de normas, no caso do jornalismo há um Código de Ética vigente e que em algumas circunstâncias legitima  aspectos relacionados às práticas jornalísticas. Apesar de sua subjetividade, não se pode negar sua importância  como ponto norteador.

 

A verdade é que o jornalismo desta era se vê constantemente questionado, sob o ponto de vista ético. Fala-se em sensacionalismo como as coberturas do caso Nardoni por exemplo,  nas quais resultaram em meras reproduções de conteúdo, ao passo que outros temas essências para discussão tornaram-se coadjuvantes. Aliás, falta debate consistente e sobra idéias rasas e vazias.

 

Um caso que reflete a exaustão da abordagem de um fato as reportagens televisivas sobre os ataques do PCC.Heródoto Barbeiro em entrevista ao site Almanaque da Comunicação qualifica as coberturas midiáticas como “ desastrosas, sensacionalistas e desprovidas de notícias”.

 

O jornalismo do nosso tempo precisa de alguns ajustes, talvez pitadas de ética e bom senso. E quem sabe certa independência,  com menos reproduções de conteúdo. O que acontece na prática são os mesmos enfoques e personagens ditados pelas Agências Internacionais, o famoso fluxo de notícias que procede do norte desenvolvido para o sul,em processo de desenvolvimento(em alguns casos).

 

 

A função do jornalismo,pelo menos na teoria, está na vigilância social.Pode parecer utopia, porém, de fato o jornalista é o elo entre a sociedade e os fatos que a norteia. Na prática, seria necessário publicar conteúdos desprovidos de interesses escusos e com função realmente social, a qual tende a contribuir positivamente para o meio social.

 

Aplica-se a necessidade de vigilância permanente, não apenas denúncias que trazem o furo jornalístico e evidenciam o veículo que chega primeiro, dotados de slogans do tipo; “ Primeiro lugar de audiência, Exclusividade é aqui”. Isso pouco importa, de fato, é necessário ter consciência plena  do papel do jornalismo como colaborador da sociedade.  Pôr em prática, é talvez um grande desafio dessa geração pós -ditadura e que reflete os dilemas suscetíveis a um Estado Democrático.O que fazer com a nossa liberdade? 

 

 

 

 

 

 

 

 


Autor: Letícia Veloso


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