Milagroso Wimax



 Quem acredita que o herói nasce no calor da batalha, que a cura da necessidade de se livrar da doença e que a solução surge no surgimento de um problema, está certo! Pelo menos quando falamos de tecnologias de comunicação.

 Para quem precisa de uma rede local em que compartilhamos dados e arquivos em um mesmo ambiente temos o cabeamento; para situações em que exige mobilidade usamos tecnologia wireless; e quem precisa compartilhar entre dois equipamentos em um espaço pequeno existe o bluetooth, mas em uma região montanhosa e geograficamente sinuosa como a das serras mineiras que abrigam a cidade de Ouro Preto, como fazer? Sim, também já se desenvolveu uma tecnologia para essa região, sua identidade: Protocolo 802.16, seu nome: Worldwide Interoperability for Microwave Access, ou simplesmente WiMax.

 Com a pretensão de ir muito além de um padrão para transferência de arquivos, o WiMax tem o escopo de difundir a conectividade por regiões que sofrem por barreiras naturais e preza pela interoperabilidade entre suas soluções. E conta com o “apoio de peso” para a realização desta proeza: No Brasil, a Embratel assumiu o direito de desenvolver essa tecnologia que foi inaugurada em Abril de 2008; mas grupos renomados já visam o sucesso deste padrão, entre elas cito a Intel, AT&T, Siemens Mobile e a Cisco.

 A China recentemente recebeu uma grata surpresa (fora a incontestável superioridade olímpica deste ano), o padrão foi testado e provou ser capaz de cobrir uma área de 12 mil quilômetros que englobou duas cidades metropolitanas.

 O padrão em evidencia trata-se de uma tecnologia sem fio por ondas de rádio desenvolvida para regiões metropolitanas (MAN’s) e apoiadas do tripé de vantagens: Banda larga, a não necessidade de linha de visada e o seu alcance, fato totalmente inédito quando comparado a outras tecnologias sem fio.

  No que diz respeito aos aspectos técnicos é bom mencionar a taxa de transferência que pode atingir os 75 Mbps/channel e um alcance de quase 50 km quando em condições ideais; além da Qualidade de Serviço (QoS), suportar interfaces de redes IP, Ethernet, ATM e E1/T1, e um eficiente esquema de modulação responsável pela elevada taxa de throughput (quantidade de dados transmitidos em uma unidade de tempo) e tolerância a reflexões de sinais; e de custo acessível.

 O Wimax, nascido em 2001 caminha para um futuro brilhante, em que brigará com os meios de comunicação DSL e com a chamada Terceira Geração (3G) por espaço de mercado. Uma pesquisa da TelecomView, aponta que ele será responsável por mais de 40% do mercado de banda larga sem fio em 2009; o tempo é curto mas para um padrão recheado de benefícios e surpresas agora é esperar para ver e não duvidar daquele dito capitalista: “A solução mais acessível vencerá”.


Autor: Victor Paiva


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