Direitos humanos e pluralidade cultural



 

 

                          Adriana Patrícia de Amorim Silva – RA 377071

                       Bárbara Pacheco dos Santos – RA 368743

                                Elaine Santos de Oliveira – RA 371211

                        Josiane Glória de Moraes Alt – RA 353968

                                Rosália dos Santos Ramos – RA 365206

                                Veronice Maria de Jesus-RA  353726               

 

 

 

DIREITOS HUMANOS E PLURALIDADE CULTURAL

 

 

Ma Mariciane Moraes Nunes

Educação e Diversidade

 

CUIABÁ – MT -  2012

 

 

SÍNTESE DIREITOS HUMANOS E PLURALIDADE CULTURAL

 

O Brasil é um país complexo, multifacetado e algumas vezes paradoxal.

Formado por várias raças , cores crenças, costumes , tornou-se necessário e fundamental o nascimento d pluralidade cultural que tem como principal objetivo a valorização de culturas diferentes, que convivem no mesmo território.

É necessário que respeitar e ser respeitado é um direito humano. Isto não significa aderir aos costumes do ou concordar com o que ele faz mas simplesmente respeita – lo como expressão de diversidade.

            Existem diversidades étnicas e culturais que compõe a sociedade brasileira , essas relações são marcadas por desigualdade socioeconômica.

            As culturas são produzidas pelos grupos sociais no decorrer da história, na organização da vida social e política , nas suas relações com o meio e com os outros , na construção de sua forma de subsistência e na produção do conhecimento.

Hoje o grande desafio é reconhecer a diversidade como parte inseparável da identidade nacional e dar a conhecer a riqueza representada por essa diversidade Etna cultural que compõe o patrimônio sócio cultural brasileiro , investindo na sua superação de qualquer tipo de descriminação dos grupos que compõe a sociedade.

MESMOS COM TANTAS DIFERENÇAS AINDA SOMOS IGUAIS

Entre os homens há rios e oceanos,
Há montanhas e fronteiras e mais
De mil costumes sacros e mundanos
E ainda dizem que somos iguais.

                                                       Francisco Libânio

 

 

NARRATIVA DE ADRIANA PATRÍCIA DE AMORIM SILVA

Não foi na escola.Olha a situação que aconteceu, uma foi vista com meu pai, que aconteceu, de ele ir numa concessionária para ver uma carro,que ele gostou, mais foi muito mal atendido, pela uma funcionária, por que ele não estava bem vestido, ela não queria atender ele, perguntava para ele, se tinha condição de paga o carro, ai meu pai, falou para ela que ela tende mal, ele estava mal vestido e nem tanto assim, e pq ele era negro, depois de 2 dias ele voltou lá muito bem vestido, e pediu para outro funcionário atendeu, e fechou o negocio com ele, porque ele atendeu muito bem meu pai. E a outra funcionária, pede o negocio muito bom, fico sem comissão.                                                

E tem outra que conheceu comigo mesmo na escola, eu fazia aula de inglês na unic, todos os sábado, estava indo tudo bem, quando troquei de professora, ela me tratava muito diferente, quando eu pegava o falava com ele, ela sempre arruma uma desculpa, eu mesmo sentia incomodada com isso, e com outra pessoa de cor da pele clara ela tratava normal, até brincava, e rir com eles, e comigo não, fiz uma prova que tever fui muito bem, mais ela me deu uma nota muito mal, fui até a direção para reclama e eles me informou que ia arruma , mais foi me rolando, até essa situação fico muito chato e eu desistir do curso que estava no segundo etapa do curso.

 

NARRATIVA DE ROSALIA DOS SANTOS RAMOS

No ano de 2011 recebemos em nossa unidade escolar uma aluna com deficiência em uma das pernas, Vitoria tinha então 4 anos e foi inserida na turma correspondente.Ela caia muito, quase não parava em pé os colegas tinham pena , medo alguns queriam ajudar mais ela era muito dependente para ir ao banheiro, beber água, carregar a mochila.Em nossa escola somente as turminhas de 3 anos tem em sala a professora ADI as turmas tem aprox. 23 alunos cada devido a situação de Vitoria encaminhamos a SME, que prontamente mandou uma equipe de profissionais visitar a escola para conhecer a verdadeira situação que vivenciamos com Vitoria a partir daí veio uma ADI exclusiva para acompanhar a menina em sala de aula fizemos vario momentos de conversa com toda a turminha deixando sempre claro que Vitoria era uma criança como outra qualquer talvez com algumas limitações e tudo passa a ser diferente na hora do recreio Vitoria passa a ter duas damas de companhia que a auxiliava uma de cada lado e isso aconteceu de forma voluntaria. Vitoria que quase não andava hoje corre para todo lado brinca faz educação física e todos as atividades com seus colegas de escola.a superação o crescimento da aluna foi fantástico hoje ela já vai para uma classe de crianças de 5 anos e faz tudo sozinha mais porem conta com a ajuda da ADI.  Todos os problemas podem ser superados quando é respeitado a limitação, tempo, espaço e condição do outro. São as diferenças e a capacidade de conviver que faz de nos seres humanos por tanto a inclusão e o respeito as diferenças . precisam ser visto como algo fundamental para fazer do BRASIL um país de 1º mundo.

NARRATIVA ELAINE SANTOS DE OLIVEIRA

Foi aborrecida para aula. Era mais um dia de aula e o seu pai e sua mãe não havia percebido o seu desgosto em sair de casa para ir a escola .Na escola havia um ambiente hostil, onde mesmo cercada de pessoas, se sentia só ninguém lhe dava conversa e ninguém nunca lhe disse o porque?Então ela pediu para sua mãe que voltasse a estudar no seu antigo colégio que ficava no mesmo bairro onde ela morava por que lá ela tinha amigas, a mãe sabendo que sua filha era a única negra naquela sala logo percebeu o motivo de sua exclusão, então decidiu falar com a professora.A professora se fez de desentendida dizendo que não havia percebido o fato, e que iria tentar contornar a situação fazendo trabalhos em grupos. Ao me ver o professor assim que perceber o fato de exclusão deve trabalhar em grupos e equipes para que o aluno excluído entra e participe mesmo quando ele não seja escolhido pelo grupo o professor deve insistir ate que aconteça a aceitação daquela aluna pelo grupo.

NARRATIVA DE JOSIANE GLÓRIA DE MORAES ALT

A escola é o espaço onde se encontra a maior cultural e é também o local mais discriminador.Tanto que existem escolas para ricos e pobres,de boa e má qualidade.

                        Por isso trabalhar as diferenças é um desafio no processo de ensino-aprendizagem.

                        Houve um caso na escola onde eu trabalho ,quando vai chegando o período de festa junina todas as crianças vão ficando eufóricas para participar do grande evento que existe dentro da escola.A professora começa a organizar os pares,muitos já escolhem com quem quer dançar e outros já são mais tímidos,contam com a escolha da professora.Formado os pares se iniciou os ensaios,todos pareciam estar satisfeitos com suas parcerias,até que um aluno chamou a professora e disse que queria trocar de par,começou a colocar vários obstáculos,até o momento a professora não entendia o porque,foi quando ele se irritou e disse que a menina tinha o cabelo de pixaim e que parecia um canhão,

No primeiro momento o caso não foi levado a equipe gestora porque o aluno não falou diretamente para a menina,apenas para a professora,mas como a escola tem a formação continuada”a sala do educador”para professores e funcionários e naquele momento um dos temas trabalhados era” a cara da cultura” que se tratava das questões raciais e culturais ,ai sim chegou o momento da professora relatar o problema para equipe gestora,professores e funcionários sem pronunciar o nome das crianças,abriu-se uma enorme discussão onde a maior parte criticou a atitude  da professora naquele momento de não ter levado o caso a direção.A maneira de lidar com essas questões é ampliando as propostas curriculares do país buscando uma educação democrática.A escola poderá elaborar um currículo que permita problematizar a realidade,criar ações de oportunidades  de sucesso escolar para todos os alunos independentes de seu grupo social,étnico-racial,religiosa,política e de gênero e valorizar a importância da diversidade étnica e cultural.

NARRATIVA DE BÁRBARA PACHECO DOS SANTOS

Aqui está como aconteceu comigo.
Na aula de Arte, no quinto ano, nós rodamos pela classe uma folha de papel e todos os alunos puseram um traço na folha de cada um dos outros.
Quando minha folha voltou para mim, estava cheia de linhas que resultavam em figuras. A nossa tarefa era então preencher cada figura para produzir nossa obra de arte.Até aquele momento, eu tinha sido uma garota muito criativa que tinha confiança em minhas habilidades artísticas. Era uma área da minha vida em que eu me sentia capacitada - até aquele dia.Por causa de um desenho ela achou que tava ofendendo sua religião.Minha professora viu e ficou realmente furiosa e começou a gritar comigo e a dizer um monte de coisas grosseiras a meu respeito. E a pior parte foi que um garoto por quem eu tinha uma queda começou a falar sobre seu pai e sobre os horrores da guerra.

Eu realmente não entendia que crime horrendo eu havia cometido sendo criativa. Simplesmente entendi a mensagem de que eu fizera algo terrivelmente errado e que eu era uma pessoa horrível. Eu comecei a chorar e não conseguia parar.Eis a visão panorâmica - eu era uma garotinha tímida e amedrontada que lutava com a escola fazendo tudo o que os professores esperavam de mim para evitar qualquer tipo de problema. Eu visava a perfeição em tudo que eu fazia para que fosse aceita pelos outros e me sentisse segura.

NARRATIVA  DE VERONICE MARIA DE JESUS

A escola deve ter uma proposta curricular voltada para a cidadania deve preocupar-se necessariamente com as diversidades existentes na sociedade. A ética exigida dos educadores em particular, é uma propostas de atividades que visem a superação do preconceito e da discriminação. A contribuição da escola na construção da democracia é a de promover os princípios éticos de liberdade, dignidade, respeito mútuo, justiça e equidade, solidariedade, diálogo no cotidiano.

Os aspectos históricos e geográficos expõem uma diversidade regional marcada pela desigualdade, do ponto de vista do atendimento pleno dos direitos da cidadania.

No Brasil, cada grupo indígena, africano, europeu, asiático e do oriente médio encontrou maneiras de preservar sua identidade cultural, um país miscigenado com diversas faces e cores.

Esse tema necessita, portanto, que a escola, como instituição voltada para a constituição de sujeitos sociais e ao afirmar um compromisso com a cidadania, coloque em análise suas relações, suas práticas, as informações e os valores que veicula.

RELAÇÕES DE GÊNERO NA SALA DE AULA: ATIVIDADES DE FRONTEIRA E JOGOS DE SEPARAÇÃO NAS PRÁTICAS ESCOLARES.

´´ A proposta pedagógica da escola onde trabalho tem como tema geral ´´: Conviver na CIRANDA ENCANTADA ´´ e sub-temas: Eu sou especial na ciranda encantada, a arte de viver juntos na ciranda encantada, eu faço a diferença na ciranda encantada e de mãos dadas na ciranda encantada. Sendo assim, todos os temas são articulados com o objetivos de proporcionar vivencias interativas de forma lúdica, visando o desenvolvimento integral da criança.

                        Através da utilização de diferentes jogos, brincadeiras, musica,literatura infantil, os professores ensinam as crianças a respeitar e acolher a diversidade étnico-racial.

                        Há momentos de atividades de integração com gincanas, danças, musica, passeio, festas, jogos, entre crianças =, professores, pais e funcionários na busca do aprimoramento das relações interpessoais entre crianças e adulto.

                        Todos os temas estão interligados através das áreas do conhecimento para trabalhar a cultura local, étnica racial, social e de direito para combater o preconceito e racismo.

Na ambiência do bem querer, as professoras usam bonecos com vario tons de pele e fotos para que as crianças possam identificar as suas características físicas

No ano de 2011, a professora tabulou os dados com o reconhecimento das características pelas crianças e constatou que a maioria das crianças não se reconhece como negras.

                        Aqui percebo, que os professores tem um trabalho pedagógico voltado para ao combate de todas as formas de preconceito, desde á infância.

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

 

AUAD,Daniela.Relação de Gênero nas Práticas escolares: Da escola mista ao ideal de co-educação.Tese ,Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo,2004.

AUAD, Daniela. Relações de Gênero na sala de aula: atividades de fronteira e jogos de separação nas práticas escolares.Pro-Posições,v.17,n.3dez.2006

Vasconcelos, Renata Nunes.Pluralidade Cultural E Inclusão Na Formação De Professoras E Professores.

Oria,R. Cad Cedes, Campinas Vol 25 n 67.p378-388, ste/dez2005

Oria, R. Educação, cidadania e diversidade cultural, Revista Humanidade, Brasília-DF 1997.

 

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