Princípios básicos de corologia: distribuição dos seres vivos.



PRINCÍPIOS BÁSICOS DE COROLOGIA: DISTRIBUIÇÃO DOS SERES VIVOS.

 

Wellington Cavalcante Durães*

Helen Glécia da Silva e Silva**

 

Principais características e conceitos.

Indivíduos/Espécies – Chamamos de espécies e indivíduos o conjunto de seres vivos, que convivem num mesmo espaço, possuem características semelhantes e se reproduzem entre si.

Evolução das Espécies – As idéias gerais da Teoria da Evolução das Espécies sofreram aos poucos, alterações e aperfeiçoamentos. Todavia, as idéias de evolucionismo subsistem até hoje, e ficou ligado a uma das concepções do espírito humano. Darwin, na teoria evolucionista enfatiza a luta pela vida. Somente os mais fortes e os mais aptos conseguem sobreviver, e a própria natureza se incube de proceder a essa seleção natural.

Habitat/Nicho Ecológico – O habitat é o lugar na natureza onde uma espécie vive. Por exemplo, o habitat da planta vitória régia são os lagos e as matas alagadas situada na Amazônia, enquanto o habitat do urso panda são as florestas de bambu das regiões montanhosas que se localizam na China e no Vietnã. Já o nicho é um conjunto de condições em que o indivíduo (ou uma população) vive e se reproduz. Pode-se dizer ainda que o nicho seja o "modo de vida" de um organismo na natureza e as formas de como as espécies exploram os recursos do ambiente. E esse modo de vida, inclui tanto os fatores físicos como também os fatores biológicos.

Elementos e fatores ambientais.

Dentro de um habitat animal ou vegetal podemos encontrar um conjunto de fatores e elementos que cercam uma dada espécie de ser vivo. Os fatores e elementos ambientais são de três ordens diferentes:

I – de ordem física, onde o clima influencia sobre o revestimento vegetal de uma área;

II – de ordem biótica ou social, onde ocorre a influência de um ser vivo sobre a distribuição de outros seres vivos;

III – de ordem química, que são as diversas substâncias químicas indispensáveis aos seres vivos em geral. Por exemplo, o oxigênio; a água e o gás carbônico.

Com isso, compete ao ser vivo animal ou vegetal se adequar a diferentes regiões, tendo como foco principal os meios de sobrevivência. Relacionado à sobrevivência, existe conceito de Potencial Biótico, que é a capacidade que uma espécie de ser vivo possui de viver em um dado ambiente, e também o conceito de Resistência ao Meio, que seria justamente o conjunto de dificuldades que o meio oferece a uma dada espécie de ser vivo.

Levando em consideração, que os seres vivos podem aumentar sua área de ocupação na natureza, observa-se normalmente que o número de componentes de uma determinada população mantém-se mais ou menos constante, todas as populações apresentam capacidade de alargar-se numericamente, desde que as condições ambientais sejam favoráveis. 

Desse modo, os seres vivos ocupam áreas maiores desde que as condições sejam favoráveis. As áreas de ocupação têm forma irregular. Isso porque os meios pelos quais os vegetais e animais ocupam novas áreas são diversos. Os vegetais, não dispondo de formas de locomoção próprias, estão sujeitos aos mecanismos passivos de deslocamento, contando com estruturas adaptativas que facilitam o transporte para os novos locais. Já muitos animais, utilizam-se da dispersão ativa (locomoção própria) para alcançar novas áreas.

A escolha de novos ambientes exige a superação de obstáculos impostos pela natureza; isso em outras palavras significa estar pré-adaptado ao novo ambiente. Os movimentos de ampliação de área não dependem apenas de deslocamentos espontâneos e ao acaso. Na determinação da distribuição geográfica dos organismos são importantes os fatores históricos, a adaptabilidade e capacidade dos organismos de ultrapassar barreiras, e as pressões que induzem à dispersão.

Territórios Biogeográficos.

O fator condicionante para o equilíbrio de todo o sistema do planeta, é o clima. Assim sendo, clima em sua relação e interação torna-se fundamental para a formação de territórios biogeográficos. Estes territórios biogeográficos, portanto, são de suma importância, ou seja, são ambientes naturais com características ambientais similares, e que assim, desenvolvem aspectos de vidas distintos, com particularidades da ação do meio sobre os indivíduos.

Regiões Fitogeográficas.

Desse modo, destacaremos a importância das regiões Fitogeográficas, que possuem uma extensão das terras maior no hemisfério Setentrional, a flora aí é mais homogênea, com muitas espécies de larga distribuição. Os continentes do hemisfério sul, são mais isolados e tal fato mais precoce e mais efetivo determinou, uma pronunciada diversidade florística. Assim, o globo terrestre pode ser dividido em cinco regiões fitogeográficas:

Holártica: Regiões frias e temperadas do hemisfério norte, estendendo-se tanto na Europa e na Ásia como na América do Norte. É uma região sem árvores que tem o subsolo permanentemente congelado, a vegetação natural é composta por arbustos, ervas e briófitas (musgos, nas baixadas úmidas e hepáticas), líquens (algas – fungos).

Neotrópica: Compreende toda a América Latina, com exclusão do sul do Chile, da Patagônia e da Ilha do Fogo. Engloba as terras americanas situadas entre os dois trópicos.

Paleotrópica: Regiões tropicais da África (sul do deserto do Saara) e da Ásia (sul da Arábia, sul e sudoeste da Ásia, ilhas da Indonésia e a maior parte das ilhas do oceano pacífico).

Australiana: Compreende a região da Austrália e Tasmânia.

Antártica: Compreende o extremo sul da América do Sul.

Considerações Finais.

Levando em consideração que a distribuição dos seres vivos destaca principalmente a diversidade de cada espécie sendo animal, vegetal ou o próprio homem, e que estes vão manifestar-se através dos aspectos como a forma, tamanho, comportamento e a educação do ciclo vital de vida de cada espécie, entenderam que esta constatação pode ser perceptível através da observação, tanto da vida humana, de uma bactéria, de um cogumelo, de uma estrela-do-mar ou mesmo de um besouro.

A forma de como os seres vivos vegetais e animais estão distribuídos pode ser por espécies, considerando à mesma espécie como indivíduos que apresentam grandes semelhanças físicas e fisiológicas capazes de cruzar naturalmente uns com os outros, gerando descendentes férteis.

Deste modo, o conjunto que compõe a biosfera pode ser entendido como a porção da terra que abriga na biodiversidade do planeta milhões de seres vivos existentes, e que esta por sua vez, conhecida e catalogada pela ciência tem como classificação na biologia. Essa tendência para classificar seres vivos é remota a Pré-História, com a diferenciação das espécies, e foram através desse mecanismo que o homem teve o domínio de identificar as plantas comestíveis das venenosas, os solos férteis dos estéreis, como também os metais mais apropriados para a confecção de utensílios e armas ao longo da História, podem destacar os fatores limitantes do crescimento dos seres vivos na natureza. Assim, percebemos que os diversos habitats animais e vegetais podem ser ocupados conforme a capacidade de adaptação e sobrevivência de cada espécie, ocupando deste modo, as áreas que lhes são mais favoráveis.

*Acadêmico de Licenciatura Plena em Geografia.

Universidade Federal do Acre - UFAC

**Acadêmica de Licenciatura Plena em Geografia.

Universidade Federal do Acre - UFAC

Referência Bibliográfica.

MARCONDES, Ayrton César. Biologia e cidadania, volume 2. São Paulo: Escala educacional, 2008.

MARTINS, Celso. Biogeografia e ecologia. – 5. Ed. – São Paulo: Nobel, 1985.

PAULINO, Wilson Roberto. Biologia atual 3ª volume. Biologia - volume único. São Paulo: Ática, 2008.

PAULINO, Wilson Roberto. Biologia, volume 2: seres vivos. Filosofia: livro do professor. 1ª edição. São Paulo: Ática, 2005.


Autor: Wellington Cavalcante Durães


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