Não sei oque, com esse não sei que lá.



 

Não sei o que, com esse não sei que lá.

 

 

Ontem à noite eu fui ao supermercado (Paulistão- Loja de Itu- SP) para comprar umas cinco ou seis coisas destinadas ao meu café da manhã do dia seguinte.

Quis ser o mais rápido possível, pois, além de tarde, estava sem sacola, coisa que está muito difícil de acostumar a ter uma em mãos, dessa forma, acabamos comprando até um pouco menos do que poderíamos comprar, já que depois é um transtorno para acomodar no carro e levar as compras para dentro de casa.

Enfim, tudo bem, brasileiro se acostuma com coisa pior e não vai ser com isso que não vamos nos acostumar.

La vou eu supermercado adentro, buscando aquelas cestinhas para pequenos volumes, quando sou informado por uma atendente que elas foram retiradas, não existiam mais.

Fiquei com aquela “cara de mortadela”, já me imaginando arrastando um daqueles carrinhos, que até agora não entendi essa pronuncia diminuta, já que são enormes, desajeitados, bem como normalmente sujos e engripados.

Como sou mais um em meio a esse grande rebanho de “ovelhas”, que não reclama por não adiantar, fiquei feito um carregador ambulante, perambulando pelo mercado com as poucas coisas que consegui segurar nas únicas duas mãos que possuo, até acomodá-las no caixa e receber a singela oferta de uma sacolinha de plástico que não agride a natureza, vá saber, mas, agrediu a minha inteligência ao ouvir que custavam 0,13 centavos cada uma.

Ridículo tudo isso, da vontade de ficar sem comer. . .bom, sem comer já é demais, mas, que dá uma vontade danada de “não sei o que, com esse não sei que lá”, . . ah, isso dá!

Para chegar até o carro fui lembrando a Elis Regina, cantando o bêbado e o equilibrista. Com o carro em movimento, prá que liquidificador, se os produtos já vão se triturando pelo caminho. Chegar em casa então, uma delícia e descarregar as meladorias, sim, melou tudo, ainda pior.

Aí me pergunto, como também a esses comerciantes inescrupulosos:

_ Cadê os sacos de papel craft que nos eram oferecidos até os anos 80?

Eu não vou ficar perguntando mais nada, senão eu necessitaria publicar um livro de questionamentos, enfim, ou aprendo a usar a sacola de feira da mamãe, esquecida no fundo da dispensa do quintal, ou. . .

Quanto aos “carrinhos”, será que podemos entrar com a sacola dentro do supermercado e usá-las no lugar das cestinhas desaparecidas? Acho que não, né?!

 

João Carlos Pestana Ramos

 

 


Autor: João Carlos Pestana Ramos


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