A contemporaneidade e sua liquidez: diálogos entre Freud e Bauman



Resumo

 

Esta pesquisa discute a atualidade por meio de um diálogo entre as obras Modernidade Líquida (2000) e O Mal-estar na Civilização (1930), escritas pelo sociólogo Zygmunt Bauman e o fundador da psicanálise, Sigmund Freud (1856-1939), respectivamente. Nos dias de hoje, percebem-se os laços que ligam os relacionamentos enquanto estruturas frágeis, fazendo compromissos e afetos serem transitórios, efêmeros. Nesta atmosfera líquida, os sujeitos são inseguros, incertos acerca das relações que travam no cotidiano. Utilizando-se de uma metáfora, Bauman faz referência ao caráter passageiro das relações humanas no presente momento. Aponta para a liquefação – termo advindo da Química que denota passagem do estado sólido para o líquido – dos organismos que constituem a sociedade, a exemplo da família e dos governos. Em consonância com o prisma estabelecido pelo referido sociólogo, Freud, na primeira metade do século passado, discorreu sobre os males da civilização, indicando que esta, para se tornar factível, exige do homem uma economia dos seus instintos mais primitivos. Deste modo, os membros de um grupo vão abrir mão de seus desejos tendo por finalidade viver coletivamente. Os resultados deste estudo apontam para a fusão entre o pensamento de Freud e Bauman, pois o que foi apontado pelo primeiro, o segundo constatou setenta anos mais tarde, ao comprovar que a humanidade abriu mão do prazer pela segurança e vice-versa, gerando um impasse.

Palavras-chave: Modernidade, sublimação, fugacidade.

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Autor: Armando Januario Dos Santos


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