Dar tudo de si – reflexão do evangelho de mc 12, 38-44.



DAR TUDO DE SI – Reflexão do Evangelho  de Mc 12, 38-44.

Prof. Me. Ciro José Toaldo.

Muitas vezes temos em nosso coração um desejo sincero de ajudar os mais necessitados, procurando dar tudo aquilo que elas precisam: construir uma casa para a não tem teto, dar alimento a passa fome, pagar tratamento médico a quem é dependente químico, porém não dispomos dos recursos para fazer  essas coisas maravilhosas! A verdade é que a maioria do povo o que a gente ganha, mal dá para suas necessidades. Muitas vezes construímos castelos na areia “Ah se eu fosse rico, quanta gente poderia ajudar!”

Essa não é a lógica do Reino de Deus, devemos seguir o exemplo de  São Francisco de Assis, que primeiro livrou-se da  riqueza da qual era possuidor e para doar-se totalmente aos pobres, fez-se mendigo para socorrer os que tinham necessidades.

Nas campanhas de solidariedade,  que são  bem vindas por aqueles que necessitam, geralmente damos aquilo que está nos sobrando, sem sombra de dúvidas que essa é uma ação válida e de caridade, pois pecado maior comete quando não se dá nem aquilo que sobra; mas o Evangelho que  acabamos de ouvir nos relata um gesto muito mais grandioso que é DAR DO PRÓPRIO SUSTENTO, DAQUILO QUE MUITAS VEZES VAI NOS FAZER FALTA!

No tempo de Jesus, viuvez era sinônimo de desamparo, pois quando morria o marido, todos os seus bens passavam ao parente mais próximo porque as mulheres não podiam ficar com nada e, elas passavam a viver da caridade dos outros. E o evangelho conta que  a viúva  chamou a atenção de Jesus na hora da oferta, colocou duas moedinhas de menor valor monetário, seria a de cinco centavos para nós, que era tudo o que possuía.

Quando o gesto de doar, implica em uma perda, então estamos fazendo o que Jesus nos pede. Na verdade essa viúva acabou fazendo aquilo Jesus iria fazer: dar tudo o que Ele tinha - sua própria vida -  para garantir a salvação dos homens.

Portanto, não se trata apenas de dar bens materiais, de dar esmolas, mas dar tudo aquilo que Deus nos deu, tudo o que somos e temos e que deve ser partilhado com os irmãos, por exemplo, o nosso tempo, algo que é tão precioso; vivemos no corre-corre e alegando a falta de tempo quando deixamos de fazer uma boa obra, não fomos visitar um enfermo, não fomos visitar um amigo que está passando dificuldades, deixamos de dar um tempo de atenção a quem precisa, não fomos a um velório levar uma palavra de consolo aos familiares do falecido, tudo isso deixamos de fazer alegando que não tivemos tempo isso é, só pensamos em nós e nas coisas de nosso interesse.

Estimados irmãos na féem Jesus Cristo, se quisermos ainda aprofundar o pouco mais nossa reflexão, deveríamos pensar no dízimo que oferecemos a nossa igreja, será que é uma oferta feita com generosidade, dando um valor daquilo que é o meu sustento, ou sempre oferto apenas aquilo que me sobra?

Se não formos capazes de praticar gestos como este, na nossa relação com Deus e com o nosso próximo, a nossa conduta está muito parecida com a dos escribas, que na comunidade se faziam de importantes, aparentavam ser muito piedosos, orgulhando-se da “Vida cristã” que viviam, mas ainda estavam muito longe de Deus. E com gente assim o juízo será muito mais rigoroso, adverte-nos este evangelho.

 

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Autor: Ciro Toaldo


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