Ritmo português
Nos dias que correm, o Portugal recebeu um elogio merecido dos especialistas mundiais, que afirmam que o país encontra-se nas mãos dos mais racionais políticos e economistas de sempre. Realmente as opções políticas começam a destacar-se com as mudanças radicais ocorridas recentemente.
No centro das atenções encontra-se a última transação do crédito internacional injetado. Este pelos vistos serviu como a fim de “ tapar os buracos” dos juros subjacentes do ano corrente, deixando o espaço de manobra até o reembolso do mesmo em 2013. Ora, ai está o passo intermédio para reabilitar-se temporariamente do peso da dívida. Acontece que sem reestruturação correta do sistema “ envelhecido “ e sem investimentos em infra estruturas eficientes, as tentativas de puxar Economia para frente serão inúteis.
A IfW sublinha e bem o porque da crise portuguesa. Bem sabem que esta esconde se principalmente por trás da fraca capacidade de produção quer na sua reduzida qualidade. Não há razão de negar, somos um país que trabalhe mais e produz menos.
Uma posição nacional fraca, obriga os portugueses transformar a sua passividade em ataque estratégico, para acelerar a capacidade competitiva no mercado internacional. A superação das consequências da crise será possível se aumentamos a capacidade produtiva. A escolha dos equipamentos produtivos e das tecnologias mais eficientes, que melhor se adaptem ao produto a produzir, terão como efeito benéfico na redução do tempo gasto e do somatório de recursos utilizados.
Repetindo as palavras do presidente da Geórgia:” Nos não necessitamos de estabilidade, pois esta reside no cemitério; necessitamos dum crescimento constante e sustentável “ tal como o Portugal necessita das reformas radicais e acentuadas no melhoramento do nível de vida dos seus cidadãos.
Para um bem comum, jamais devemos adaptar-se a realidade. Está na hora de despertar do seu "sono feudal" e construir o caminho sólido como o motivo de otimismo, e não pelo contrário.
