Desvios ortográficos no paisagismo urbano de macapá: uma proposta contextual no 7º ano do ensino fundamental



UNIVERSIDADE VALE DO ACARAÚ

HELENISE BAIA NOGUEIRA

TELMA DE ARAGÃO MOURA

                                                                                                                                   DESVIOS ORTOGRÁFICOS NO PAISAGISMO URBANO DE MACAPÁ: Uma proposta contextual no 7º ano do Ensino Fundamental

INTRODUÇÃO

No decorrer da história da Língua Portuguesa no Brasil, verifica-se que a língua se deu sem tanta normatização e pode-se dizer que a escrita era baseada na fala, visto que registros de épocas passadas apontam variações que denunciam uma aproximação com a fala e uma ausência de rigidez na ortografia.

Saber ortografia (palavra grega composta de “Orthos”, “direito, justo”, e de “gráfho”, “gravar, desenhar, escrever”) é compreender o próprio domínio da escrita formal, portanto aprender ortografia não é tão simples como parece, não é um simples “armazenamento” de formas corretas na memória. Ainda que a norma ortográfica seja uma convenção social, o sujeito que aprende a processa facilmente.

O tema abordado tem como título Desvios ortográficos no paisagismo urbano de Macapá: uma proposta contextual no 7º ano do Ensino Fundamental e tem como finalidade mostrar o trabalho desenvolvido dentro da sala de aula com os alunos da Escola Estadual José de Anchieta.

O presente trabalho baseia-se nos “erros” de ortografia encontrados em propagandas e anúncios de lojas e residências tais como cartazes, placas, panfletos expostos em diferentes pontos da cidade de Macapá e tem como intuito, fazer com que os alunos os identifiquem e compreendam a real importância de se conhecer as regras gramaticais para que assim, na oralidade saibam adequá-los em diferentes situações de uso.

O enfoque maior de nossa pesquisa é fazer um estudo interpretativo de contexto investigativo, onde observar- se-à se os alunos conseguem identificar com facilidade quando uma palavra está escrita fora dos padrões da norma culta e ainda, se dentro do âmbito escolar estão aprendendo ortografia de forma mecânica e repetitiva. Pois, se assim for, que meios pode-se utilizar para modificar esta prática. Acredita-se que somente a partir da aplicabilidade de uma metodologia diferenciada e por meio de uma abordagem embasada nos desvios ortográficos, dispostos em placas de casas e lojas da cidade de Macapá.

 

 

 

 

1.1  TEMA

 

DESVIOS ORTOGRÁFICOS NO PAISAGISMO URBANO DE MACAPÁ: Uma proposta contextual no 7º ano do ensino fundamental.

 

1.2 JUSTIFICATIVA

 

Mediante intensa observação na escrita de propagandas visuais e anúncios de algumas lojas e casas distribuídas pela cidade de Macapá, foi possível perceber os constantes “erros” encontrados nos mesmos, o que nos levou a um questionamento quanto à sua natureza, surgindo então a ideia de levar estes desvios para dentro da escola e trabalhá-los com alunos na sala de aula do 7º ano do ensino fundamental da Escola Estadual José de Anchieta.

É possível perceber em alguns cartazes, “erros” que apontam para um uso deficiente de regras que as crianças hoje aprendem de uma maneira diferente, tal constatação julga necessária uma investigação mais aprofundada que mostre por que caminhos esta diferença de erros – troca de letras e concordância e acentuação – se estabelece nos usos da língua.

É importante salientar que o desenvolvimento de habilidades básicas para ler e escrever, graças ao seu impacto na educação recebe uma atenção especial, principalmente nas séries iniciais do ensino fundamental. Entretanto,tal aprendizagem pode ser um grande desafio para muitos e dificuldades podem surgir durante este processo e mais tarde refletir no que vemos em tais cartazes, já aqui citados.

A educação está passando por um momento de renovação quanto ao ensino de língua materna, aproximando o que se aprende na escola do uso efetivo que se faz da linguagem fora do contexto escolar. Apesar desta renovação, a escola “cobra” do aluno que ele escreva “corretamente”, mas não cria oportunidades para que ele possa refletir sobre as dificuldades ortográficas do português. Acreditamos que é preciso investir mais em ensinar, de fato, a ortografia, em vez de se preocupar em avaliar o conhecimento ortográfico dos alunos.

Sendo assim, entendemos que o professor precisa inovar e criar situações que levam os alunos a se autoquestionar sobre as formas “errôneas” produzidas por eles mesmos, que o aluno com dificuldade precisa ser trabalhado e que isso só funciona se o educador trouxer para a sala de aula situações querealmente fazem parte do cotidiano deste aluno, tudo isso de forma prática e eficaz.

É necessário compreendermos que a ortografia é uma convenção social cuja finalidade é ajudar na comunicação através da escrita, daí, emerge nossa proposta de desenvolver uma metodologia que trabalhe o uso “correto” da ortografia de maneira dinâmica e informal, sem que se faça necessário ensinar gramática por gramática. Portanto, inicia-se uma série de questionamentos e uma busca intensa por respostas e soluções que atentem para a justificativa desta pesquisa.

 

1.3 PROBLEMA

 

                   Sabendo que a ortografia trata de um aspecto da Língua Portuguesa, que geralmente é trabalhada em sala de aula de forma mecânica, com exercícios repetitivos, pergunta- se: É possível trabalhar a ortografia de forma prática e contextualizada em situações reais de uso da língua?  

 

1.4 HIPÓTESE

 

Ao se fazer uma abordagem acerca dos desvios ortográficos dispostos em placas e cartazes espalhados pela cidade de Macapá, acredita-se que é possível trabalhar a ortografia em cima desses erros utilizando o tema como enredo principal e por meio de uma metodologia dinâmica e proveitosa de forma que a mesma desperte no aluno o interesse pelo uso “correto” da grafia.

 

 

1.5  OBJETIVOS

 

1.5.1 OBJETIVO GERAL

 

Desenvolver a ortografia partindo de situações reais do uso da língua, pautado na veracidade de erros ortográficos nas placas, anúncios e propagandas visuais.

 

1.5.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

 

  • Promover oportunidades do ensinar a língua portuguesa baseada nos erros e desvios ortográficos, dispostos em placas e cartazes na cidade.
  • Trabalhar a ortografia dos alunos de forma contextualizada, transformando estas aulas em algo prazeroso, através de atividades dinâmicas que nos despertem mesmos, o interesse pelo uso correto da escrita e da fala pela disciplina Língua Portuguesa.
  • Avaliar a compreensão e a produção de textos coerentes e coesos pelo uso da lengua mater no processo contínuo dos erros e desvios ortográficos.

 

2  DESVIOS ORTOGRÁFICOS NO PAISAGISMO URBANO DE MACAPÁ: Uma proposta contextual no 7º ano do ensino fundamental.

 

A presente pesquisa tem como referenciais Moraes, Irandé Antunes, Marcos Bagno, et al; defensores de teorias que servirão de base para fundamentar o trabalho realizado, já enfatizando que a fala e a escrita fazem parte de nosso cotidiano e são fundamentais para o desenvolvimento da pessoa. A fala é natural ao ser humano e precede à escrita, enquanto a escrita pode ou não se aprendida.

No entanto, essas duas modalidades são bem diferentes, pois enquanto a escrita é estática, não muda, a fala vive se modificando, se adaptando a cada nova geração, porém em uma sociedade letrada como a nossa, essas duas modalidades convivem e acabam se entrelaçando.

O homem criou a escrita como um meio de comunicação, como uma forma de transmitir uma mensagem através de um sistema criado para satisfazer os anseios de uma sociedade em evolução. Ao contrário do processo de aquisição da fala, a aquisição da escrita não acontece de forma natural, apesar de a criança nascer com uma gramatica internalizada, esse processo ocorre de forma lenta e segundo alguns linguistas, de maneira arbitrária, por meio do ensino dos símbolos, regras e conceitos que regem tal processo.

Para Cagliari (1989): “ler e escrever são atos linguísticos e, portanto, a compreensão danatureza da escrita, de suas funções e usos é indispensável ao processo de alfabetização”, pois, de forma histórica a preocupação com a ortografia aparece desde as mais antigas gramáticas, mostrando que o simples fato de alguém passar pela escola não garante o domínio da grafia das palavras.

Quando a Gramática surgiu na Grécia antiga, os filólogos tinham uma grande preocupação em manter toda a limpidez da língua grega para que ela servisse de modelo para os escritores que surgissem com a intenção de escrever grandes obras, no entanto eles cometeram um grande erro ao separar a fala da escrita e a desconsiderar as variações da língua, o que acabou dando origem a gramatica tradicional.

Uma gramática a que somente tinham acesso os homens livres, letrados, de classe social alta, o que acabou resultando no caráter elitista que a mesma possui até os dias atuais e que é a grande responsável por essa noção de “erro” que hoje vemos atrelada aos cartazes que iremos trabalhar.

 Bagno diz que:

 

(...) A noção de erro - que está no segundo modo de ver a língua- se prende a fenômenos sociais e culturais, que não estão incluídos no campo de interesse da linguística propriamente dita, isto é, da ciência que estuda a língua “em si mesma” em seus aspectos fonológicos, morfológicos, sintáticos. etc.(2010, p.60)

 

 

 

Ao contrário da gramática, que é fruto de uma tentativa de sistematizar a língua padrão e acaba estabelecendo normas daquilo que seria falar corretamente uma língua. Essas normas, instituídas pelo uso das pessoas de prestígio e explicitadas pela mesma, estão sempre sujeitas a desvios por conta da heterogeneidade da fala, já que uma pessoa nunca fala do mesmo modo em todas as situações e visto que a língua varia de região para região em suas diferentes formas de uso.

Alunos com pouca leitura e pouca prática na construção de textos, tem muita facilidade em transmitir marcas da oralidade para a escrita, o que resulta em textos confusos, impertinentes e de difícil compreensão para quem o lê, porém Marcos Bagno argumenta que o aluno pode falar da forma que achar melhor, dependendo do contexto em que se encontra, mas que ele deve obedecer às normas gramaticais na hora da escrita para que o leitor possa entender o que está lendo e ainda argumenta que cada país possui uma ortografia oficial e que é preciso seguir as regras ortográficas para que se faça entender, ainda completa dizendo que:

 

A ortografia é um artifício inventado pelos seres humanos para poderregistrar por mais tempo as coisas que eram ditas. A ortografia oficial, em todos os países, é decisão política, é uma lei, um decreto (...). Por isso, ela pode ser modificada ao longo do tempo, segundo critérios racionais e mais ou menos científicos, ou segundo critérios sentimentais, políticos e religiosos (p. 28).

 

 

Para Bagno, ninguém nasce falando ou escrevendo de acordo com a norma padrão e para que isso aconteça é necessário muita prática e exercícios designados à aprendizagem, assim, tais normas podem ser modificadas com o decorrer do tempo. No entanto, a criação dessas regras fez-se necessária para que as variações regionais da língua pudessem ser detidas e não tivessem tanto reflexo na escrita. Ele também diz que existem pessoas que nascem, crescem e morrem sem sequer saberem ler ou escrever, mas que se sobressaem na oralidade com magnitude.

Moraes em seu livro Aprender a ortografar destaca que:

 

(...) a ortografia funciona como um recurso capaz de “cristalizar” na escrita as diferentes maneiras de falar dos indivíduos de uma mesma língua. Assim, se escrevermos de forma unificada, poderemos nos comunicar mais facilmente, e cada um continuará tendo a liberdade de pronunciar o mesmo texto à sua maneira quando, por exemplo, o lê em voz alta.

 

 

Assim, observa-se que para Moraes, o ideal seria que pudéssemos escrever de maneira unificada, ou seja, de acordo com nossa fala, isso facilitaria nossa escrita e inclusive nossa leitura. Apesar da escrita não traduzir com perfeição as expressões da fala, se passássemos a escrever como falamos, correríamos o risco de nem sempre nos fazermos compreender, o que resultaria em textos incoerentes, talvez totalmente confusos.

Soares diz que apesar dos avanços tecnológicos atuais, a escrita continua sendo um importante meio de comunicação e registro nas sociedades letradas. Através da escrita, armazenamos dados, expressamos ideias, trocamos informações e criamos. O ato de escrever envolve um conjunto de habilidades linguísticas e psicológicas que vão desde a capacidade de registrar unidades de som até a capacidade de transmitir significado a um leitor, assim, para escrevermos, é necessário por em prática nosso conhecimento empírico e denotar uma leitura ampla de diferentes tipos de textuais.

Aprender ortografia é bem mais complexo. Segundo Cagliari:

 

(...) escrever certas palavras segundo a ortografia vigente, para algumas pessoas, mesmo com uma prática intensa muita pessoas, é um pouco difícil, pois às vezes, existem as dúvidas sobre palavras, cuja grafia, não causava hesitação, mas diante dessa confusão, às vezes, é preciso até consultar um dicionário.

 

 

O dicionário pode até ser um bom auxílio, porém isso pode acabar se tornando um trabalho inútil visto que existem palavras grafadas de uma forma em um e no outro a grafia pode ser outra, no entanto. se se tem uma leitura ampla e diversificada essa tal hesitação a qual menciona Cagliari não se faz presente.

O que se percebe com estas teorias é que o aprendizado da ortografia é uma aquisição de domínio específico que não se dá quando se aprende a escrever alfabeticamente, mas que requer um ensino metódico e sofre influência das restrições ortográficas da língua. Tal constatação levanta questões que provocam a necessidade de repensar como a ortografia vem sendo trabalhada em sala de aula.

Ele enfatiza também que os alunos são avaliados apenas como, os que fizeram certo e os que fizeram errado, não se preocupando em saber por que o aluno escreveu com uma letra diferente e por que ele achou que se escrevia daquela forma, diante dos erros punem os alunos fazendo que copiem o que escreveu errado quantas vezes acharem necessário. Mesmo nas escolas que reservam horário só para o treino de ortografia, além do ditado usam-se métodos como, cópias, memorização e recitação.

 O autor nos leva a refletir sobre os exercícios que aparecem em muitos dos livros didáticos, que possuem tarefas pobres que levam os alunos a memorização. Assim, percebemos que alguns docentes não se preocupam em trabalhar corretamente a escrita dos alunos e quando observam o erro fazem com que os mesmos trabalhem por meio de repetições ate que o aluno “aprenda” a escrever corretamente e bem mais legível.

Durante o processo de aquisição da língua escrita no ensino fundamental, ocorrência de problemas ortográficos e desvios da norma padrão são evidentes, devido, principalmente, à interferência da fala na escrita e a falta de conhecimento da norma padrão. Segundo Moraes:

 

(...) Os erros revelam as dificuldades e as soluções criadas pelos alunos para escrever palavras com cujas grafias não estão familiarizadas e podem funcionar como pistas para intervenções didáticas diferenciadas que levem os alunos a refletir sobre as convenções ortográficas. (2010, p.31)

 

 

Assim, nota-se que o vocabulário acaba por atrapalhar o desenvolvimento da escrita, impedindo que a mesma evolua sem alterar sua natureza fonética. Haja vista, que Cagliari discute a fala, a escrita, os erros ortográficos e os métodos pedagógicos utilizados na alfabetização. Segundo o autor:

 

(...) os erros que aparecem na escrita são resultados de uma profunda reflexão do aprendiz a respeito do funcionamento de sua língua e os erros de escrita não são aleatórios, ou seja, todos os acertos e errosdas crianças trazem por trás de si hipóteses que levaram a criança a tomar determinadadecisão e fazer algo de certo modo e não de outro”

 

 

Cagliari defende que existe uma explicação cientifica para o que é considerado “erro”, que a escrita apenas reflete a língua e que se as crianças os cometem aleatoriamente é porque existe uma razão para que o tenha feito, o que acaba por despertar nos estudiosos um grande interesse em descobrir os motivos para tais atitudes.

Ele ainda afirma que os erros são resultados de uma profunda reflexão do aprendiz a respeito do funcionamento de sua língua. Quando a criança erra o registro ortográfico de determinada letra, ela o faz a partir de formas possíveis do seu dialeto e das possibilidades do sistema de escrita.

                  Para Bagno, uma grande maioria do que as pessoas em geral (e os fiscais da língua, em particular) chamam de  "erro de português" é, na verdade, simples desvios da ortografia oficial, ou seja, se escreve como se fala. Os chamados erros ortográficos são na verdade uma variação linguística procedente da miscigenação de culturas. Segundo Cagliari (1989) existe algumas classificações para os erros que encontramos nas placas de rua espalhadas pela cidade de Macapá, tais como:

1-Transcrição fonética: são os erros na escrita apoiados na oralidade. Por exemplo: o aluno não escreve r por não haver som correspondente em sua fala como na palavra colher em que se pronuncia colhé e consequentemente escrito por outros da mesma forma.

2- Uso indevido de letras: o aluno escolhe uma letra possível para representar um som de uma palavra quando a ortografia usa outra letra, como na palavra xeiro (cheiro)

3- Hipercorreção: é quando a criança realiza a generalização de regras ortográficas. Por exemplo: como muitas palavras que terminam com “e” sãopronunciadas por “i”, a criança escreve todas as palavras que tem o som de “i” no final com a letra “e”, isso ocorre em algumas palavras como lápes (lápis).

4- Modificação da estrutura segmental das palavras: são erros de traça, supressão, acréscimo e inversão de letras que não tem apoio na oralidade e nem nas possibilidades de uso das letras no sistema de escrita. Palavras como voi (foi) servem como exemplo.

5-Juntura Inter vocabular e segmentação: palavras que não são segmentadas da forma correta, como a gora (agora).

6-Forma morfológica diferente: variedade dialetal de certas palavras pode dificultar o conhecimento da grafia convencional, serve como exemplo a palavra ni um (nenhum).

7-Forma estranha de traçar as letras: às vezes consideramos que existe uma troca de letras numa palavra, mas, na verdade, estamos fazendo uma má interpretação do que foi escrito.

8-Uso indevido de letras maiúsculas e minúsculas: Nomes próprios iniciados com letra minúscula ou nome erroneamente grafado com letra maiúscula, sem estar em começo de frase. O substantivo próprio pedro(Pedro) é um bom exemplo.

9-Acentos gráficos: Uso inadequado ou ausência de acentos como na palavra Aniversario (Aniversário).

10-Sinais de pontuação: Uso inadequado ou ausência de sinais de pontuação.

O armário estava muito bagunçado Maria chegou em casa e foi arrumá-lo.

11-Problemas sintáticos: erros sintáticos nas produções com em: Os menino foi tudo jogar bola.

Assim, acredita-se que para que a criança aprenda a escrever corretamente e tenha o domínio correto da grafia é necessário que ela também tenha contato com a ortografia desde muito cedo, e a gramatica se faz presente desde então.

Mas para Antunes, ninguém fala, ouve, lê ou escreve sem gramática, é claro; mas também sozinha é absolutamente insuficiente. Na verdade, a gramática é insuficiente, pois a interação verbal requer ainda: o conhecimento real ou de mundo; o conhecimento das normas de textualização; o conhecimento das normas sociais de uso da língua.

Segundo Morais, o ensino de ortografia não evoluiu como os outros aspectos do ensino da Língua Portuguesa, as escolas continuam tendo dificuldades em promover o conhecimento ortográfico a seus alunos, e as avaliações são apenas para identificar se o aluno esta escrevendo corretamente, isto fica claro ao verificarmos que os exercícios se baseiam em ditados, mediante isso, pode-se perceber que as escolas continuam trabalhando a ortografia de forma mecânica, apenas para avaliar a escrita correta dos alunos, o que acaba por tornar a aula cansativa, o que acaba despertando no aluno uma forte antipatia e aversão à disciplina de Língua Portuguesa, afastando-o assim da sala de aula.

Ainda existe uma grande resistência por parte de muitos professores em abandonar definitivamente esse método de avaliação e por em prática uma metodologia diferenciada e dinâmica que atraia o aluno para a escola e por essas razões,Morais deixa claro que os alunos são avaliados apenas como, os que fizeram certo e os que fizeram errado, não se preocupando em saber por que o aluno escreveu com uma letra diferente e por que ele achou que se escrevia daquela forma, assim, diante dos erros, punem os alunos fazendo que copiem o que escreveu errado quantas vezes acharem necessário. Mesmo nas escolas que reservam horário só para o treino de ortografia, além do ditado usam-se métodos como, cópias, memorização e recitação.

Para ele, é importante um professor estar sempre consciente de que o aluno que comete desvios da ortografia não está cometendo erros de português. “O aprendizado da ortografia exige exercício, memorização, treinamento - é uma competência que tem que ser aprendida, ao contrário de outras competências que são adquiridas naturalmente.”

Bagno aponta que um dos problemas seria o fato de a escola impor a norma culta, desconsiderando a diversidade linguística existente no Brasil. Para ele, em contraposição à noção de “erro”, e à “tradição da queixa” derivada dela, a ciência linguística oferece os conceitos de variação e mudança.

Enquanto a Gramática Tradicional tenta definir a “língua” como uma entidade abstrata e homogênea, a Linguística concebe a língua como uma realidade intrinsecamente heterogênea, variável, mutante, em estreito vínculo com a realidade social e com os usos que dela fazem os seus falantes. Uma sociedade extremamente dinâmica e multifacetada só pode apresentar uma língua igualmente dinâmica e multifacetada.

Para as ciências da linguagem, não existe erro na língua. Se a língua é entendida como um sistema de sons e significados que se organizam sintaticamente para permitir a interação humana, toda e qualquer manifestação linguística cumpre essa função plenamente.

A noção de “erro” se prende a fenômenos sociais e culturais, que não estão incluídos no campo de interesse da Linguística propriamente dita, isto é, da ciência que estuda a língua “em si mesma”, em seus aspectos fonológicos, morfológicos e sintáticos.

Para analisar as origens e as consequências da noção de “erro” na história das línguas será preciso recorrer a outra ciência, necessariamente interdisciplinar, a Sociolinguística, entendida aqui em sentido muito amplo, como o estudo das relações sociais intermediadas pela linguagem.

Ao contrário da Gramática Tradicional, que afirma que existe apenas uma forma certa de dizer as coisas, a Linguística demonstra que todas as formas de expressão verbal têm organização gramatical, seguem regras e têm uma lógica linguística perfeitamente demonstrável. Ou seja: nada na língua é por acaso.

Podemos, por exemplo, ao encontrar formas não padrão na produção oral e escrita de nossos alunos, oferecer a eles a opção de “traduzir” seus enunciados para a forma que goza de prestígio, para que eles se conscientizem da existência dessas regras.

A consciência gera responsabilidade. E é ao usuário da língua, ao falante/escrevente bom conhecedor das opções oferecidas pelo idioma, que caberá fazer a escolha dele, eleger as opções dele, mesmo que elas sejam menos aceitáveis por parte de membros de outras camadas sociais diferentes da dele. O que não podemos é negar a ele o conhecimento de todas as opções possíveis.

Para Garcez, a norma culta assegura a unidade linguística do país, uma vez que essa norma se sobrepõe às variedades regionais e individuais, sem eliminá-las. É exigida em determinadas circunstâncias, mas os dialetos regionais e as particularidades estilísticas pessoais têm seu espaço na vida social. A escola deve respeitar as diferenças, democraticamente, oferecendo oportunidade de acesso ao domínio da norma culta sem o qual a vida profissional pode ficar prejudicada.

Para Travaglia, o ensino do Português no ambiente escolar tem sido preso às regras de gramática normativa, estudando conceitos da língua padrão com exemplos inspirados nos clássicos literários. As aulas são dadas a partir de um programa que o professor precisa desenvolver no ano, muitas vezes descontextualizado porque não levam em conta as dificuldades de aprendizagem.

Prender-se ao “certo e errado” no Ensino da Língua Materna é uma espécie de regressão às aulas elaboradas na concepção do ensino tradicional, segundo Vygotsky, que defende a ideia de que a formação de conceitos não pode ser reduzida à memorização e o método de ensino que se prende a isso é falho por estimular o aprendizado de forma pronta e acabada. A prática do ensino da língua exige a elaboração de atividades voltadas para interação do sujeito com o mundo e as pessoas que estão a sua volta.

De acordo com Travaglia:

 

(...) ao trabalhar a gramática reflexiva, o professor desenvolve atividadesque objetivam o aluno a fazer uma reflexão sobre a língua que domina ao mesmo tempo em que propõe atividades sobre os recursos linguísticos que ele ainda não domina a fim de adquirir novas habilidades linguísticas.

 

 

Ele ainda enfatiza que nas atividades em sala de aula é possível utilizar dois tipos de gramática reflexiva: trabalhar com exercícios que levam o aluno a nomear fatos da estrutura e do funcionamento da língua, e com propostas voltadas para os efeitos de sentido que os elementos linguísticos podem produzir numa situação comunicativa.

Ser professor no contexto atual não corresponde mais à figura do detentor do conhecimento ou estabelece uma relação de hierarquia. O verdadeiro educador é aquele que desperta no educando a paixão pelo saber, levando-o a refletir sobre a sua atuação na sociedade e, nessa reflexão, oportunizar que ele reconheça que também é sujeito ativo num processo histórico, que pode mudar e reinventar a sua própria história através da sua ação.

O professor de Português desempenha papel fundamental, o que não corresponde a trabalhar através de regras de memorização que serão apenas decoradas para a prova. Ao contrário, é oferecer aos jovens e crianças, através das letras e do diálogo, um universo de esperanças, percebendo que a construção do saber pode ser alcançada através das relações interpessoais estabelecidas na sala de aula.

Para Bagno, o profissional da educação tem que saber reconhecer os fenômenos linguísticos que ocorrem em sala de aula, reconhecer o perfil sociolinguístico de seus alunos para, junto com eles, empreender uma educação em língua materna que leve em conta o grande saber linguístico prévio dos aprendizes e que possibilite a ampliação incessante do seu repertório verbal e de sua competência comunicativa, na construção de relações sociais permeadas pela linguagem cada vez mais democráticas e não discriminadoras.

Segundo Maria da Graça Costa Val: “a ortografia e a pontuação nada têm a ver com a essência, a substância do texto, com o texto em si. Têm a ver apenas com a maneira de representá-lo através do código escrito".

Morais (2002) e Monteiro (2008) defendem o trabalho específico com a ortografia na sala de aula e propõem que o ensino deste conteúdo leve em conta o tipo de dificuldade ortográfica envolvida. Para os casos em que o aprendiz comete erros irregulares, ou seja, aqueles em que não há regra para a grafia das palavras, a proposta baseia-se no uso de atividade que promovam a exposição a modelos capazes de fazerem com que o aluno memorize e aprenda.

Ensinar não significa apenas dar conteúdos e propor atividades, mas também corrigir e disciplinar. É essencial estimular os alunos a terem dúvidas ortográficas e a expressá-las para que resolvam suas dificuldades.

A consulta não só ao professor, mas também a livros e a colegas é sempre uma solução a mais para que o aluno descubra como as palavras são grafadas. A caligrafia da professora e do aluno, o uso de letras maiúsculas e de letras bem impressas ajudam os alunos a não confundirem a forma das letras e a constituição ortográfica das mesmas.

A escola deve estimular, ainda, a memorização. Há muitas formas interessantes e lúdicas de se realizar esse tipo de atividade. Ela é a base sobre o qual os conhecimentos são montados na aprendizagem. Memorização não tem nada a ver com compreensão: são dois aspectos complementares e sempre necessários na escola e na vida.

Em uma entrevista cedida à Revista Práticas de Linguagem (2011), Moraes diz:

 

(...) penso que a reescrita de textos e,principalmente, a etapa de edição final dos mesmos, é uma ocasião na qual os alunos precisam ser ajudados a internalizar um cuidado com a apresentação de seus escritos. Nessa hora, tomar consciência sobre quais palavras poderiam estar grafadas de modo errado (ou atentar para os sublinhados coloridos que o processador de textos denuncia) é não só um dado para a consulta ao dicionáriocomo para a incorporação de atitudes: de respeito ao leitor, de desejo de persuadir o leitor de modo eficiente, de evitar ser objeto de preconceito linguístico (algo sempre tão forte, para com quem divulga mensagens escritas, sem seguir a norma ortográfica).

 

 

Isto quer dizer que sem um esforço de memorização, os alunos não aprendem nada, e isso se aplica também à ortografia. Procedimentos baseados em trabalhos realizados com cartilhas, como a prática intensa de ditados, a não autorização para escrever palavras novas − com o aluno seguindo seu “instinto” −, a obsessão em não deixar o erro às claras, o controle excessivo do que o aluno pode ou não pode fazer, estragam a educação e não contribuem para resolver problemas. No entanto, Moraes ainda enfatiza:

 

 

(...) penso que, se já dispomos deestudos evidenciando, com procedimentos metodológicos rigorosos, a eficácia de “didáticas da ortografia” que promovem a reflexão sobre a norma, precisamos avançar mais na compreensão de como o professor se apropria dessas informações de pesquisa, precisamos entender que tipo de ajustes os docentes necessitam ou conseguem fazer para conciliar as necessidades de seus alunos com o que propõem os especialistas ou os autores dos livros didáticos, para entendermos por que, às vezes, é difícil sistematizar o ensino de ortografia, por que, quando se consegue tal sistematização, às vezes, se tende a “carregar demais a mão”, esquecendo outras facetas tão ou mais importantes no aprendizado da modalidade escrita da língua (Revista Práticas de Linguagem jul dez 2011).

 

 

Assim, a liberdade do professor e do aluno, guiada pelo bom senso daquele e pela dedicação deste, acaba achando os meios de realizar o ensino e a aprendizagem. Para Cagliari, nesse contexto, nunca é demais lembrar que a sala de aula deve ser uma oficina em que as pessoas trabalham fazendo, refazendo, melhorando, assim, para ele, desenvolver atividades de escrita, sobretudo espontânea, e de leitura − em todas as suas formas − é um caminho suave para que professores e alunos se entendam e alcancem seus objetivos.

Enfatizando que é importante que o professor realize um trabalho como mediador entre o aluno e o conhecimento e para que ele se desenvolva, basta apenas um estímulo, este dado pelo docente. Certamente, a questão da escola não se resume apenas na ortografia, mas na própria organização da Educação no Brasil.

Conforme Cagliari, nos livros, a ortografia vem definida como a maneira correta de escrever as palavras, entendendo- se por “maneira correta” a “correta sequência de letras”, não importando outros aspectos gráficos da escrita, como a categorização gráfica ou estilos de letras e a formatação do texto.

Para ele, é sem dúvida, necessário fazer alguns “ajustes” naconcepção do livro didático e na ortografia, decorridos muitos anos, porque a língua é um processo dinâmico, em contínua transformação, também com relação aos aspectos ortográficos. Porém, isso deve ocorrer em grandes espaços de tempo (séculos). Alterar a grafia das palavras, seja por qual motivo for, é sempre um problema e não uma solução (a não ser os ajustes feitos em grandes espaços de tempo. Moraes argumenta que a melhor maneira de sistematizar a o ensino da ortografia fora do mecanismo repetitivo da sala de aula é o princípio do “alfabetizar letrando”, ou seja:

 

(...) para definir o que ensinar primeiro e o que ensinar depois e, sobretudo, para definir como ensinar, adequadamente, as diferentes dificuldades de nossa norma ortográfica, é ajudar os professores a conhecer, de maneira mais aprofundada, como aquela norma está organizada, para que venham a ajustar melhor as atividades de ensino. Avalio que, só com este entendimento, quem ensina pode substituir os exercícios repetitivos e pouco produtivos de “treino ortográfico”... (2011).

 

 

Para Morais, cabe à instituição escolar assumir a responsabilidade de promover uma aprendizagem adequada e em nível explícito dos aspectos subjacentes à notação escrita do português, aspectos que o indivíduo precisa conhecer para ter êxito em ortografia.

Assim, passa-se a trabalhar os desvios ortográficos dispostos em placas pela cidade de Macapá como forma de erradicar das salas de aula, a metodologia mecanizada ainda hoje utilizada pela maioria dos professores, com o parecer do professor doutor da UNISA (Universidade de São Paulo) José Carlos Marques, que em suas teorias acerca de suas pesquisas com relação à origem dos desvios ortográficos encontrados em algumas inscrições de rua espalhadas pelas ruas do país, onde ele enfatiza que o uso da linguagem escrita adquire certas singularidades e que os textos visualizados mostram uma forte ligação com a oralidade e que essa mesclagem com a linguagem escrita deixando evidente um universo, segundo ele, ainda rural e analógico, em contrapartida ao desenvolvimento da zona urbana.

Ele ainda ressalta que as placas, cartazes, avisos, anúncios e tabuletas retratam um lado da população brasileira ainda semianalfabeta e deixa evidentesduas particularidades. Por um lado, os enunciadores procuram reproduzir graficamente os sons de determinadas palavras sem se dar conta da respectiva precisão ortográfica; por outro, algumas inscrições (mesmo aquelas de responsabilidade do poder público local) compõem involuntariamente enunciados hilariantes e ambíguos, que se volta contra aquilo que se queria anunciar originalmente.

Ao contrario do que defende o professor doutor da UNISA (Universidade de São Paulo), Cagliari fala que para se compreender devidamente o que é a ortografia, é preciso saber o que é a escrita e como ela funciona, porque a ortografia é apenas um dos usos de um tipo de escrita chamado “alfabético”.E que esse é apenas um dos tipos de escrita que usamos. Onde a escrita é uma representação da linguagem oral e tem por finalidade a leitura. Que para quem quiser ter acesso à mensagem do texto escrito, aos aspectos literários, enfim, ao discurso linguístico, precisa transformar o escrito em oral através da leitura. E que quando se diz linguagem escrita, não se quer dizer que a escrita é totalmente diferente da linguagem oral, mas que é apenas “um uso específico” da linguagem. Mas, que fora o aspecto gráfico, tudo o mais que se encontra num texto escrito só pode ser entendido com relação ao sistema linguístico da língua, o qual é, na sua essência, uma realidade oral.

Ele ainda diz que o valor atribuído à escrita nas sociedades é tão grande que pode levar uma pessoa a pensar que a escrita é que comanda a fala e não o contrário. E diz que a escrita na verdade, não passa de um uso sofisticado da própria linguagem oral, cristalizada na forma gráfica.

Um dos equívocos cometidos pela escola é tratar o registro linguístico que o aluno traz de casa como um empecilho ao ensino da ortografia. Forçar o aluno a falar como escreve não o ajudará a compreender o funcionamento da escrita. Muitos erros de ortografia são decorrentes das concepções tradicionais de alfabetização que lidam com o processo de transcrição dos sons da fala como se a língua fosse uma entidade homogênea ditada pelos rigores da Gramática.

Um dos caminhos que pode ajudar o aluno a compreender melhor as convenções gráficas, é leva-lo a perceber as regularidades e irregularidades que existem em nosso sistema de escrita. E que para ensinar a escrever, é preciso ir além das partes, visto que o sistema de escrita é resultante de um conjunto de relações marcado por regularidades e irregularidades.

Assim, podemos constatar que as dificuldades ortográficas podem ser decorrentes de diversos fatores. Cabe ao professor acompanhar o processo de apropriação da escrita desenvolvido pela criança, auxiliando na compreensão das arbitrariedades que se encontram no sistema ortográfico. 

 

 

 

 

3 METODOLOGIA

 

No decorrer do processo metodológico no primeiro momento a pesquisa desenvolvida será de perfil qualiquânte, de cunho bibliográfico. Pois, refere-se a um estudo investigativo, onde o desenvolvimento do projeto será desenvolvido através de estudos bibliográficos e periódicos: livros, internet, jornais, revistas especializadas, trabalhos acadêmicos, publicações encontradas sobre o tema citado e ainda um estudo embasado nas teorias de autores que defendem uma metodologia dinâmica e diferenciada dentro do âmbito escolar acordados com teóricos linguistas, como Antunes, Bagno, Cagliari, et al, como forma de levar inúmeros conhecimentos a acadêmicos, professores e pesquisadores e ao mesmo tempo incentivá-los a uma construção eficaz da língua portuguesa por meio de erros e desvios ortográficos.

No segundo momento, será realizada pelos próprios alunos do 7º ano do ensino fundamental, uma breve pesquisa de campo, onde os mesmos irão fotografar em diferentes pontos da cidade de Macapá, placas, faixas e cartazes de lojas ou casas a fim de que se evidencie os desvios ortográficos gramaticais assimreconhecidos por eles mesmos

Todo o processo de pesquisa será de caráter qualiquânte, sob a qual será investigada a forma como vem se processando o conhecimento gramatical em escolas de ensino fundamental, e a metodologia utilizada pelas mesmas, visando um estudo interpretativo que possibilite identificar perspectivas relevantes a preparação desses alunos para o bom desenvolvimento da escrita.

Esta pesquisa realizar-se-á na Escola Estadual de Ensino Fundamental José de Anchieta, com uma previsão de aproximadamente uma semana de duração.  Dando sequência, partiremos para um segundo momento no qual realizaremos o primeiro contato com a direção da escola, participando ao corpo docente o objetivo de nosso trabalho.

Após o levantamento bibliográfico e com o suporte teórico necessário para avançar no processo de investigação, partiremos para um terceiro momento, onde munidos de toda informação necessária para o desenvolvimento de nossa pesquisa, possamos por em pratica uma metodologia que incentive o aluno a trabalhar prazerosamente as normas gramaticais e de forma que ele perceba que todo esse emaranhado de regras esta atrelado ao seu cotidiano e que é extremamente conveniente conhecê-las, procedimento este, que influirá na exposição, desenvolvimento e interação de seu senso crítico.

Já no quarto momento daremos sequência, a partir das informações coletadas através do desenvolvimento de nossa pesquisa, a efetivação da análise e a tabulação dos dados obtidos na pesquisa com o objetivo de sistematizá-los e utilizá-los como base para a realização do trabalho de conclusão de curso.

 

4 CRONOGRAMA:

 

ATIVIDADES

JAN

FEV

MAR

ABR

 MAI

JUN

Construindo o projeto

   X

    X

   X

   X

    X

    X

Levantamento e revisão de literatura

    X

    X

   X

 

 

 

Construção da revisão de literatura

 

    X

   X

    X

      X

 

Pesquisa bibliográfica

 

X

X

X

     X

 

Redação e digitação do projeto

 

 

 

 

     X

 

Apresentação do projeto

 

 

 

 

     X

X

 

REFERÊNCIAS

 

Souza, ACFC. Análise da escrita ortográfica de crianças em diferentes contextos de produção de texto. [dissertação]. Rio de Janeiro: Instituto

 

Cidrim, Luciana: Aguiar, Marigia: Madeiro, Francisco. Escrevendo como se fala- compreendendo a influência da oralidade sobre a escrita para ensinar melhor..São José dos Campos, 2007 Editora Pulso

 

BAGNO, Marcos. Português ou Brasileiro? Um convite à pesquisa. São Paulo:

Parábola, 2001.

 

BAGNO, Marcos. Preconceito lingüístico: o que é, como se faz. 49 cd. São Paulo: Loyola, 2007.

 

CAGLIARI, Luiz Carlos. Diante das letras: a escrita na alfabetização. São Paulo: Fapesp, 1999.

 

MORAIS, Artur Gomes de. Ortografia: Ensinar e Aprender. Ed. Ática.2010.São Paulo.

 

ANTUNES, Irandé, Aula de português: encontro & interação – São Paulo: Parábola Editorial, 2003.

COSTA VAL, Maria da Graça, Redação e Textualidade – 3ª Edição – São Paulo: Martins Fontes, 2006.

GERALDI, João Wanderley, Linguagem e ensino – Campinas: Mercado de Letras – ABL, 1996.

KOCH, Ingedore Villaça, Ler e escrever: estratégias de produção textual – São Paulo: Contexto, 2009.

 MARCUSHI, Luiz Antonio, Produção Textual, Análise de gêneros e compreensão – Parábola Editorial. 

SOUZA, Luciane Aparecida de, ALVIM, Vanessa Titonelle, Revista Práticas de Linguagem, v.1, n.2, jul/dez2011

 


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