Riscos de adoecimento e qualidade de vida de policiais militares do 8º batalhão da polícia militar de Aracajú/SE



RISCOS DE ADOECIMENTO E QUALIDADE DE VIDA DE POLICIAIS MILITARES DO 8º BATALHÃO DA POLÍCIA MILITAR DE ARACAJU/SE1

Gardênia Chagas Almeida Marques2

Maria do Socorro Sales Mariano3

Marcelo da Silva Barreto4

Marília Silva Santana5

RESUMO: Pelo trabalho que o homem transforma a natureza e constrói a sua história. Mas, se por um lado o trabalho pode beneficiar o homem em seu processo de transformação e crescimento, por outro, dependendo de seu contexto, pode prejudicá-lo levando-o ao adoecimento. Para compreender a dinâmica das relações entre a organização do trabalho e os seus processos de subjetivação no contexto coletivo do trabalho, que Cristhophe Dejours, na França década de 1990, desenvolveu a Psicodinâmica do Trabalho, que analisa a dinâmica inerente ao contexto do trabalho. O objetivo deste trabalho foi diagnosticar indicadores críticos de riscos de adoecimento dos policiais militares. Os resultados obtidos podem ser relevantes em intervenções que potencializem a saúde destes trabalhadores. Método: Pesquisa de natureza quantiquali, do tipo descritiva; Instrumento de coleta: fez uso do Inventário sobre o Trabalho e Risco de Adoecimento (ITRA), além de entrevista semi-estruturada e observação direta. A amostragem, para escolha da unidade observacional foi do tipo não-probalística, por conveniência composta por 25 sujeitos, entre policiais homens e mulheres do 8º Batalhão da Polícia Militar em Aracaju/SE. A pesquisa fez uso dos procedimentos éticos como o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) e a Solicitação de Autorização para Pesquisa (SAP). Resultados: foi diagnosticado um índice considerado crítico de risco de adoecimento, o que compromete a qualidade de vida destes profissionais. A avaliação moderada, crítico foi percebida em todas as escalas. A avaliação do contexto de trabalho apresentou o maior índice de insatisfação, as condições de trabalho justificam este resultado. O índice mais satisfatório foi a relação prazer-sofrimento, a vivência de prazer é maior em relação do que a vivência do sofrimento. Isto se dá por conta das estratégias utilizadas por estes profissionais para enfrentar o sofrimento. Dentro destas estratégias, as relações interpessoais revelaram-se mecanismos compensatórios do sofrimento.

Descritores: Psicodinâmica; Trabalho; Prazer; Sofrimento.

1 Artigo produzido a partir do Relatório de Estágio em Psicologia Organizacional e do Trabalho do Curso de Psicologia da Faculdade Pio Décimo em Maio-Junho de 2011.

2 Graduanda do Curso de Psicologia da Faculdade Pio Décimo.

3 Professora MSC, Orientadora e Supervisora do Estágio em Psicologia Organizacional e do Trabalho do Curso de Psicologia da Faculdade Pio Décimo.

4 Graduado em História pela Universidade Tiradentes; Graduando em Psicologia pela Faculdade Pio Décimo; Pós-graduando em Psicopedagogia Clínico-Institucional pela Faculdade São Luís de França.

5 Graduanda do Curso de Psicologia da Faculdade Pio Décimo.

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Autor: Marcelo Da Silva Barreto


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