Leitura e os sentidos dos textos



UNIVERSIDADE ANHAGUERA UNIDERP

 

 

 

Adriana Patrícia de Amorim Silva – RA 377071

Bárbara Pacheco dos Santos – RA 368743

Elaine Santos de Oliveira – RA 371211

Josiane Glória de Morais Alt – RA 353968

Rosália dos Santos  Ramos – RA 365206

Veronice Maria de Jesus – RA 353726

 

 

 

LEITURA E OS SENTIDOS DE TEXTO

PROF LUIZ ROBERTO WAGNER

 

 

 

 

 

 

CUIABÁ – MT

 2012

Concepção de leitura

A leitura é muito importante na nossa vida, sobre a necessidade de se cultivar o habito de leitura entre crianças e jovens, sobre o papel da escola na formação de leitores competentes, com o que concordamos prontamente.

Mas dessa discussão, destaca-se questões como: O que é ler? Para que ler? Como ler? As perguntas poderão ser respondidas de diferentes modos, os quais revelarão uma concepção de leitura de corrente da concepção de sujeito, de língua, de texto e de sentido que se adote.

Ler é questionado pelo mundo e por si mesmo significa que certas respostas podem ser encontradas na escrita, significa poder ter acesso a essa escrita, significa construir uma resposta que integra parte das novas informações ao que já se é.

A concepção de leitura na sociedade contemporânea é muito diferente da sociedade de duas décadas atrás, ela exige uma atenção múltipla para aprender a lidar com a enorme quantidade de links e hiperlinks conectado a um texto. Ler significa ser questionada.

Estratégia de leitura

Desse leitor, espera-se que processe, contradiga ou avalie a informação que tem diante de si, que a desfrute ou rechace, que de sentido e significado ao que lê, tentamos uma    “ simulação’’ de como nós leitores recarregamos a uma serie de estratégias no trabalho de construção de sentido.

As estratégias de leitura dizem respeito ás formas utilizadas pelo leitor para facilitar a compreensão dos dados informativos de um texto. Assim os procedimentos adotados por cada um se diferenciam, uma vez que nem todos assimilam conhecimentos da mesma forma.

Algumas pessoas encontram dificuldades em ler, pois acham cansativos, monótono e difícil. Isso ocorre porque na maioria das vezes o indivíduo ainda não encontrou um meio estratégico para promover sua leitura de maneira prática.

Leitura e produção de texto

Anteriormente, destacamos a concepção de leitura como uma atividade baseada na interação autor texto leitor. Se, por um lado, nesse processo, necessário se faz considerar a materialidade linguística do texto, elemento sobre o qual e a partir do qual se constitui a interação, por outro lado, é preciso também levar em conta os conhecimentos do leitor, condição fundamental para o estabelecimento da interação, com o maior ou menos intensidade, durabilidade, qualidade.

Leitura e ativação de conhecimento

É por essa razão que falamos de um sentido para o texto, não do sentido e justificamos essa posição, visto que na atividade de leitura ativamos lugar social vivencias, relações com o outro, valores da comunidade, conhecimento textuais.

Pluralidade de leitura e sentidos

Considerar o leitor e seus conhecimentos e que esses conhecimentos são diferentes de um leitor para o outro implica aceitar uma pluralidade de leituras e de sentidos em relação a um mesmo texto.

A pluralidade de leituras e de sentidos pode ser maior ou menor dependendo do texto. Leitura é atividade de produção de sentido. O leitor faz um trabalho ature de compreensão e interpretação a partir de seus objetivos de seu conhecimento sobre o autor, de tudo o que se sabe sobre a linguagem numa sociedade globalizada e cada vez mais exigente surge à necessidade de se formar leitores competentes, haja vista que hoje não há uma forma mais eficaz de se aprender conhecimento ou bens intelectuais sem passar pela famigerada, mas imprescindível prática de leitura.

 

Os gêneros presente no texto

     Os Gêneros textuais são as estruturas com que se compõe os textos, sejam eles orais ou escritos. Essas estruturas são socialmente reconhecidas, pois se mantêm sempre muito parecidas, com características comuns, procuram atingir intenções comunicativas semelhantes e ocorrem em situações específicas. Gênero Textual ou Gênero de Texto se refere às diferentes formas de expressão textual. Nos estudos da Literatura temos, por exemplo, poesia, crônicas, contos, prosa, narrativa ,etc.

     Para a Linguística, os gêneros textuais englobam estes e todos os textos produzidos por usuários de uma língua como:

  • A Carta Argumentativa;   
  • A carta pessoal;   
  • A entrevista - Um gênero basicamente oral;   
  • A notícia - Um gênero textual de cunho jornalístico;
  • A reportagem;   
  • A resenha crítica - Um gênero do âmbito jornalístico;   
  • Abaixo-assinado - Um gênero textual reivindicativo;   
  • Anúncio classificado;   
  • Artigo de opinião;   
  • Carta aberta;   
  • Carta do leitor;   
  • Diário: Um gênero discursivo;
  • O anúncio publicitário;   
  • O blog - comunicando e interagindo;
  • O cartaz - Um gênero textual informativo;
  • O debate - Uma modalidade essencialmente; argumentativa   
  • O e-mail - Um gênero textual do meio eletrônico ;
  • O editorial - Uma modalidade que circunda no cotidiano jornalístico;   
  • O esquema e o resumo - fortes aliados diante da compreensão textual;   
  • O manifesto - Um gênero que visa ao exercício da cidadania;
  • O relato pessoal;   
  • O relatório;   
  • Painel;
  • Resenha;

     .Seminário e tantos outros exemplares de gêneros que circulam e que vão surgindo de acordo com a necessidade comunicativa da sociedade moderna.

        No caso específico do texto “O cofundador do facebook pode ser banido dos Estados Unidos”, encontrado no Portal Terra pode ser definido como gênero jornalístico pelo canal utilizado para chegar ao receptor (internet, jornais, revistas e outros meios de comunicação), de caráter informativo por se tratar de um assunto de relevância para os usuários do aplicativo.

       Entretanto, para que o um texto obtenha comunicação suficiente é necessário que, além de adequar a linguagem ao seu receptor e ao canal comunicativo, selecionar os elementos coesivos que dão unidade ao texto. Os elementos que exercem essa função fazem parte da classe gramatical variável e invariável, são as preposições, as conjunções, alguns advérbios, pronomes e outros. Exemplos:

  1. Indicadores de oposição, contraste, adversidade:
    Preposições, conjunções e locuções:
    mas, porém, todavia, contudo, entretanto, no entanto, embora, contra, apesar de, não obstante,ao contrário , etc.

    2. Indicadores de causa e conseqüência:
    Preposições, conjunções e locuções
    porque, visto que, em virtude de, uma vez que, devido a, por motivo de, graças a, sem razão de, em decorrência de, por causa de, etc.

    3. Indicadores de finalidade:
    Preposições, conjunções e locuções
    afim de, a fim de que, com o intuito de, para, para a, para que, com o objetivo de, etc.

    4. Indicadores de esclarecimento:
    Preposições, conjunções e locuções
    vale dizer, ou seja, quer dizer, isto é, etc.

    5. Indicadores de proporção:
    Preposições, conjunções e locuções
    à medida que, à proporção que, ao passo que, tanto quanto, tanto mais, a menos que, etc.

    6. Indicadores de tempo:
    Preposições, conjunções e locuções
    em pouco tempo, em muito tempo, logo que, assim que, antes que, depois que, quando, de quando em quando, sempre que, etc.
    7. Indicadores de condição:
    Preposições, conjunções e locuções
    se, caso, contanto que, a não ser que, a menos que, etc.

    8. Indicadores de conclusão:
    Preposições, conjunções e locuções
    portanto, então, assim, logo, por isso, por conseguinte, pois, de modo que, em vista disso, etc.

     No texto sobre a provável expulsão do cofundador do facebook dos Estados Unidos, temos no segundo parágrafo, a frase, “De acordo com notícias prévias, a renúncia à cidadania aconteceria para que ele não pagasse os mesmos impostos de um cidadão comum americano”, neste caso, o pronome pessoal do caso reto “ele” funciona como um elemento coesivo que remete ao nome do protagonista da notícia que já fora mencionado no primeiro parágrafo evitando uma repetição desnecessária que empobreceria o texto. O último parágrafo apresenta a conjunção adversativa “no entanto” para mostrar a contradição gerada com a polêmica em torno da renúncia à cidadania americana pelo fundador do facebook e o que realmente acontece naquele país, uma vez que a ABC News declarou que no ano passado cerca de 1,7 mil pessoas fizeram o mesmo para fugir dos impostos.

 

Os principais elementos coesivos são

Pronomes: os livros já foram encapados. Por favor, leve-os.

Verbos: Pedro e Carmem foram ao cinema, mas não gostaram do filme.

Advérbios: a cidade é bonita. Aqui conseguiremos descansar

Adjetivos: Paulo encontrou-se aborrecida

Numerais: Lucas e João passaram no vestibular, os dois estão felizes.

Elementos coesivos sequenciadores: (ou articuladores) estabelecem a progressão                      ( o desenvolvimento) do texto, possibilitando a introdução de ideias novas através de termos ou expressões que dão sequencia nova ao enunciado.

 

Elemento coesivo sequencia

Prioridade relevância: em primeiro lugar, primeiramente.

Tempo, frequência, duração, ordem, sucessão, anterioridade, posterioridade etc. Então, enfim, logo depois, imediatamente, logo após, enquanto.

Semelhança, comparação, conformidade: como segundo da mesma maneira que.

Condição hipótese: se, desde que, contanto que.

Adição, continuação: alem disso, demais, por outro lado.

Dúvida: talvez, quem sabe, provavelmente.

Certeza, ênfase: decerto, por certo, indubitavelmente, certamente.

Surpresa imprevista: inesperadamente, surpreendentemente.

Ilustração, esclarecimento: por exemplo, isto é, quer dizer.

Propósito intenção, finalidade: a fim de, com o propósito de.

Lugar, proximidade, distancia: perto de, alem, próximo de.

Resumo, recapitulação, conclusão: em suma, em síntese, portanto.

Causa e consequência, explicação: por consequência, por conseguinte.

Contraste, oposição, restrição, ressalva, concessão: pelo contrário, exceto.

Alternativa: ou, ora, quer, nem.

Negação: não, absolutamente, de modo algum, nunca.

Afirmação: sim, certamente, afetivamente.

Modo: bem, mal, depressa, devagar, de carro.

Referência: a, ante, após, desde, para.

Intensidade: muito, pouco, bastante, tanto.

Inclusão: até, inclusive, também, alem disso.

Exclusão: apenas, salvo, somente, exclusive.

 Descrição- descritivo: descrever é representar com palavras um objetivo - uma coisa, uma pessoa, uma paisagem, uma cena, ou mesmo um estado, um sentimento, uma experiência etc.    

 Fundamentalmente por meio de nossa percepção sensorial, nossos cinco sentidos: são, tato, audição olfato e paladar.

Introduções para a produção do texto descritivo: no texto descritivo o sujeito cria uma imagem verbal do objeto entenda- se a palavra no sentido mais amplo possível dando suas características predominantes apresentando os traços que o singularizam de acordo com o objetivo e com o ponto de vista que possui ao realizar o texto.

Descrição objetiva

Objetivo: deve esclarecer, convencendo.

Ponto de vista: predominante objetivo

Exemplo: descrição técnica

Descrição subjetiva

Objetivo: deve impressionar, agradando.

Ponto de vista: predominante subjetivo

Exemplo: descrição literária

Narrativo

Fundamentalmente narrar é contar um história que pode ser real, imaginárias ou ambas as coisas ao mesmo tempo. Em qualquer um dos casos, nossa capacidade de fabular isto é, de relacionar personagens e ações, considerando circunstancia de tempo e de espaço, constitui a essência do texto narrativo.

 

 

Instruções para produção de um texto narrativo

No texto narrativo o nosso compromisso é com a reprodução do que de fato aconteceu, precisamos como na descrição, atentar para a exatidão e a fidelidade do narrador aquilo de que foi testemunha ou de que participou como personagem.

- criação e manutenção de expectativa de leitura, com índices do conflito.

- explosão do revelando unidade e coerência na progressão de ações.

- solução do conflito: as personagens resolvem ou tentam resolver o conflito.

Reconhecimento do objetivo pelo qual a historia foi contada.

Dissertativo- argumentativo

Dissertar e discutir assuntos, debater ideia, tecer opiniões, delimitando um tema dentro de uma questão ampla e defendendo um ponto de vista, por meio de argumentos convincentes.

 

Instruções para a produção de um texto dissertativo

Portanto um texto dissertativo um tipo de texto lógico-expositivo colocamo-nos criticamente perante alguma dimensão da realidade e, mais do que isso, fundamentamos nossas ideias, explicitamos os motivos pelos quais pensamos o que pensamos.

-Introdução

-apresentação do ponto de vista

-Desenvolvimento

-Apresentação dos argumentos

-Conclusão

-Reafirmação do ponto de vista

 

 

 

A importância de elementos coesivos em diferentes tipos de texto

Ao contrário do que pensam alguns alunos da área de letras e pedagogia, até bem pouco tempo, a maioria dos alunos já reconhecem que os elementos coesivos não são apenas palavrinhas que ligam uma frase a outra. Há uma boa relação de uso de determinados mecanismo de coesão que dão sentidos ás partes de um texto.

Com o uso de elementos coesivos podemos elaborar textos claros e eficientes, frase ligada entre si dentro de uma sequencia. No que diz respeito a um bom texto escrito existem os  principais elementos coesivos utilizados em texto que são pronomes, verbos, advérbios adjetivos e numerais.

Cabe ressaltar que o uso de elementos coesivos não deve ser utilizado apenas pelo prisma quantitativo e sim qualitativo de um bom texto que pode ser descritivo, narrativo e dissertativo-argumentativo.

Convém observar que elementos coesivos sequenciadores ou articuladores estabelecem a progressão o desenvolvimento de texto possibilitando a introdução de ideias novas, através de termos ou expressões que dão sequencia nova ao enunciado.

É escrever um bom texto não é fácil, mãe é praticando e conhecendo cada tipo de texto e mecanismos utilizados é que aprendemos a escrever melhor.

 

Reforma ortográfica

Trema- desaparece em todas as palavras

Antes                                                                 Depois

Freqüente, lingüiça, agüentar.                           Frequente, linguiça, aguentar.

 

 

 

Acentuação 1- some o acento dos ditongos abertos éi e ói das palavras paroxítonas (as que têm a penúltima sílaba mais forte)

Antes

Européia, idéia, heróico, apóio, bóia, asteróide, coréia, estréia, paranóia, jibóia, assembléia.

Depois

Europeia, ideia, heroico, apoio, boia, asteroide, coreia, estreia, paranoia, jiboia, assembleia.

Acentuação 2- some o acento no i e ou u fortes depois de ditongo (função de duas vogais) em palavras paroxítonas.

Antes                                                             Depois

Baiúca, bocaiúva, feiúra.                              Baiuca, bocaiuva, feiura.

- se o i e o u estiverem na última sílaba, o acento continua como em: tuiuiú ou Piauí

Acentuação 3- some o acento circunflexo das palavras terminadas em êem e ôo (ou ôos)

Antes

Crêem, dêem, lêem, vêem, prevêem, vôo, enjoos.

Depois

Creem, deem, leem, veem, preveem, voo, enjoo.

Acentuação 4- some o acento diferencial

Antes

Pára, péla, pêlo, pólo, pêra, côa.

Depois

Para, pela, pelo, polo, pera, côa.

- não some o acento diferencial em pôr (verbo) / por (preposição) e pôde (pretérito) / pode (presente). Fôrma, para diferenciar de forma, pode receber acento cincunflexo.

 

Acentuação 5- some o acento agudo no u forte nos grupos gue, gui, que, qui, de verbos como averiguar, apaziguar, arguir, redarguir, enxaguar.

Antes

Averigúe, apazigúe, ele argúi, enxagúe você.

Depois

Averigue, apazigue, ele argui, enxague você.

Observação: as demais regras de acentuação permanecem as mesmas.

 

Considerações finais

Foram discutidas neste artigo especificidades pertinentes ao ensino de leitura-produção de texto, deixando claro que um ensino satisfatório que supra as necessidades particulares de cada estudante atendido deve levar em consideração elementos ideológicos (como a abordagem linguística utilizada, bem como a concepção de língua e texto adotada por professores) logísticos (estrutura física adequada ás produções) e pedagógicos (escolha das praticas e métodos utilizados por professores) entre outros. Gênero textual gênero de texto se refere ás diferentes formas de expressão textual. Leitura e produção de texto

 Anteriormente destacamos a concepção de leitura como uma atividade baseada na interação autor texto leitor. Criação e manutenção de expectativa de leitura com índices do conflito.

Explosão do revelando unidade e coerência na progressão de ações. Reconhecimento do objetivo pela qual a história foi contada.

 

 

BIBLIOGRÁFIA


Dicionário da Língua Portuguesa.

HOUAISS, Antônio. Dicionário Houaiss Sinônimos e Antônimos. Rio de Janeiro: Objetiva, 2003.

KAUFMAN, Ana María e RODRÍGUEZ, María Helena. Escola, leitura e produção de textos. Porto Alegre: Artmed, 1995.

LUFT, Celso Pedro. Novo Manual de Português. 5a. ed. São Paulo: Globo, 1999.

MEDEIROS, João Bosco. Redação Científica: a prática de fichamentos, resumos, resenhas. São Paulo: Atlas, 1997.


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