ROMANTISMO E CONSUMO



Quanto custa a liberdade? Quero dizer que estou disposto a pagar um preço muito caro para ser livre, viver entre os pobres e comer o pão-que-o-diábo amassou, e andar descalço, e de roupas rasgadas, sujo e sabendo que fui condenado a existir.

As ilusões eu enterrei no passado, mesmo recente, ainda tenho pesadelos. Estou condenado a saber que existo, e obrigado a existir, tendo plena consciência de minhas condições.

Não quero ouvir, elogios ou poemas de consolação, apenas quero ter o direito de saber que existo. Ler um jornal é tortura ou sentar no sofá para ver televisão e alienar-se ao regime ditatorial do politicamente correto, mas o que é correto em um mundo de erros?

Errar não é mais virtude, e sim defeito.

É necessário aparece para crescer. É uma apologia ao consumo e ao mesmo tempo um elogio ao egocentrismo do homem, e viva ao ostracismo das castas midiáticas. É por essas e outras que o homem é depressivo, não consegue satisfazer-se (e a felicidade onde fica?).

É um exagero dizer que tal produto é bom, mas é necessário afirma que você não consegue sobreviver sem ele. E vamos vender e comprar, é necessário. Comprar para nunca faltar, é tudo ilusão e depressão.

Você consumidor é importante, mas os outros também são. E vamos consumir, é natal época de fartura e celebração, em nome do pai, do filho e do dinheiro.

E se adoeces, temos o remédio para seus males curar, é o “elixir” da satisfação da razão.


Autor: Leonildo Dutras De Oliveira


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