Entrevista com Eduardo Augusto Lourenço - Autor do livro A Grande Pirâmide e o Segredo das Civilizações



Eduardo Augusto Lourenço nasceu em 1975, na cidade de São José do Rio Preto, São Paulo, mas mudou-se para Fernandópolis, onde passou toda a infância e adolescência. Formou-se em Publicidade e Propaganda, e pós-graduou-se em Administração e Marketing, na capital paulista. Por “capricho do destino”, foi morar na mesma rua onde está situada a Federação Espírita Brasileira, quando então teve contato com a doutrina espírita e passou a frequentar os cursos de introdução ao espiritismo, assistir palestras e participar das sessões de passe.
Em 1999 foi para a cidade de Americana, no interior de São Paulo, onde frequentou diversas casas espíritas. Em 2003, com a fundação da Associação Espírita Mensageiros de Luz, em que é o atual dirigente, começou a trabalhar mediunicamente e aprimorar as mediunidades de cura, psicografia e psicofonia. Por ter sido criada com o objetivo de amparar e equilibrar o indivíduo quanto aos aspectos emocional, psicológico e espiritual, revivendo a pergunta 919 de O Livro dos Espíritos: “Conhece-te a ti mesmo”, diz-se que a Associação foi fundada por uma coincidência “providenciada” na mesma data em que se comemora o dia da saúde mental.
Foi após a fundação dessa instituição espírita que o autor começou a psicografar. Sua primeira obra, Tempo de Despertar, é composta por mensagens recebidas durante as reuniões mediúnicas, com o objetivo de fazer despertar o auto-conhecimento, o otimismo e a caridade nos assistidos.
Outras obras psicografadas por Eduardo Lourenço são: O Ser Consciencial, Ajuda-te e o Céu te Ajudará e O Homem Transcendental.

 

 

1. Quem é o espirito Irmão Benedito?

R: Irmão Benedito foi o médico e botânico, que viveu na espanha no século XV na cidade de Sevilha chamado Nicolas Monardes, depois reencarnou no século XVI na África, como irmão Benedito vindo para o Brasil, precisamente na Bahia como escravo, foi médium de cura e grande conhecedor de plantas medicinais, em sua última reencarnação nasceu no Brasil na cidade de São Paulo, formou-se em medicina pela USP e desencarnou em 1969 em plena atividade.

 

2. Os capelinos, seriam os mesmos espiritos dragões, tão abordados na literatura mediúnica contemporânea?

R: Sim, os capelinos que não aceitaram o exílio e se rebelaram realmente são os mesmos espíritos chamados de dragões tão falados e comentados na literatura espírita, são espíritos belicosos, guerreiros, sanguinários, conhecedores da magia negra, defensores da predominância da raça adâmica, onde vemos o  maior holocausto que é a primeira e a segunda guerra mundial com grande influência destes espíritos rebeldes, vemos o emblema do dragão nas mais antigas civilizações por exemplo, na china, na mesopotânia, nos babilônios, egípcios e hindus.

 

3. Por que escolher esse tema, em suas obras, que trata da arquelogia espiritual?

R: Porque, trata da história espiritual da humanidade, onde somos frutos do aprendizado destas grandes civilizações e de espíritos missionários que deixaram profundos conhecimentos, contribuindo assim, com o progresso intelectual e moral dos homens.

 

4. Em um de seus livros, trata sobre licantropia. É possível, um espirito nessas condições reencarnar?

R: Licantropia é uma palavra que têm origem num vocábulo grego composto de Lykos (lobo) e tropos (forma). Significa a transformação de um espírito num lobo ou a metamorfose, de que determinados seres se transformavam em lobisomem.Licantropia, ou Zoantropia, fenômeno de materialização do corpo astral ou perispiritual de determinadas pessoas, e que surge por desejo próprio ou sem desejo algum. André Luis, nos tem dado belíssimas e instrutivas mensagens através do saudoso Francisco de Paula Cândido Xavier, conta-nos o caso de um espírito que tomou momentaneamente a força de um lobo, por forte sugestão de outro espírito. Se uma pessoa de instinto animalesco ou animal, se materializa, provoca ou não, no seu corpo astral impressões aparentes de lobo, cão ou mula (burro). Quando estes espíritos reencarnam por processo compulsório, trazem enormes lesões em seus perispírito, consequentemente modelam o corpo físico com muitas deformidades, causando várias aberrações.

 

5. Para psicografar esse livro que trata de questões interdisciplinares como matemática, geografia, história, filosofia, arqueologia, arquitetura, geometria, astronomia e etc, você, como médium precisou estudar alguns livros antes, sob recomendação do espirito autor?

R: Sim, pois a minha mediunidade de psicografia é inspirativa, tive que estudar e pesquisar muitos livros, para esvreve-lo.

6. As previsões do livro seriam inevitáveis ou podem ser evitadas pela transformação da humanidade?

R: Tudo pode ser evitado e mudado, desde que a humanidade busque o caminho que leva ao amor, a caridade e a renovação íntima.

7. Como vê o movimento espírita hoje em dia? Ele corre o risco de tornar-se uma religião dogmática ou está seguindo o progresso do conhecimento?

R: O conhecimento liberta o homem, desde que consigamos nos libertar dos preconceitos, dogmas, rituais, práticas exteriores, cultos aos deuses ou aos médiuns, o movimento espírita como qualquer doutrina corre o risco de se perder, vemos o que aconteceu com o cristianismo primitivo em sua transformação para o catolicismo, existe uma forte tendência de voltarmos aos velhos hábitos e costumes, com a criação de certas instituições que tazem a estrutura da velha religião, com seus paradigmas e preceitos muito mais humano do que divino.

8. Qual a relação de seu livro A GRANDE PIRÂMIDE E O SEGREDO DE UMA CIVILIZAÇÃO com o mundo atual? Quais contribuições ele traz?

R: É uma relação literalmente atual, porque os egpícios estavam muito a frente da humanidade, com a sua ciência secreta que é o próprio espiritismo, uma cultura moderna que respeitava a mulher, que adorava um Deus único, que amava e servia ao próximo. As contribuições são muitas, porque vemos o quanto ainda estamos atrasados, assuntos sobre espiritualidade e todos os seus apectos de pureza foram abordados em todas as epócas da humanidade, e ainda temos dificuldades de compreender e de viver o bem em seu real sentido.

10. Existem mais pessoas espiritas na sua família?

R:Sim, todos em casa são espíritas.

11. Comente, um pouco, cada capítulo do livro. Qual capítulo mais te surpreendeu?

R: O livro da Grande Pirâmide e o Segredo de Uma Civilização, fala dos capelinos, principalmente dos que viveram a margem do rio Nilo os egípcios. A obra analisa a relação das pirâmides e dos egípcios, a chegada dos deuses que vieram do Céu — os capelinos —, a espiritualidade dos egípcios e suas práticas de comunicação com os mortos, o passe magnético, a ciência secreta, a construção das pirâmides, o processo de mumificação, as pirâmides como catalisadores de energia, suas câmaras secretas, e a geometria sagrada que presidiu à sua construção, com as medidas astronômicas que só a Idade Contemporânea pôde calcular novamente. Tudo aí está, como testemunho de uma ciência estelar que a presente obra permite desvendar em detalhes. O capítulo que mais me surpreendeu foi o processo de mumificação e a geometria sagrada de pirâmide.


12. Você foi levado para conhecer o passado do Egito ou já conhecia algo a respeito e o espirito autor utilizou o conhecimento armazenado em seu inconsciente?

R: Pessoalmente não conheço o Egito, mas a entidade benfeitora quando estavamos escrevendo o livro, me levou em desprendimento do sono para o antigo Egito, onde pude ver antigos rituais de iniciação, a ciência secreta e tanto outros acontecimentos. 

13. Tem informação de alguma vida passada sua?

R: Sim, tive duas visões consciente, uma eu me encontrava nos porões de uma igreja e me foi mostrado que eu participava da parte doutrinária da igreja chamada Opus dei e outra estava na França onde participei da guerra dos Cem Anos.

14. Já teve encarnação no Egito?

R: No Egito não me lembro, acho que já faz muito tempo rsss.

15. Segundo algumas obras espiritualistas, os capelinos tinham uma grande evolução intelectual mas uma evolução moral subdesenvolvida. Você confirma isso? Como eles contribuíram com a evolução do planeta?

R: Na verdade a massa de espíritos que vieram do Sistema de Cocheiro foram muitos, estes chegarão aqui no planeta Terra por um processo expiatório, foram banidos de sua moradia, de seu paraíso por não conseguirem acompanhar o processo de evolução que vivia Capela, estes espíritos exilados eram muito intelectualizados, foi ai que contribuiram para o progresso material do planeta, através da matemática, geometria, arquitetura, medicina, filosofia, arte, política e todas as outras ciências, muitos conseguiram retornar para Capela porque conseguiram se moralizar, outros preferiram ficar no planeta Terra para continuar cooperando com o progresso moral e intelectual dos seus habitantes e outros foram banidos novamente para outras moradias ainda mais primitiva do que a Terra. 

 

16. A visão que os capelinos tem de Deus é semelhante a nossa?

R: Sim, a visão do Deus único Criador do de tudo, causa primeira de todas as coisas.

 

17. Você já visitou o Egito? No livro OS DRAGÕES, Maria Modesto Cravo fala de Seraphys Day, um espirito que realiza trabalhos no templo de Luxor, Karnak, e afirma que qualquer pessoa que visitar o lugar, sentirá uma energia benfazeja. Já teve essa experiência?

R: Eu nunca visitei o Egito, mas realmente todos os lugares sagrados ficam impregnados de bons fluidos e conseguimos sentir a paz do ambiente, como também lugares onde acontece assassinatos, crimes, orgias, drogas, corrupção, ficam também impregandos de maus fluidos onde o sensitivo ou médium sente o ambiente carregado, pesado, podendo dar naúseas, dor de cabeça, ânsia e outros sintomas desagradáveis.

18. Qual a sua visão de 2012? final do mundo ou final do Ciclo?

R: Apenas final de um ciclo que se encerra, como diz Kardec no livro A Gênese, é como se deixassemos um velho mundo de barbária, de selvageria, orgulho, egoísmo, ganância, escravidão, desigualdade, injustiça, fome, peste. Para começarmos uma nova etapa, mas para isso é necessário nossa regeneração íntima, pois somos os trabalhadores da última hora, lutando por nossa melhora, através da prática do amor e da caridade.

 

19. Qual a melhor forma de exercer a mediunidade?

R: A melhor forma de exercer a mediunidade é através da simplicidade, da humildade e da renúnica dos nossos vícios morais e físicos pela reforma interior sem martírio, tendo Jesus como modelo e guia, a mediunidade do amor.

 

20. Fale sobre os trabalhos relevantes da Associação Espírita Mensageiros de Luz. Você é médium de cura?

R: Nossa casa é voltada para tratamentos psíquicos, obsessivos  e físicos através das cirurgias espirituais, também temos uma parceria com uma instituição que cuida de meninos dependentes químicos sem fins lucrativos, onde fazemos campanha para arrecadar alimentos e dois dias da semana damos a assistência espiritual, com passes e a leitura do O Evangelho Segundo o Espiritismo. Sou médium de cura onde exerço minha mediunidade três vezes por semana.


21. Quais as maiores dificuldades que você encontra no mundo atual para transformar nosso planeta num mundo de regeneração? Em seus livros, fala da traição, do aborto, o vício da bebida, a ilusão da vaidade, a importância do casamento e da família. Comente um pouco.

R: A maior dificuldade que vejo de um modo geral ainda é o materialismo, o apego, que nos ascende o sentimento do orgulho e do egoísmo, atravancando nossa regeneração. A falta de responsabilidade conosco e com os outros nos leva a uma insatisfação pessoal muito profundo e vemos várias mazelas nascerem deste vazio da alma como o aborto delituoso que descarta como sucata nossa própria espécie humana, o vício da bebida que entorpece nossos sentidos e camufla nossas dores da alma, a vaidade que hoje cria modismo e padrões de beleza torturantes gerando doenças comportamentais como a bulimia e a aneroxia, a destruição da família e do casamento pela falta do culto no evangelho do lar e da busca dos valores verdadeiros das leis divinas.

22. Quem é mais forte, o pensamento ou o sentimento?

R: Segundo os espíritos temos duas asas para ser desenvolvida, uma procede do pensamento e da razão que nos dá a intelectualidade no exercício de buscarmos nossas soluções para os problemas de todas as ordens, e a outra asa provém da moralidade que é o despertar dos nobres sentimentos, então ambas são importantes, ora desenvolvemos uma, ora desenvolvemos a outra, através do processo da reencarnação.

23. a fé, a oração, é capaz de alterar a lei de causa e efeito?

R: A fé, a oração são pontes que nos leva a fonte cristalina, que são as leis divinas que estão gravadas em nossa consciência, mas o amor delas todas é a mais importante segundo Paulo, pois o amor cobre multidão de pecados, será perdoado a quem muito amou, podemos alterar a lei causa e efeito quando compreendemos que o mal que fizemos ao outro é o mal que teremos que colher, e só a caridade através do amor, nos absolve do tribunal de nossa própria semeadura dando-nos o auto-perdão.

 

24. Eduardo. Percebo que atualmente, alguns médiuns estão, literalmente, removendo o véu da história, trazendo importantes informações sob uma ótica espiritual da evolução de nosso planeta. Na minha opinião, você é um desses desbravadores. No entanto, com grandes tarefas, vem grandes responsabilidades. Qual o conselho que você daria para que o médium não tropece na vaidade, na inveja, no personalismo, e continue produzindo obras de grande teor ético e espiritual? Se for possível, como lida, no seu labor diário, com o assédio dos espiritos obsessores? Quanto mais trabalhador, mais perseguição, diz André Luiz.

R: Temos que compreender que em primeiro lugar a mediunidade não é sinal de intelectualidade e muito menos de moralidade, todo médium deve compreender que é um ser necessitado, que pela mediunidade tem a possibilidade de se reeguer e entender que seus talentos espirituais são um empréstimo dos benfeitores espirituais, na busca de nos autoiluminar. Pois o personalismo, o endeusamento do médium, a vaidade, o orgulho são entraves e armadilhas dolorosas que nos leva a derrocada individual e coletiva, por isso precisamos orar e vigiar sempre, conhecendo as nossas mais íntimas dificuldades, as nossas más tendências, e pouco a pouco, irmos se desfazendo de comportamentos, pensamentos e sentimentos que nos leva a maledicência, a maldade, a inveja, ao ciúme, ao privilégio, ao orgulho e ao egoísmo. Devemos entender a frase que Jesus nos disse de que ele não veio para o sãos e sim para os doentes e que todos nós que nos encontramos hoje nas instituições religiosas de uma maneira ou de outra somos doentes, necessitando de compreendermos as leis divinas, trabalhando na mediunidade em favor do próximo como a de nos mesmos. 

 

25. Suas últimas considerações sobre quem pretende iniciar a prática da mediunidade. A famosa frase do templo de Delfos, imortalizada por Sócrates, conhece-te a ti mesmo, pode ser aplicada por qualquer um, ou apenas por espiritas?

R: Por sinal adoro esta frase, ela esta inscrita bem grande na parede da nossa casa espírita, no qual acho estremamente importante a leitura da questão 619 do Livros dos Espíritos, onde Santo Agostinho nos dá uma receita de bem viver, acho esta frase do templo de Delfos um legado para toda humanidade, pois ela é profunda e nos convida a uma análise de consciência, de fé racional, de mudança, progresso e evolução.

 

26. Quais seus futuros projetos, sociais ou literários, já existem algo em andamento?

R: Na literatura acabei de escrever pelos espíritos Benedito, Batuíra e Padre Donizetti o livro chamado "Médicos de Almas - A Verdadeira Prática da Medicina", onde eles abordam o surgimento da medicina primitiva, chegando a medicina vibracional.

 

27. Depois do desencarne, daqui a alguns anos, como você gostaria de olhar para trás e analisar sua encarnação?

R: Gostaria de poder dizer como Paulo Tarso "saio da vida combatendo o bom combate", gostaria de pelo menos sair um pouco melhor, mais consciente, mais humano e menos mesquinho, gostaria de sair em paz comigo e com os outros, do dever cumprido com minha consciência, acreditando que valeu apena construir o amor e a caridade.

 

28. Obrigado pela entrevista. Acredito que você ainda vai trabalhar muito por que cada livro seu abre um horizonte de novas informações e descobertas, sempre conclamando os espiritos a sua transformação moral e o ensejo de contribuir com um mundo mais cristão.

R: Sou eu que agradeço pela oportunidade, pelo espaço cedido, eu digo que cada livro é uma gota de luz em primeiro lugar pra mim que sou necessitado, que possa ser também para os outros.  

 

 

 

 

 

Entrevistador: João Márcio F. Cruz - Palestrante e escritor, autor do livro Os Quatro Pilares da Educação e Espelhos da vida


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