O dia que você se sentir a vontade



 

Você sairá desse exílio em que têm vivido. O dia que você se sentir a vontade poderá ligar sem medo, procurar sem receio de parecer fraca, derrotada, ou mesmo, quando perder esse orgulho besta de ficar em silêncio para “parecer intransponível” ao que lhe acontece. O dia que você se sentir a vontade com você mesma, antes de mais nada. Não faça pelos outros, mas por você! Não busque na luta diária das pessoas um motivo para estagnar tua alma e congelar teu coração. Nada como um dia de cada vez para trazer aprendizados a nossa vida. Nossa história de vida é muito mais linda do que olham, é mais interessante do que imaginam, e têm mais significados do que nós mesmos pensamos. Você tem sido cruel com você mesma. Um martírio sem propósitos fixos, sem persistência, por mera teimosia. Não cabem julgamentos, você já faz isso melhor do que ninguém. Sempre se condenando, humilhando-se a si mesma, para que mesmo? Você é quem sabe... O que você ganha e o que você perde ninguém precisa saber. Só se gostarem de você, se te amarem (no único sentido que esse sentimento deveria propulsar). Talvez só no dia que você se sentir a vontade para confiar sem restrições, de acreditar nas mãos estendidas para você, sentir o que os olhos denunciaram esse tempo todo, talvez somente nesse dia você conseguirá livrar-se dos fantasmas do passado, dos monstros do porão que vivem e insistem em te atormentar, que fizeram você mudar de direção e que estão querendo fazer você parar no meio do caminho. Isso é justo? Sei lá, quem deve avaliar a justiça ou injustiça é você, ninguém mais tem esse direito. Quando acaba o do outro, começa o teu direito de chorar... De explodir, de ter um dia de fúria e mandar todo mundo “à merda”, com o perdão da expressão. Olhe em volta, veja ao lado, sinta no coração a presença daqueles que te amam. Veja tudo que conquistou, onde chegou, o que falta para alcançar, e faça essa avaliação. É tudo por nada? É a troca de um sonho por pequenas felicidades? É a supremacia do amor? São os resquícios da dor? [...] Confie, acredite, lute, ria, chore, desanime, frustre-se... Mas não pare! Nem se as euforias te levarem às decepções... O que há de novo nisso? Há alguém aí, com cicatrizes profundas, com marcas, com manchas de uma vida inteira de dedicação e intensa capacidade de doação. A troca está justamente (ou injustamente – você que deve ter lido errado) em conseguir elevar teu nível de compreensão sobre as coisas que ocorreram com você. Quem, quando, onde, por que mesmo? Não importa... Inspire-se de novo, levante-se outra vez. Recomece a jornada do dia com dúvidas e certezas, mas não perca a capacidade de reconhecer-se, de saber-se, de ouvir-se, de “lutar-si” (lute por você, não por ninguém)... Enfim, amar-se não é defeito, quando você consegue transformar esse amor próprio em ajuda e auxílio ao próximo, sentindo seja lá o que for isso que você esteja sentindo (amor provavelmente), que de repente as coisas se encaixam e um dia as coisas se acertam... Quem sabe as coisas se encaixem... Um dia as coisas devem se encaixar...

 

Com vídeo da música My Declaration – Tom Baxter – http://youtu.be/RUEpQFxnsCQ

 

 

 


Autor: Johney Laudelino Da Silva


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