Julgue, sim! é o que a nossa bíblia nos diz.



Devemos ou não julgar?

Diariamente nos deparamos com expressões como "não me julgue, é pecado" e coisas fora de contexto como essas, com vários tipos de pessoas, independente do seu "nível" intelectual ou conhecimento bíblico.


Primeiro vamos a alguns textos contundentes ao 'julgar' de forma bíblica, que não é pecado. "O pecado está em julgar de forma inadequada e sem os princípios bíblicos, ou julgar de forma hipócrita." (Robson T. Fernandes):

“Não julgueis segundo a aparência, mas JULGAI segundo a reta justiça” (Jo 7:24)

“Falo como a entendidos; JULGAI vós mesmos o que digo” (1Co 10:15)

“JULGAI entre vós mesmos…” (1Co 11:13)

1 --- A Bíblia está, declaradamente, incentivando o julgamento; você não precisar ter cérebro pra perceber isso.

2 --- Paulo tinha medo de ser julgado pelas pessoas? Não! Ele mesmo dá uma ordem: me julguem! E ele vai mais longe sugerindo que seja julgado conforme a "reta justiça". (1Co 10:15)

Até aqui já fica mais que óbvio: não é errado julgar, e você pode (e deve) usar a Bíblia como medida, que é ainda pior do que usar seus conceitos, pois a Bíblia é muito mais dura! Dessa forma, qual seria o medo de quem é julgado então? Você tem medo de ser julgado? O que anda fazendo? Hummm.

3 --- Não só Paulo, mas também João afirma que deve-se julgar, mas não se deve utilizar conceitos pessoais e particulares como base ou nossas "experiências", mas a Escritura, que é a "reta justiça".

4 --- Repare que, mais que não proibir, ambos desafiam que o julgamento seja logo feito, para que se comprove sem pormenores que há coerência bíblica. Temer julgamento revela medo. Se você me disser que eu não posso te julgar, ao contrário do que disseram Paulo e João, o que devo pensar a seu respeito?

Agora vamos ao texto mais utilizado em defesa dos que temem julgamento: Mateus 7:1-13

“Não julgueis, para que não sejais julgados. Porque com o juízo com que julgardes sereis julgados, e com a medida com que tiverdes medido vos hão de medir a vós. E por que reparas tu no argueiro que está no olho do teu irmão, e não vês a trave que está no teu olho? Ou como dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o argueiro do teu olho, estando uma trave no teu? Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho, e então cuidarás em tirar o argueiro do olho do teu irmão.”

1) Pra começar, o texto não é uma ordem e sim uma CONDICIONAL, o que é totalmente diferente. Só alguém muito ignorante não enxergaria isso: "não julgue, PARA QUE não seja julgado", doutra forma o texto pode dizer: julgue e seja julgado. Aí eu te pergunto: qual o problema? Tem medo de que?

2) O texto apenas explica que quem julga deve estar preparado para ser julgado também: “Porque com o juízo com que julgardes sereis julgados”. Se você é um cristão honesto, não deve temer, sabe que não corre risco algum, mas se teme o julgamento, há com certeza algo errado na sua integridade (reveja isso logo!).

"O texto também é bastante claro quando afirma que este julgamento – para quem julgar – não virá de Deus, mas da própria sociedade. Está escrito: “vos hão de medir a vós” (v.1)." (Robson T. Fernandes).

3) Seremos supostamente julgados conforme o que dizemos ao julgar: “com a medida com que tiverdes medido vos hão de medir a vós”. Ou seja, se você fala mal de quem fofoca, pra começar já está fazendo a mesma coisa! Quem vê erro em tudo, não pode errar! De uma forma geral, se não quer que alguém aponte o dedo pra um deslize seu, não fale sobre esse assunto.

As pessoas irão observar (discernir, julgar) quais critérios que usamos pra fazer o nosso julgamento, e irão usar os mesmos critérios conosco (v. 2). Então qual o problema, não é? Agora, se você vê algum problema nisso, então você realmente não deve julgar; antes, se examine e conserte os erros seus primeiro.

4) O julgamento não pode ser hipócrita: “tira primeiro a trave do teu olho”. Por exemplo: a) citar a falta de algo na vida de alguém, não tendo ela própria. b) falar mal de sexo antes do casamento sendo que casou por ter engravidado a moça; c) falar mal de fofoqueiro (isso é muita incompetência intelectual, convenhamos), etc.

Veja que o problema não é o julgamento em si, mas a hipocrisia, a cara de pau, e a ignorância de quem julga uma causa quando está cometendo ou cometeu o mesmo erro.

5) Corrija primeiro os seus próprios erros e assim poderá julgar os outros: “então cuidarás em tirar o argueiro do olho do teu irmão”.

Se você está realmente lendo a Bíblia, verá que no final Jesus não manda não julgar, nem deixar o argueiro no olho do irmão. JESUS MANDA TIRAR O ARGUEIRO, isto é, JULGAR, SIM! MAS DE FORMA HONESTA E ADEQUADA! Por isso não é errado julgar. É errado julgar quando se comete o mesmo erro (v.5).

Nesse exato momento você deve estar julgando este artigo, parabéns!

Julgue à vontade, de preferência tendo a Bíblia como medida e padrão.

Se você ainda pensar: quem sou eu pra julgar?

Ora, se a Bíblia recomenda o discernimento entre certo e errado, e se, tanto o discernimento quanto a exortação são aspectos considerados "dons" divinos e funções eclesiásticas, então eu é que te pergunto: quem é você pra NÃO julgar?

Não esqueça disso:
Jesus, Paulo e João julgavam e orientaram o julgamento.

OBS.: Julgue, mas não acuse e deixe a condenação com Deus, ok?

 

Vai aqui a cartada final, vinda de ninguém menos que Abrão, para ninguém menos que o próprio Deus:

---- Disse-lhe mais: Eu sou o SENHOR, que te tirei de Ur dos caldeus, para dar-te a ti esta terra, para herdá-la. 
Gênesis 15:7

Me parece óbvio que, vindo do próprio Deus, essa afirmação seria facilmente engolida por Abrão, mas vejamos o que ele diz em seguida:

---- E disse ele: Senhor DEUS, como saberei que hei de herdá-la? 
Gênesis 15:8

Abraão questionou uma profecia vinda diretamente da boca de Jeová, pois queria evidências, queria ter certeza, queria comprovações. Está bom pra você assim? Então também está bom pra mim.

 

 
 

 


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