Com principio e fim
Ora não temo a morte que temos
E sim a vida que somos
No badalar do tempo regulo o meu instante
Que segue avante querendo voltar
Não tem futuro quem o passado não diz
Como no presente caminhar
Ando reticente a passos curtos
Sem querer avançar
Conto minutos meço segundos
De frente pro mundo só quero parar
Parar pra me ver nessa vida passando
Ver meus sonhos indo breve
Minhas ilusões levando
A utopia me confere refém da verdade
E sem piedade a razão me cobra
Sei não ter a mim me completado
Estou ciente contudo, resignado
Sinto cumprida minha porção cabida
E chegada a hora de levar-me a vida
Com sorte, dela só me demitirei
Indo admitir-me noutra essência
Estou pronto, pois que a mim venha
A "senhira morte"
Por: Francisco Sobreira Filho
Autor: Francisco Sobreira
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