O PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES COM HIV/AIDS DO CRM/DST/HIV/AIDS DE FEIRA DE SANTANA-BA NO ANO DE 2010



O PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES COM HIV/AIDS DO CRM/DST/HIV/AIDS DE FEIRA DE SANTANA-BA NO ANO DE 2010

Joelma Dantas Oliveira

Raquel Santos de Sousa[1]

Orientador: Prof. Ms. Luiz Alberto da Silva Lima[2]

RESUMO

O presente estudo teve como objetivo analisar o perfil epidemiológico das pessoas com HIV/AIDS, cadastradas no CRM/DST/HIV/AIDS em Feira de Santana-Bahia no ano de 2010, e buscou-se identificar os aspectos relevantes para a vulnerabilidade ao HIV/AIDS, tais como: escolaridade, condição sócio-econômica, idade, bem como se preocupe também em traçar um mapeamento na região estudada a fim de identificar os bairros de maior incidência. Trata-se de uma pesquisa do tipo exploratória e descritiva, de abordagem quantitativa, cujo procedimento de operacionalização dos dados processou-se com a contribuição da pesquisa documental, a partir da revisão dos prontuários de cadastrados disponibilizados pelo CRM/DST/HIV/AIDS de Feira de Santana-BA no período de novembro a dezembro de 2011. Os dados demonstraram que a maioria dos adultos e jovens cadastrados é do sexo masculino (56%), heterossexuais (61%) e possuem idade entre 19 e 28 anos (36%). Em relação aos bairros de maior incidência tem-se: Tomba (8%), Jardim Cruzeiro e Queimadinha (7%), Brasília (6%), Capuchinhos (5%) e Feira VI e Conceição I (4% ). Nota-se pela realidade apresentada que a vulnerabilidade em relação ao contagio, foge dos critérios relacionados aos grupos de riscos, já que estes apresentaram índices baixos: homossexuais (12%), bissexuais (14%)m transexuais (2%), usuários de drogas (17%). , entende-se assim que o contágio no referido município é fruto principalmente do sexo desprotegido. Tal fato remonta a necessidade de se rever os procedimentos atuais existentes na prevenção ao HIV/AIDS/DST.

Palavras – chave: HIV/AIDS. Perfil Epidemiológico. Vulnerabilidade.

INTRODUÇÃO

AIDS foi reconhecida em meados de 1981 nos Estados Unidos, a partir da identificação de números elevados de pacientes adultos do sexo masculino, homossexuais e moradores de São Francisco ou Nova York. (MORAES, 1981).

De acordo com Szwarcwald et al (2000), no início, detectou-se o vírus HIV, sobretudo em homossexuais e bissexuais masculinos, em pessoas que necessitavam de transfusão sanguínea, como os hemofílicos, e, subseqüentemente, os usuários de drogas injetáveis, criando a setorização dos infectados, os ditos “grupos de riscos”, contribuindo assim para a proliferação rápida da infecção, pois, a partir desta visão, disseminou-se confusamente a idéia que só estes grupos tidos como “grupos de riscos”, eram susceptíveis a contrair o vírus, não enfatizando o caráter da transmissão e infecção.

O aumento da transmissão por contato heterossexual implica o crescimento substancial de casos em mulheres, o qual tem sido ressaltado como uma das mais importantes características do atual quadro da doença no Brasil. Nota-se então que as diferentes formas de ocorrência da epidemia dependem, entre outros fatores, do comportamento humano individual e coletivo. (BRITO, CASTILHO e SZWARCWALD, 2001).

Na busca de avaliar de forma mais especifica a influencia do HIV/ AIDS no nível de morbimortalidade feminino e masculino, bem como nas suas perspectivas de sobrevida, este estudo pretende investigar: Qual o perfil epidemiológico dos pacientes com HIV/AIDS, na cidade de Feira de Santana-Ba, no ano 2010?

Quanto aos objetivos, este estudo tem como objetivo geral: analisar o perfil epidemiológico das pessoas com HIV/AIDS, cadastradas no CRM/DST/HIV/AIDS em Feira de Santana-Bahia no ano de 2010. E pretende atender aos seguintes objetivos específicos:

Observar a influência da escolaridade e do uso de drogas na ocorrência de HIV/AIDS;Conhecer a incidência de adultos jovens no perfil epidemiológico das pessoas com HIV/AIDS.Estabelecer um mapeamento sobre a cartografia da epidemia na cidade, observando os bairros com maior incidência de contágio.

A escolha pelo município de Feira de Santana deu-se pelo fato de além da mesma ser a cidade de residência das pesquisadoras, é a primeira maior cidade do Estado da Bahia, localizada em uma zona de entroncamento rodoviário que favorece o contato entre social oriundo de migrações e emigrações pendulares. Esse contato, que é estimulado pelas atividades comerciais e industriais implantadas na cidade, também, estende-se aos contatos sexuais, decorrentes da prostituição e outras formas de contatos sexuais sem veiculação profissional. Essa chegada e saída constante de população é um indicativo para o crescimento da epidemia no referido município.

A motivação pessoal das pesquisadoras partiu de inquietações ainda no período de estágio curricular, na qual, foi constatado um acentuado número de indivíduos que declararam serem soropositivos no ato do atendimento, ao realizarem estagio junto ao CRM/DST/HIV/AIDS no município de Feira de Santana.

Pretende-se ainda, por meio dessa pesquisa contribuir no campo acadêmico e profissional para a ampliação do conhecimento sobre o vírus do HIV/AIDS e suas manifestações epidemiológicas, bem como a partir dos resultados encontrados orientarem para a aprimoraçao das políticas publicas locais, no sentido de estabelecer a promoção e prevenção da saúde e o estabelecimento de uma melhor qualidade de vida aos portadores de HIV/AIDS.

2 A AIDS

Os primeiros casos de AIDS ocorreram na década de 70, sendo diagnosticados casos dessa epidemia inicialmente nos Estados Unidos da América (EUA) em 1977, e no Haiti e África Central em 1978. . No Brasil o primeiro caso aconteceu em 1980, no Estado de São Paulo, mas a nova síndrome só foi classificada em 1982. (BRASIL, 2004).

Segundo Graw (2001), a AIDS foi descoberta nos EUA 1981, onde observou pneumonias causadas pelo Pneumocystis Carini que não era comum ocorrer, como fato isolado foi percebido 5 (cinco) homossexuais masculinos de Los Angeles, junto com o Sarcoma de Kaposi também presente em maior número de homossexuais 26 (vinte e seis) no seu total.

Nota-se então, que se avaliando o processo histórico da AIDS, os primeiros indícios de contágio foram evidenciados junto aos homossexuais, que foram de certa forma denominada grupo de risco, vindo em seguida os usuários de drogas injetáveis e os hemofílicos.

O HIV pertence à família dos retrovírus e à subfamília dos lentivírus. O subtipo mais comum de HIV no mundo inteiro é o HIV-1. O HIV-2 foi identificado em 1986 em pacientes da África Ocidental que estava confinado àquela região. Contudo, alguns casos de HIV-2 foram diagnosticados na Europa e Américas do Norte e Sul.( GRAW, 2001).

Kumar, Abbas e Fausto (2005, p. 257), definem que:

A AIDS é uma doença causada pelo retrovírus, vírus da imunodeficiência humana (HIV), e caracterizada por profunda imunossupressão que resulta em infecções oportunistas, neoplasmas secundários e manifestações neurológicas.

Essa imunodeficiência refere-se à ausência de possibilidades de reação dos anticorpos as infecções que são causadas pelo retrovírus, que abrangem diversas manifestações pulmonares, gastrointestinais, orais e do sistema nervoso.

Em relação ao seu agente etiológico, sabe-se que o HIV é um retrovírus com genoma RNA, da Família Retroviridae (retrovírus) e subfamília Lentivirinae. Pertence ao grupo dos retrovírus citopáticos e não-oncogênicos que necessitam, para multiplicar-se, de uma enzima denominada transcriptase reversa, responsável pela transcrição do RNA viral para uma cópia DNA, que pode, então, integrar-se ao genoma do hospedeiro (KUMAR, ABAS, FAUSTO, 2005).

Em relação ao diagnóstico da infecção por HIV, este, depende da demonstração de anticorpos contra o vírus e/ou da detecção direta do HIV ou um dos seus componentes. Os anticorpos antivirais aparecem na circulação 4 (quatro) a 8 (oito) semanas após a infecção. O teste de triagem padrão é a ELISA (Enzyme Linked Immunosorbent Assay - teste imuno enzimático indireto), que é utilizado como exame de rastreamento. O resultado positivo não significa necessariamente que a pessoa foi exposta ao vírus do HIV ou a algum tipo de doença (REZNIK, 2006).

Em relação aos fatores de risco associados à transmissão do vírus HIV, o Ministério da Saúde (2001, p. 130) expõe que.

Os processos infecciosos e inflamatórios favorecem a transmissão do HIV. Cite-se, em primeiro lugar, a presença das doenças sexualmente transmissíveis – DST. As que cursam com ulcera – como a sífilis, o herpes genital e o cancro mole – estão associadas com o aumento no risco de infecção pelo HIV cerca de 8 a 18 vezes mais. As DST não ulcerativas, tais como gonorreia, infecção por clamídia e tricomoníase, bem como outras infecções frequentes do trato genital inferior, como, por exemplo, a vaginose bacteriana e candidíase, e processos inflamatórios, como vaginites químicas causadas por espermicidas e outras substancias, também aumentam o risco de adquirir e/ou transmitir o HIV. As cervicites alem do processo inflamatório adjacente, cursam quase que invariavelmente com a presença de ectopias, o que lhes confere solução de continuidade entre o ambiente vaginal e a circulação sanguínea, favorecendo a aquisição e/ou transmissão do HIV. Igualmente, as verrugas genitais causam friabilidade da mucosa ou pele infectada, levando a formação de microfissuras e, portanto, a maior risco de aquisição e/ou transmissão do HIV.

Alem dos fatores acima mencionados, a transmissão do vírus HIV pode ocorrer por via sexual, sanguínea, por meio de transfusão de sangue e seus derivados, pelo uso de drogas injetáveis quando há o compartilhamento de seringas e agulhas. Também pode ser transmitido por via vertical, da mãe para o filho, na gestação, no parto e pelo leite materno (SMELTZER; BARE, 2006).

Embora a AIDS não tenha cura existem medicamentos que fazem o controle do vírus no indivíduo com a doença, os chamados antirretrovirais, cuja distribuição foi iniciada em 1996, sendo o Brasil o primeiro país da América Latina a adotar esta política para a população afetada pela epidemia. Dentre os medicamentos mais utilizados tem-se o AZT (zidovuldina) e o 3TC (lamivudina), que tem como função principal impedir a reprodução do vírus da AIDS ainda em sua fase inicial, a didanosina, estavudina, indinavir, nevirapina, ritonavir e efavirenz.

2.1 A AIDS no Brasil

Em relação a dados, sabe-se que desde 1980 (ano do primeiro caso relatado de AIDS) a Junho de 2006, já foram identificados cerca de 433 mil casos de AIDS no pais.( BRASIL, 2007).

Em 2008, o numero de caso foi de 37.465 e em 2009, esse quantitativo passou para 38.538, superando o ano de 2008 em 3%%. No ano de 2010, foi esperada uma expectativa de que o total de caso de pessoas com AIDS, fosse em torno de 630 mil pessoas, havendo nesse total cerca de 25% que não sabem que estão infectados. É exatamente esse, “não sabe”, a principal problemática instalada no processo de prevenção, diagnóstico e tratamento da AIDS, como o vírus demora um tempo para se apresentar, muitas vezes as pessoas já vão se cuidar quando o organismo não tem mais expectativa para reagir, e o pior, inocentemente, já transmitiram o vírus para tantas outras pessoas, que não sabem que tem e vão continuar a promover essa problemática.( RAMALHO, 2010) .

Embora seja notório o trabalho de ações preventivas realizadas no país, como é o caso do programa de diagnósticos : “Fique Sabendo”, que realiza exames de detecção gratuitamente nos postos de atenção a saúde, ainda é relativamente alta a distribuição geográfica da doença no Brasil, continuando na liderança a região Sul , com cerca de 32,4 pessoas com AIDS em cada grupo de 100 mil habitantes, sedo seguida vem o Sudeste com incidência de 20, 4 pessoas, e após a região Norte ( 20,1 ), Centro-Oeste ( 18) e Nordeste ( 13, 9 pessoas) .( RAMALHO, 2010).

Avaliando o impacto da AIDS sobre a população, é que o governo brasileiro vem potencializando campanhas e estimulando a prevenção, diagnóstico e tratamento dessa patologia a partir do estabelecimento de políticas públicas dirigidas a este público, que podem ser bem exemplificadas na criação da Política Nacional de DST/AIDS criada em 1999, cujas diretrizes e princípios, objetivam:

· Atitudes de solidariedade, não preconceito e não discriminação em relação às pessoas que vivem com HIV/AIDS;· Garantia dos direitos individuais e sociais das pessoas que vivem com HIV/AIDS;· Acesso à rede de saúde e disponibilização de insumos de prevenção, notadamente preservativos masculinos e femininos, gel, agulhas e seringas e materiais educativos;· Acolhimento, aconselhamento e tratamento das pessoas infectadas pelo HIV e portadores de DST nos serviços de saúde;descentralização, institucionalização e sustentabilidade das ações de saúde no que se refere à prevenção, promoção e educação em saúde.

Esse conjunto de medidas tem o suporte de ações de intervenção que visam reduzir o impacto da epidemia sobre segmentos mais vulneráveis da população. São ações orientadas segundo critérios de abrangência populacional, epidemiológicos e de focalização, priorizando as ações dirigidas para populações de risco acrescido e populações mais vulneráveis.

3 O PAPEL DA ENFERMAGEM NO CUIDADO DE PACIENTES COM HIV/AIDS

Segundo Curran (1995), o cuidado de enfermagem inclui um encontro de “espírito-para-espírito” entre aquele que executa e o que recebe o cuidado. O principal objetivo do cuidado de enfermagem é facilitar o bem-estar para o cliente/paciente por meio da retenção, obtenção ou manutenção da estabilidade do sistema cliente/paciente, através de uma avaliação cuidadosa das necessidades do cliente/paciente na área espiritual, seguida de intervenção com propósito de esperança, adoção de afeto e desejo de viver.

Quando o cuidado realizado pelo enfermeiro fundamenta-se em ensinar ao paciente a lidar com a doença, através de músicas, orações, e há nele a busca pela cumplicidade, do ser simpático, do cuidar com espiritualidade, o paciente quando se sente envolvido com ações de esperança, fé, facilita ao enfermeiro no seu cuidado, que de certa forma ajuda na evolução do seu quadro clínico.

De acordo com Potter (2009, p. 444):

A espiritualidade de um indivíduo capacita a pessoa a amar, ter fé e esperança, buscar sentido na vida e cultivar relações com os outros. Há duas características importantes da espiritualidade com as quais a maioria dos autores concorda: (1) é um tema unificador nas vidas das pessoas e (2) é um estado do ser.

Um paciente que tem uma doença súbita, ele pode conseguir se superar se sua força espiritual estiver viva, sendo cultivada e alimentada. Segundo Potter (2009), as enfermeiras utilizam o conhecimento do bem-estar espiritual de uma pessoa e programam intervenções espirituais para maximizar a paz interior e a cura.

Quanto a uma doença terminal, Potter (2009), relata que comumente provoca receios de dor física, isolamento, do desconhecido e da morte. A doença terminal cria uma incerteza sobre o que significa morte e, assim, torna os clientes susceptíveis ao sofrimento espiritual. No entanto, alguns clientes/pacientes têm um senso de paz espiritual que lhes permite enfrentar a morte sem medo.

De acordo com o autor supracitado, a enfermagem deve atuar de forma precisa, com humanização e deve ter visão holística, para enfrentar determinadas situações, a fim de amenizar o sofrimento daquele que muitas vezes não tem perspectiva de vida e acha que a morte é a única alternativa para a resolutividade dos seus problemas.

Ainda sobre a atuação da enfermagem Borges; Gomes (2003) relatam que ele vai além do paciente, não podendo ser desprezada a interação que este profissional pode estabelecer junto à família do paciente, promovendo a partir da elucidação e explicação quanto as melhores formas de enfrentamento da doença, um apoio a estes, que juntamente com o paciente estão passando por um processo muito doloroso, e marcado por momentos de frustrações e medos.

Em relação ao processo de trabalho da equipe de enfermagem no cuidado ao portador de HIV/AIDS, nota-se que o mesmo é bastante complexo, devendo assim os profissionais procurar promover um atendimento integrado com foco nas várias especificidades que a epidemia apresenta. Quanto a atuação do enfermeiro Costa, et al ( 2006, p. 47) expõe que :

A equipe de enfermagem deve estimular o paciente a compartilhar pensamentos. Encorajá-lo a verbalizar problemas e sentimentos envolvendo seus relacionamentos, enfim, promover uma situação de confiança. Isso poderá fortalecê-los, enquanto sujeitos desse processo, desmitificando a idéia de vitimização. Toda essa situação o fará ver, simultaneamente, que o enfermeiro o considera, o respeita e acima de tudo não tem medo de contrair sua doença.

A partir da abordagem realizada e da contribuição dos diversos autores, percebe-se que o trabalho da enfermagem para ser adequado deve partir de um pressuposto que não apenas esteja vinculado a identificar que a especificidade do papel do enfermeiro esta voltado apenas aos aspectos saúde-doença do individuo, como também na compreensão de que este tem uma dimensão ainda maior, tendo em vista sua relação para a promoção da vida e da dignidade humana, sendo esta, a verdadeira essência dessa profissão!

4 METODOLOGIA APLICADA A PESQUISA

4.1 Tipo de Estudo

Este estudo classifica-se como uma pesquisa é do tipo exploratório e descritivo de abordagem quantitativa. A pesquisa quantitativa é apropriada para medir opiniões, atitudes e comportamento, segundo Mattar (2001) e esses resultados apresentados através de porcentagens e gráficos.

Quanto à pesquisa descritiva, sabe-se que esta visa descrever as características de determinada população ou fenômeno ou o estabelecimento de relações entre variáveis. Envolve o uso de técnicas padronizadas de coleta de dados, questionário e observação sistemática. Assume, em geral, a forma de levantamento de dados. (SILVA; MENEZES, 2001).

Já a pesquisa exploratória, é aquele que busca uma maior familiaridade com o objeto pesquisado, ou seja, tem esta uma preocupação maior e identificar realidades, servindo de base para outras pesquisas. (SILVA;. MENEZES, 2001).

A partir dessas considerações, nota-se que esta classificação adequa-se perfeitamente aos objetivos deste estudo que visa identificar o perfil epidemiológico das pessoas com HIV/AIDS, cadastradas no CRM/DST/HIV/AIDS em Feira de Santana-Bahia no ano de 2010.

Já em relação à pesquisa quantitativa, sabe-se que ela é aquela que considera que tudo pode ser quantificável, o que significa traduzir em números opiniões e informações para classificá-las e analisá-las. Requer o uso de recursos e de técnicas estatísticas (percentagem, média, moda, mediana, desvio-padrão, coeficiente de correlação, análise de regressão, etc.). (SILVA, MENEZES, 2001).

Quanto à técnica de coleta de dados, este estudo se classifica como uma pesquisa documental, já que seu material de análise foram os prontuários de atendimento constantes na instituição pesquisada.

Relatam Michaliszyn e Tomasini (2005) que a pesquisa documental trata-se da pesquisa desenvolvida a partir de referências teóricas que apareçam em livros, artigos documentados, etc. Vale-se de matérias que ainda não receberam tratamento analítico e são necessárias para fundamentar a pesquisa empírica (de campo), por nós, desenvolvida.

4.2 Critérios para Seleção da amostra

Para a apresentação da amostra dos dados, foram analisadas informações obtidas nos prontuários. De acordo com dados da CSE/DST-AIDS de Feira de Santana/BA. há total de 228 cadastrados no ano de 2010, e destes, 101, residem no município de Feira de Santana, atendendo assim ao parâmetro da pesquisa, deste total, houve 98 prontuários avaliados, o que corresponde a 97%, sendo portanto uma amostra satisfatória, já que atende a quase totalidade dos cadastros existentes.

Foram estabelecidos os seguintes critérios para inclusão e exclusão:

a) Critérios de Inclusão

Pessoas cadastradas no ano de 2010.Pessoas que residem em Feira de Santana-Bahia há mais de 1 (um) ano.

b) Critérios de Exclusão

Pessoas que não residam em Feira de Santana- Bahia há mais de 1(um) ano.Pessoas cadastradas antes ou depois do ano de 2010.

No que se refere ao processo de coleta de dados, destaca-se algumas limitações ocorridas frente ao fato de que embora exista um padrão de informações solicitadas aos pacientes atendidos, notou-se durante o levantamento dos prontuários que muitos deles estavam incompletos, motivo que não permitiu que todos os itens constantes dele pudessem ser analisados e comparados para fins fim estatístico-descritivo.

4.3 Análise dos Dados

A análise de dados é um método que consiste no estudo detalhado da realidade observada/analisada a partir das ferramentas possíveis. Com isso, têm-se o propósito de extrair toda a informação precisas e gerar novas hipóteses no sentido de construir conjecturas sobre as observações que dispomos. (BATANERO; ESTEPA; GODINO, 1991).

A análise desta pesquisa foi a partir de uma Análise Estatística com utilização de gráficos, tabelas e porcentagem (%), que visam estabelecer uma visualidade dos dados colhidos.

5 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

A fim de atender aos objetivos do presente estudo, bem como responder ao problema de pesquisa, foi realizado um estudo de caso junto ao pacientes cadastrado no CRM/DST/HIV/AIDS de Feira de Santana-BA no ano de 2010 a fim de se traçar o seu perfil epidemiológico. Assim, procurou-se observar os aspectos correlatos ao perfil social, demográfico e as características relativas ao estado de saúde destes indivíduos, cujos dados são nos subtópicos a seguir descritos:

4.1 Perfil sócio-demográfico

Buscando-se identificar o perfil sócio-demográfico dos pacientes foi analisado de seu cadastro informações, tais como: sexo, idade, estado civil, bairro de residência, dependentes, escolaridade e orientação sexual, conforme é apresentado a seguir:

Em relação ao sexo, observou-se que a maioria dos pacientes atendidos pelo CRM/DST/HIV/AIDS de Feira de Santana-BA é do sexo masculino, representando cerca de 56% sendo 44% destes, do sexo feminino, conforme expresso no gráfico 1:

Gráfico 1. Sexo dos pacientes cadastrados no CRM/DST/HIV/AIDS de Feira de Santana-BA, 2010.

Fonte: Dados da Pesquisa/2011

Já quanto à cor, observou-se que o que prevalece a cor parda como a de maior freqüência ao acometimento do HIV/AIDS, tendo em vista que esta apresentou 45% do total dos cadastrados, vindo após a raça/cor negro/preta com 33%, e por último a amarela/branca representando apenas 12% dos indivíduos.(vide em gráfico2). Tal resultado adequa-se a realidade do município, principalmente pelas razões históricas de povoamento do Estado a qual pertence em que a cor negra tem o maior número de seus descendentes havendo uma grande miscigenação como outros povos, tais como branco europeu e índios, que deu origem aos atualmente aos denominados pardos.

Gráfico 2. Cor dos pacientes cadastrados no CRM/DST/HIV/AIDS de Feira de Santana-BA, 2010.

Fonte: Dados da Pesquisa/2011

Já quanto à idade, no gráfico três a seguir são apresentados os resultados, onde se verifica que a grande maioria dos pacientes tem idade entre 19 e 28 anos, representando cerca de 36%, vindo após aqueles que possuem entre 29 e 35 que representam 24%, e logo após os que têm entre 35 e 45 anos ( 23%), havendo apenas uma pequena parcela que já ultrapassaram os 45 anos ( 16%) Quanto a esta parte do prontuário/ formulário, notou-se que cerca de 1% não informou a respectiva data de nascimento, o que limitou ter oportunamente dados mais precisos sobre tal realidade.

Gráfico 3. Idade dos pacientes cadastrados no CRM/DST/HIV/AIDS de Feira de Santana-BA, 2010.

Fonte: Dados da Pesquisa/2011

Em relação ao estado civil, percebeu-se que a maioria dos pacientes são solteiros (68%) enquanto que 14% declararam possuir união estável, outros 13% são casados, 3% são viúvos e 2% encontram-se divorciado/separado.( vide em gráfico 4) .

Gráfico 4. Estado Civil dos pacientes cadastrados no CRM/DST/HIV/AIDS de Feira de Santana-BA, 2010.

Fonte: Dados da Pesquisa/2011

Importante cabe destacar que aqueles que se declararam viúvos, perderam o parceiro (a) pelo HIV/AIDS e preferiram continuar sozinhos por opção própria.

Procurou-se identificar também quanto ao numero de dependentes dos respectivos pacientes, e ao analisar os dados do prontuário/formulário não foi possível identificar a realidade dos mesmos, tendo em vista a grande maioria deles não conter a completabilidade dos dados, sendo apenas evidenciada a declaração de apenas de um total de 8%, assim distribuídos: 5% informaram que possuíam ate 02 filhos, outros 2% informaram que possuíam entre 2 e 5 filhos e 1% informou possuir acima de 5 filhos, e os 92% restantes não informaram se possuíam ou não dependentes, conforme é apresentado no gráfico a seguir:

Gráfico 5. Número de dependentes dos pacientes cadastrados no CRM/DST/HIV/AIDS de Feira de Santana-BA, 2010.

Fonte: Dados da Pesquisa/2011

Quanto ao nível de escolaridade, notou-se que a maioria dos cadastrados não possuem elevados níveis de instrução, tendo em vista que um total de 64% possui escolaridade relacionada entre o analfabetismo e o formação apenas no ensino fundamental, estando da seguinte dividido seus graus de escolaridade da seguinte forma: 24% cursaram o ensino fundamental, mas não concluíram, outros 13% concluíram o ensino fundamental, 9% curaram o ensino médio, mas não o concluíram, 3% declararam ser analfabetos, 2% cursaram as series inicias do primário e não concluíram e 1% concluíram o ensino primário. Desse total, observou-se também que 33% concluíram o ensino médio, 5% possui o ensino superior incompleto, 1% já concluíram o curso superior e 8% não informaram seu grau de escolaridade, conforme expressa o gráfico a seguir:

Gráfico 6. Escolaridade dos pacientes cadastrados no CRM/DST/HIV/AIDS de Feira de Santana-BA, 2010.

Fonte: Dados da Pesquisa/2011

No que se refere aos níveis de escolaridade, nota-se que prevalecem ainda os casos de HIV/AIDS junto a grupos menos esclarecidos, mas não necessariamente por não ter acesso a informação, tendo em vista que apenas 3% do total são analfabetos e realmente não tem condições de leitura, mas podem ter acesso a informação via mídia (radio, TV, etc.) Nota-se que realmente a existência de uma cultura em que o cuidar de si é deixado para trás que faz com que doenças como AIDS e outras sexualmente transmissíveis continuem proliferando na sociedade.

Quanto a orientação sexual, 11% não informou a opção sexual, dos 89% que informaram, observou-se que 61% são heterossexuais, outros 14% informaram ser bissexuais, 12% são homossexuais e apenas 2% são transexuais( conforme é descrito no gráfico 7). Nota-se então, que embora os homossexuais, bissexuais e transexuais, sejam considerados grupos de risco para doenças sexualmente transmissíveis e HIV/AIDS, não são estes que representam a maioria dos acometidos por HIV/AIDS no município de Feira de Santana, tendo em vista que este em conjunto representa apenas 28% destes. Entende-se que caracteristicamente, o processo de contaminação está relacionado a outros fatores, tais como vida sexual ativa e com multiplicidade de parceiros e a ausência da pratica sexual protegida.

Gráfico 7. Orientação sexual dos pacientes cadastrados no CRM/DST/HIV/AIDS de Feira de Santana-BA, 2010.

Fonte: Dados da Pesquisa/2011

Em relação à condição com este reside, apenas 18% informaram, e os mesmos possuem imóvel próprio, conforme expressa o gráfico 8 a seguir :

Gráfico 8. Condição da Residência dos pacientes cadastrados no CRM/DST/HIV/AIDS de Feira de Santana-BA, 2010.

Fonte: Dados da Pesquisa/2011

Em relação à localização geográfica, observou-se que os bairros que possuem os maiores índices de incidência de casos de HIV/AIDS, são: Tomba (8%), Jardim Cruzeiro e Queimadinha (7%), Brasília (6%), Capuchinhos (5%) e Feira VI e Conceição I (4%), conforme foi apresentado na tabela 1 (perfil sócio-demográfico em apêndice).

4.2 Convivendo com o vírus HIV /AIDS

A fim de dar complementaridade ao perfil epidemiológico, buscou-se avaliar aspectos relacionados a doença, a sua progressão, a forma de contágios e aos fatores contribuintes para a contaminação pelo HIV/AID, conforme expresso

Quanto ao fato de o contagio ter vinculo com o uso de drogas injetáveis, notou-se que na população em questão, essa relação é pequena, tendo em vista o fato de que apenas um total de 17% declarou serem usuários, sendo 15% de cocaína/ crack e maconha e 2% usam apenas cocaína, conforme se observa no gráfico a seguir:

Gráfico 9. É usuário de Drogas. - pacientes cadastrados no CRM/DST/HIV/AIDS de Feira de Santana-BA, 2010.

Fonte: Dados da Pesquisa/2011

Notou-se que em relação à Transfusão sanguínea, apenas 5% informaram ter realizado o procedimento, outros 74% não realizaram e 21% não relatou se fez ou não o procedimento, como é descrito no gráfico a seguir:

Gráfico 10. Realizou transfusão de sangue. - pacientes cadastrados no CRM/DST/HIV/AIDS de Feira de Santana-BA, 2010.

Fonte: Dados da Pesquisa/2011

Questionou-se também sobre a realização de transfusão de sangue, apenas 83% dos pacientes informaram tal situação, e estes não realizaram nenhum transplante, conforme é demonstrado no gráfico a seguir:

Gráfico 11. Realizou transplante de órgão - pacientes cadastrados no CRM/DST/HIV/AIDS de Feira de Santana-BA, 2010.

Fonte: Dados da Pesquisa/2011

Procurou-se identificar se havia relação com a contaminação pelo HIV/AIDS a partir das informações quanto à forma com que estes pacientes conduziam as suas relações sexuais. Apenas 82% informaram sobre este aspecto, destes: 55% declararam que fizeram sexo desprotegido, e outros 27% disseram não ter feito sexo desprotegido, conforme é destacado no gráfico a seguir:

Gráfico 12. Fez sexo Desprotegido- pacientes cadastrados no CRM/DST/HIV/AIDS de Feira de Santana-BA, 2010.

Fonte: Dados da Pesquisa/2011

Já em relação a possuírem doenças de base, apenas 11% declararam possuir. (vide em gráfico a seguir). Destas doenças, importante cabe destacar, conforme informado na tabela 2 anteriormente apresentada, as principais relatadas foram: HAS/ Sífilis (37%), Herpes (18%) e Asma (18%).

Gráfico 13. Possui doença de base - pacientes cadastrados no CRM/DST/HIV/AIDS de Feira de Santana-BA, 2010.

Fonte: Dados da Pesquisa/2011

Procurou-se identificar nos registros analisados, que informações foram relatadas pelos pacientes quando do momento em que descobriram possuir o vírus do HIV/AIDS, e observou-se conforme tabela 2, que muitos deles vieram a perceber estar com a doença, a partir do momento em que realizaram exames de rotina (24%), ao perceber perda excessiva de peso (15%), após resultado de o parceiro dar positivo para HIV / AIDS (9%), durante o exame pré-natal (8%) e após a morte do parceiro por HIV/AIDS (6%).

Em relação a tais dados, evidenciado fica, que ainda os exames de rotina, continuam sendo o principal orientador para o diagnóstico do HIV/AIDS, o que infelizmente não é realizado por todas as pessoas que possuem vida sexual ativa. Muitos dos portadores só chegam a descobrir o problema já na hora da morte, como foi possível identificar em 6% do pacientes.

Já quanto à medicamentação utilizada para combater o HIV/AIDS, notou-se que 62% dos pacientes utilizam o coquetel, outros 26% informaram não utilizar o mesmo e 12% não quiseram informar, conforme expressa o gráfico a seguir:

Gráfico 14. Usa coquetel?- pacientes cadastrados no CRM/DST/HIV/AIDS de Feira de Santana-BA, 2010.

Fonte: Dados da Pesquisa/2011

Procurou-se saber dos pacientes se estes ao descobrirem a doença sofreram algum tipo de preconceito, e 100% dos mesmos informaram não ter passado por nenhum tipo de preconceito. Tal fato é de importante valor, tendo em vista que este deve ser o comportamento devido ao portador de HIV/AIDS ser aceito como ser humano em direito, deveres e obrigações, mas sabe-se que na prática tal realidade muitas vezes é camuflada pelo próprio paciente, que prefere deixar explicito sua situação apenas para a família e amigos próximos exatamente por temer sofrer exclusão social.

A partir dos dados coletados nos prontuários/formulários buscou-se identificar qual o conhecimento do paciente quanto ao que realmente possibilitou ao mesmo contrair o vírus do HIV. Nesse aspecto apenas 43% informaram o motivo, e deixaram explicito que foi devido a praticar o ato sexual desprotegido. Nota-se nesse ponto, um contraponto existente tendo em vista que anteriormente 55% dos pacientes informaram realizar relação sexual desprotegida, tal impasse refere-se ao fato de que há dentro desse universo aproximadamente 13% de indivíduos que eram casados, motivo pelo qual acreditavam não ter necessidade de manter relações sexuais sem utilizar qualquer tipo de preservativo. Tal fato ainda implica em se avaliar que dentro desse universo, estão aqueles que adquiriram a doença a partir do parceiro.

6 CONCLUSÃO

O perfil epidemiológico dos pacientes portadores do HIV/AIDS, notadamente vem sendo traçado desde o surgimento da doença no mundo, envolvendo inicialmente os grupos de riscos, que abrangem: homossexuais, usuários de drogas e hemofílicos, possuindo estes como doenças bases, aquelas principalmente vinculadas a baixa imunidade e a má funcionamentos do sistema pulmonar, como a tuberculose, HPV, entre outros.

Este estudo teve como objetivo, identificar o perfil epidemiológico dos pacientes cadastrados no CRMD/DST/HIV/ADIS no município de Feira de Santana-BA em 2010, em que se preocupou avaliar aspectos o perfil sócio-demográfico desses pacientes, visando identificar os principais aspectos relacionados a sua a vulnerabilidade e o mapeamento a fim de observar os bairros de maior incidência de casos de HIV/AIDS no respectivo município, e notou-se que :

a) Em relação ao nível de escolaridade e o uso de drogas frente à incidência de HIV/AIDS, observou-se que a grande maioria é alfabetizada, e possui

Já quanto ao uso de drogas, apenas 17% do total de cadastrados declararam ser usuário, de drogas tais como: maconha, crack e cocaína.

b) O sexo masculino é o que representa maior incidência de casos, representando cerca de 56% do total, a idade media dos indivíduos prevalece na faixa etária compreendida entre os 19 e 28 anos ( 36%), quanto a orientação sexual notou-se que a maioria é heterossexual( 61%)

c) Em relação aos bairros onde há maior incidência de casos observou-se que Tomba (8%), Jardim Cruzeiro e Queimadinha (7%), Brasília (6%), Capuchinhos (5%) e Feira VI e Conceição I (4).

Em relação ao perfil apresentado, observa-se que no município de Feira de Santana-BA, a incidência do HIV/AIDS, foge aos parâmetros apresentado de contaminação, vinculando-se apenas aos vulneráveis, já que ficou demonstrado que estes representam uma minoria infectada, percebeu-se então, que o contágio está intimamente relacionado ao hábito ainda realizado da prática de sexo desprotegido, em que há de relatar o fato de que os indivíduos que se declararam casados foram em sua maioria vítimas, já que adquiriram de seus parceiros vindos muitos a ter conhecimento já quando este veio a óbito.

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APENDICE A- Perfil sócio-demográfico (Bairros)

Tabela 1. Perfil sócio-demográfico- pacientes cadastrados no CRM/DST/HIV/AIDS de Feira de Santana-BA, 2010.

BAIRRO DE RESIDÊNCIA

QUANTIDADE

%

AVIÁRIO

1

1,00

BARAÚNAS

3

3,00

BRASÍLIA

6

5,00

CALUMBI

1

1,00

CAMPO DO GADO

1

1,00

CAMPO DO GADO NOVO

1

1,00

CAMPO LIMPO

2

2,00

CAPUCHINHOS

5

5,00

CASEB

1

1,00

CHÁCARA SÃO COSME

2

2,00

CIDADE NOVA

2

2,00

CENTRO

2

2,00

CONCEIÇÃO

4

5,00

DISTRITO DE JAGUARA

1

1,00

DISTRITO DE JAIBA

1

1,00

DISTRITO DE TIQUARUÇU

1

1,00

FEIRA IV

2

2,00

FEIRA VI

4

5,00

FEIRA VII

1

1,00

FEIRA IX

1

1,00

FEIRA X

2

2,00

GABRIELA

2

2,00

GEORGE AMÉRICO

3

3,00

JARDIM ACÁCIA

1

1,00

JARDIM CRUZEIRO

7

7,00

JOMAFA

1

1,00

LIBERDADE

1

1,00

LOT. JOSÉ RONALDO

1

1,00

MORADA DAS ARVORES

1

1,00

MUCHILA I

3

3,00

PANORAMA

2

2,00

PARQUE IPÊ

2

2,00

PONTO CENTRAL

2

2,00

QUEIMADINHA

7

7,00

RUA NOVA

3

3,00

SOBRADINHO

3

3,00

TANQUE DA NAÇÃO

1

1,00

TOMBA

8

8,00

VIVEIROS

1

1,00

NÃO INFORMADO

4

5,00

TOTAL

98

100,00

Fonte: CRM/DST/HI/AIDS-Feira de Santana/2011

[1] Graduandas em Enfermagem 2012.1 pela FAT-Faculdade Anísio Teixeira

[2] Mestre em Saúde, e docente do Curso de Enfermagem da FAT.

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