Menosprezando queimadas



Muitas das questões ambientais em nosso território são compartilhadas e questionadas a partir de desastres. Sendo extensivamente grandes ou proporcionalmente pequenos, eles sempre nos causam danos que nem sempre iremos reconhecer a gravidade que tem. 
Sendo os de porte mínino os mais menosprezados, a humanidade vem se dissolvendo na ignorância de achar que não poderão ser, mesmo que futuramente, grandes problemas com que deverão se preocupar. Darei o exemplo da queimada, já que é de grande preferência nos noticiários da região que moro.
Em certa época do ano, os ocorridos aumentam, como se fossem um hit musical que sempre tende a voltar em certas horas. O fogo vem queimando o que está longe, mas o começo de uma cidade já pode ser tomada pelo nevoeiro com odor. O tempo seco não facilita em nada a despropagação do fogo, ou o mal-estar das pessoas. Só facilita o que não deve, que no caso é a extensão da fogueira ao ar livre. 
Teoricamente falando pode até ser considerado besteira, já que apenas uma ligação para um disque-denúncia qualquer resolveria a questão com litros e litros de água sendo jogados para o fogo se definhar. Mas até essa ligação ser completada, toda uma diversidade de plantas e até animais que, mesmo não sendo obrigatoriamente raras, estarão sendo dissolvidas em meio ao fogo.   Meses depois do ocorrido talvez ainda possa ser difícil voltar a ver parte da natureza que ali existiu de volta. E mais meses podem se seguir até se completar anos, ou o que seja. Algo foi destruído bem ali, e a culpa pode ter sido, ou exclusiva a um único ser humano sem consicência, ou a um grupo de pessoas que não fizeram o fogo cessar, mesmo que para isso o necessário fosse apenas uma ligação.


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